por: Angélica Sampaio
A. É um grande engano achar que a música é neutra. A música é capaz de produzir em nós efeitos físicos, emocionais e morais, a ponto de influenciar fortemente nossas decisões.
1) As Escrituras mostram esse poder que a música tem e afirma que o som possui em si um significado objetivo (I Samuel 16:23; I Coríntios 14:6-11).
2) Além disso, podemos dizer que a música tem condições de anular a mensagem que a letra possui, se a letra for numa direção de significado e a música for noutra direção.
B. Quando adotamos os métodos do mundo para expressar o evangelho de Cristo, acabamos desvirtuando o evangelho de Cristo.
1) Determinar meus métodos mediante uma exigência cultural imperativa daquelas pessoas a quem eu estou evangelizando faz com que a fé das pessoas sejam embasadas na sabedoria humana e não no poder de Deus (I Coríntios 2:1-5).
2) Um dos problemas de utilizar os mesmos métodos dos artistas da música popular é produzir nas pessoas a mesma idolatria que é legada do fã para o seu ídolo na atitude que se vê no tratamento do adorador para com quem deveria ser considerado um simples ministro.
C. A música gospel, quando entra no ramo da música comercial, também se torna extremamente nociva para o jovem crente.
1) Ela tende a perder a qualidade artística. Ela deixa de ser criativa, inovadora, fruto de pesquisa e preparo, para seguir a onda do momento, o estilo musical que mais está sendo tocado no momento.
2) As obras que possuem maior qualidade artística tendem a não se apresentarem muito comerciais num primeiro momento. O tempo provará o seu valor e sua profundidade fará com que ela tenha substância para ser alvo de reflexão atenciosa e produtiva.
3) O comércio tende a criar a ilusão da grande solução, da extrema necessidade e da grande qualidade. O mais importante não é o que é, mas o que parece. Não há nada de errado alguém ser pago por um trabalho legítimo, mas um músico cristão não pode baixar sua dignidade para se tornar um simples produto que hoje vende muito, mas que amanhã será descartado por outra novidade. Um músico não pode descer ao nível de fazer versões de músicas e estilos seculares que veicularão entre os evangélicos, porque é isso que os clientes querem de acordo com os empresários do ramo.
4) Uma nota importante a ser feita é que o comercialismo não é nocivo apenas na música evangélica. O comercialismo é nocivo para toda a música e tem feito com que toda produção musical tenha se inclinado ao ídolo da imbecilidade.
D. A música gospel também é nociva ao jovem crente, porque ela não é uma conquista de terreno inimigo, mas uma adequação aos métodos do inimigo. Quando nos convertemos a Cristo, a nossa visão de mundo é transformada, o nosso estilo de vida muda e, conseqüentemente, a nossa expressão artística muda também (Salmo 40:1-3).
Fonte: Blog da Angélica Sampaio.