Música Destrutiva

por: Ministério Luzes da Alvorada

No dia 10 de dezembro de 1952 em uma cerimônia muito significativa, uma garotinha, conduzida pelo pai, entregou ao Dr. Selman Wakman, cinco cravos vermelhos, num gesto de agradecimento. Cinco cravo, representando os cinco anos de vida que a menina teve desde que fora salva da morte e da tuberculose. Foi durante a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Medicina ao responsável pela estreptomicina, o primeiro antibiótico eficaz contra a tuberculose.

O prêmio Nobel é entregue anualmente às pessoas que, em todo o mundo, se destacaram nas áreas da Química, Física, Medicina, Literatura, Economia e na luta em prol da Paz.

Como surgiu o prêmio Nobel?

Alfred Bernhard Nobel, químico, industrial, nascido em Estocolmo a 21 de outubro de 1833, foi o inventor da dinamite. Tendo acumulado uma vasta fortuna ao longo de sua vida e não tendo herdeiros diretos, deixou um testamento com a orientação de que os 31 milhões de coroas suecas de sua fortuna deveriam ser aplicados em investimentos seguros e os seus rendimentos “distribuídos anualmente às pessoas que mais benefícios houvessem prestado à humanidade”. O prêmio Nobel consiste de uma medalha de ouro, um certificado e uma soma variável em dinheiro que, em 1998, foi de 384 mil dólares para cada um dos ganhadores. É o prêmio mais prestigiado da atualidade.

À primeira vista, poderíamos imaginar que Alfred Nobel, por ter sido o originador do prêmio máximo conferido anualmente aos que promovem a paz no mundo, tivesse sido uma pessoa feliz e grandemente comprometida com a paz. Mas as coisas não foram bem assim.

Sua família, a começar por seu pai, trabalhava na fabricação de explosivos e armamentos, inclusive minas submarinas.

Foi por causa de uma amiga, a Condessa Bertha Kinsky, pacifista convicta, que Nobel incluiu a Paz como um item a ser premiado. Conta-se que em uma carta a ela Nobel escreveu: “No dia em que exércitos inimigos possam aniquilar-se em um segundo, todas as nações civilizadas – ao menos é de se esperar – evitarão a guerra e desmobilizarão seus soldados. Por isso, minhas fábricas podem pôr termo à guerra mais rapidamente que seus congressos pela paz”.

Podemos deduzir facilmente que Nobel não foi bom conhecedor da alegria, da felicidade e da paz de espírito. Em outra carta ele lamentou: “Onde estão os meus numerosos amigos? No fundo lodoso das ilusões perdidas ou demasiado ocupados em escutar o retinir do metal sonante de suas economias? Creia-me, só fazemos numerosos amigos entre os cães que nutrimos com a carne alheia, ou entre os vermes que alimentamos com a nossa própria substância. Os estômagos saciados e os corações arrependidos são irmãos gêmeos”.

Nobel nunca se casou e sua excentricidade chegou a tal ponto que, segundo um sobrinho-neto do inventor, nos últimos anos de sua vida ele só ia às suas fábricas aos domingos para não ter o constrangimento de encontrar-se com os empregados.

Faleceu em San Remo, na Itália, a 10 de Dezembro de 1896 às 2 horas da madrugada, como temia, cercado apenas por seus empregados, sem nenhum parente ou amigo.

Observando a história da humanidade, notamos como, geralmente, o dinheiro, a fama, o sucesso, a felicidade e a paz andam por caminhos diferentes, e no que diz respeito à música, as coisas não são de outra forma.

Bênção ou maldição? Construtiva ou destrutiva? Boa ou ruim? Embora costumemos dizer que a música acalme as feras, a verdade é que existem músicas que transformam pessoas em feras. Embora devesse ser ela um incentivo à paz, por vezes tem se tornado uma arma destruidora pior que a dinamite de Alfred Nobel.

Já sabemos que existem músicas que são ruins; resta, agora, saber até que ponto elas podem ser ruins e o quanto devem ser evitadas.

A música, como sabemos, é a arte da comunicação através do som; notemos, do SOM, e não das palavras. As palavras apenas ampliam ou deterioram as características que a música tem em si mesma.

Para aqueles que acham que tudo é válido, que o que importa é a diversão e dizem que os que afirmam o contrário são exagerados, lembramos como os bailes funk têm aparecido nos jornais, associados ao tráfico de drogas e a incidentes horrendos como o recente assassinato do jornalista Tim Lopes, da Rede Globo de televisão.

E o que dizer de músicas rap, que têm escandalizado a sociedade ao rebaixar a moral a um nível inferior ao dos animais; e os shows de rock, que têm se tornado o show das drogas e o portão de entrada para um mundo de orgia e imoralidade?!

Até quando seres humanos inteligentes vão consideram como mera excentricidade, expressões como as de Raul Seixas que dizia: “O diabo é o pai do rock, foi ele mesmo que me deu os ‘toque'”?! Vejam: até Confúcio acreditava que a música tem algo oculto em si mesma, uma tremenda energia com potencial para o bem ou para o mal, e vários povos do passado acreditavam nisso também.

Experimentos científico comprovam, entre outras coisas, que muitas plantas morrem, quando expostas por muito tempo à música rock.

Se pesquisarmos a fundo as origens do rock, do rap e do samba, entre outros estilos musicais, descobriremos que eles vieram, originalmente, de variações de músicas usadas em cultos afros; tiveram o mesmo berço do que conhecemos hoje como vodu e magia negra. Acredita-se, inclusive, que certos ritmos e danças receberam seus nomes como homenagem aos deuses-demônios dos rituais vodu. A palavra samba, por exemplo, seria uma homenagem ao deus-demônio ‘Simbi’, deus da sedução e da fertilidade, e congado seria uma homenagem ao deus-demônio africano ‘Congo’. Não é preciso ir muito longe para se constatar que muitos dos seu principais representantes são adeptos do ocultismo, do Candomblé e de outras formas de culto ligadas à feitiçaria.

Analisemos um incidente relatado na Bíblia:

Balaão havia sido um profeta de DEUS. Em certa ocasião ele foi chamado por Balaque, rei dos moabitas, para que amaldiçoasse o povo de Israel. Tendo sido impedido por DEUS de o fazer, querendo, no entanto, receber a recompensa oferecida por Balaque, arquitetou um plano para levar o povo de Israel a atrair maldição sobre si próprio.

“Balaão sabia que a prosperidade de Israel dependia de sua observância à lei de DEUS e que não havia jeito de amaldiçoá-los a não ser levando-os a transgressão. Ele decidiu assegurar os presentes de Balaque e as honrarias que desejava, orientando os moabitas de modo a trazer maldição sobre Israel. Aconselhou Balaque a proclamar uma festa idólatra em honra a seus deuses, e persuadiria os israelitas a assistirem-na de modo que se deleitassem com a música, e então, as mais belas mulheres midianitas seduziriam os israelitas levando-os a transgredir a lei de DEUS e a se corromperem e também os influenciariam a sacrificar aos ídolos. Este conselho satânico foi muito bem sucedido.” – Ellen White – Spiritual Gifts, vol. 4, p. 49.

“Iludidos pela música e dança, e seduzidos pela beleza das vestais gentílicas, romperam sua fidelidade com Jeová.” – Patriarcas e Profetas, p. 479.

Tudo começou de uma forma aparentemente inocente. Primeiro veio a música e a amizade do mundo, depois as práticas do mundo e, finalmente, a comunhão plena com o mundo e a entrega ao pecado. “Também se apegaram a Baal-Peor, e comeram sacrifícios oferecidos aos mortos.” Salmo 106:28. Israel, portanto, desceu ao mais baixo nível: idolatria, prostituição e feitiçaria; e o primeiro passo na descida foi dado com a música. Os catastróficos resultados são fielmente descritos na Bíblia.

Hoje muitos jovens estão se banqueteando, sem saber, com o que foi oferecido aos demônios; mas, “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal.” Eclesiastes 8:11.

Quer dizer que um cristão não pode ouvir as músicas que todo o mundo ouve?

Meus amigos: nós não poderemos entrar no céu se estivermos acostumados, ou com a nossa mente carregada, com as coisas que o diabo preparou com o intuito de nos levar à destruição.

Mas, se evitarmos as músicas pesadas, como o rock, dentre outras, estaremos a salvo do perigo?

A resposta é um categórico NÃO! Existem muitas músicas supostamente inocentes, que ninguém diria que são perigosas, mas que são verdadeira nitroglicerina na mente das pessoas. Essas músicas são verdadeiros Cavalos de Tróia, levando, sob um disfarce de inocência, não somente a destruição, mas a escravidão, conseguindo entorpecer a mente e destruir o caráter.

Nossa única segurança está em atender ao conselho bíblico: Filipenses 4: 8: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”

Uma pessoa que persiste em ouvir música profana jamais conseguirá apreciar a beleza da música que DEUS realmente aprecia, e jamais estará apta a morar num céu onde a música é diferente do seu gosto.

Se ao pensar na possibilidade de ter de abandonar totalmente as músicas do mundo você se sente como se estivesse condenado a ficar internado num hospital comendo comida sem sal, cuidado! Você já está correndo sério perigo! Você precisa da ajuda de DEUS. Uma pessoa que esteja viciada em algo não consegue viver sem o vício. Uma pessoa que está acostumada a comer comida fortemente condimentada acha horrível comer uma comida simples, com tempero normal. Ouçam: DEUS não pode mudar o que é ruim em algo bom só para nos agradar; e nós não podemos nos entregar ao engano de esperar que o céu tenha a nossa cara, quando o nosso caráter é tão diferente do de JESUS. Pense nisto: O seu caráter é a única coisa que você vai levar para o céu, “portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de DEUS.” I Coríntios 10: 31.

A respeito das músicas que são ouvidas, e às vezes até cantaroladas por muitos Ellen White escreveu: “Sinto-me alarmada quando presencio a frivolidade de moços e moças que professam crer na verdade. Parece que DEUS não ocupa seus pensamentos. Sua mente é povoada de futilidades. … Possuem um apurado ouvido para música e Satanás sabe que órgãos excitar para animar, monopolizar e atrair a mente de modo que CRISTO não seja desejado. Os anelos espirituais da alma por conhecimento divino, por crescimento na graça, ficam por esperar. … A apresentação de música em seus lares em vez de conduzir à santidade e espiritualidade tem sido um meio para afastar as mentes da verdade. Canções frívolas e música popular do dia parecem adequadas ao seu gosto…”

“A música quando não abusiva, é uma grande bênção; porém é uma terrível maldição quando mal usada. … Satanás está levando a juventude cativa. Oh, o que lhes poderia dizer para levá-los a romper esse poder de fascinação! O inimigo é um sedutor atraente, enlaçando-os para a perdição.” – Testimonies, vol. 1, págs. 496 e 497.

Ela falou ainda a respeito de reuniões “sociais” que são uma vergonha, que estimulam a frivolidade. E diz que “Satanás é recebido como hóspede de honra e toma posse dos que promovem essas reuniões.” – Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 306. Se fossemos analisar cuidadosamente o que tem acontecido, será que não iríamos nos lembrar de nenhum encontro “social” ou jantar realizado em algum sábado à noite, planejado com a melhor das intenções para unir os irmãos e prover uma diversão “sadia” para os jovens, mas que, lamentavelmente, se enquadre nas descrições da pena inspirada?

Ela disse ainda ter visto reunidas pessoas que professavam crer na verdade. “Uma delas achava-se a um instrumento de música, e cantava canções que faziam chorar os anjos da guarda. Havia ruidosa alegria, havia riso vulgar, abundância de entusiasmo e uma espécie de inspiração; mas a alegria era daquela espécie que unicamente Satanás é capaz de produzir. E um entusiasmo e uma absorção de que os que amam a DEUS se envergonharão. Preparam os que deles participam para pensamentos e ações profanos. Tenho motivos para pensar que alguns dos que tomaram parte naquela cena arrependeram-se sinceramente do vergonhoso ato.” – Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 306.

Que diremos nós, então, dos populares Videokês, Karaokês e outros “Pecadokês” que têm sido usados por muitos irmãos como se fosse uma diversão inocente?

E ela prossegue: “As coisas eternas têm pouco peso para a juventude. Anjos de DEUS choram quando registram palavras e atos de professos cristãos. Adejam anjos em torno de uma habitação além. Jovens estão ali reunidos; ouvem-se sons de música em canto e instrumentos. Cristãos acham-se reunidos nessa casa; mas que é que ouvis? Um cântico, uma frívola canção, própria para um salão de baile. Vede, os puros anjos recolhem para si a luz, e os que se acham naquela habitação são envolvidos pelas trevas. Os anjos afastam-se da cena. Têm a tristeza no semblante. Vede como choram! Isto vi eu repetidas vezes pelas fileiras dos observadores do Sábado…

“… A música sagrada não está em harmonia com seus gostos. Minha atenção foi dirigida aos positivos ensinos da Palavra de DEUS, que haviam sido passados por alto. No juízo todas essas palavras da Inspiração hão de condenar os que não lhes deram ouvidos”. – Testimonies, vol. 1, pág. 506.

“Tudo quanto desviar a mente de DEUS, …serve aos fins do inimigo.”- Idem.

“Não é seguro para os obreiros de DEUS tomar parte em diversões mundanas. …Tão sutil, tão plausível é o trabalho do inimigo que não se suspeita dos seus artifícios, e muitos membros da igreja tornam-se mais amantes dos prazeres do que amantes de DEUS.” – Manuscrito 82, 1900.

É triste, porém verdadeira, a advertência do apóstolo Paulo: “Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão … mais amigos dos prazeres do que amigos de DEUS”. II Timóteo 3:1-4. Desejamos, realmente fazer a vontade de DEUS? Estamos nos preparando para um Céu real e próximo ou para algum paraíso imaginário?

As pessoas que verdadeiramente aceitam a JESUS como seu SALVADOR pessoal aceitam a vida que Ele oferece e, ao experimentarem a mudança em suas vidas, dizem: JESUS “pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao nosso DEUS; muitos verão isso e temerão, e confiarão no SENHOR. Salmo 40:3. Tem que haver transformação, tem que haver conversão, ou seja mudança de rumo. Está escrito: “Cantai ao SENHOR um cântico novo…” Salmo 98:1.

“E assim, se alguém está em CRISTO, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” II Coríntios 5:17.

O SENHOR JESUS pagou um alto preço para libertar-nos da escravidão do pecado e da morte. Entreguemo-nos totalmente a Ele, hoje, e deixemos que o poder da Sua Graça e do Seu Sangue nos proporcione uma nova vida e coloque um novo cântico em nossos corações.