Como Dinamizar os Cânticos Congregacionais

por: autor desconhecido [*]

Há mais de cem anos, a Sra. Ellen G. White escreveu: “A música pode ser uma grande força para o bem; não fazemos, entretanto, o máximo com esse ramo de culto”. — Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 457. Ela coloca, em seguida, três problemas e uma conseqüência, que infelizmente perduram até hoje na Igreja de Deus. “O canto é feito em geral por impulso ou para atender a casos especiais, e outras vezes deixam-se os cantores ir errando, e a música perde o devido efeito no espírito dos presentes”. — Ibidem. Prosseguindo, ela dá as três qualidades básicas para a música sacra: “… deve ter beleza, emoção e poder”. — Ibidem.

Objetivando sancionar este antigo problema que a igreja enfrenta, daremos a seguir algumas sugestões práticas (baseadas nos escritos do Espírito de Profecia[1]) de como dinamizarmos os cânticos congregacionais na igreja [sem, contudo “baixar a norma” sobre o assunto[2]]:

1) Todos Devem Participar — “o canto raramente deve ser feito por poucos”. — Testimonies for the Church, vol. 7, pág. 116. “Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção”. — Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 457. “Nem sempre o canto deve ser feito por apenas alguns. Permita-se o quanto possível que toda a congregação dele participe”. — Obreiros Evangélicos, pág. 358.

2) A Maneira de Cantar deve ser Compreensível — “… espera que Seus servos cultivem sua voz, de modo que possam falar e cantar de maneira compreensível a todos”. — Idem, pág. 357. Em seguida a irmã White salienta a importância da compreensibilidade da letra da música. “Não é o cantar forte que é necessário, mas a entoação clara, a pronúncia correta, e a perfeita enunciação”. — Ibidem. Como se não bastassem as referências anteriores ao assunto, ela reafirma: “Que todos dediquem tempo para cultivar a voz, de maneira que o louvor de Deus seja entoado em tons claros e brandos, não com asperezas que ofendam ao ouvido”. — ibidem.

3) Conduzir quem Canta a Pensar na Letra dos Hinos — A profetisa do Senhor, quando se referiu à importância de se pensar no sentido das palavras que se cantam, estava falando sobre a educação das crianças. “[O canto] é um ato de adoração tanto como a oração. (…) Se a criança é ensinada a compreender isto, ela pensará mais no sentido das palavras que canta, e se tornará mais susceptível à sua influência”. — Educação, pág. 167. Esta referência feita aos cordeirinhos do Senhor, bem poderia ser aplicada a todo o Seu rebanho, porque ela transcende idade e experiências de vida.

4) Usar Acompanhamento Instrumental — “(…) seja este [serviço de canto] acompanhado por instrumentos de música habilmente tocados”. — Mensagens aos Jovens, pág. 294: “Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção. Chamai em vosso auxílio, se possível, a música instrumental, e deixai ascender a Deus a gloriosa harmonia, em oferta aceitável”. — Idem, pág. 296.


Notas:

[*] Os editores do Música Sacra e Adoração desconhecem a autoria deste artigo. Qualquer indicação neste sentido, por parte de nossos atentos leitores, será bem-vinda.

[1]O “Espírito de Profecia”, para os Adventistas do Sétimo Dia, neste contexto, são os escritos inspirados de Ellen G. White, citados no decorrer do artigo (nota dos editores do Música Sacra e Adoração).

[2]As expressões entre [colchetes] são de autoria dos editores do Música Sacra e Adoração e não constam do original.


Fonte: Revista Adventista, pág. 45 (Não conseguimos o mês e o ano desta edição da Revista Adventista. Agradeceríamos se algum leitor contribuísse com esta informação).