A Música na Adoração – Parte 3

por: Adrian Ebens

Possibilidades e Sugestões

Refletindo acerca do uso da música na IASD, há duas coisas que se destacam de forma particular: Uma falta de intencionalidade (92) e uma sufocação da criatividade (93) e do desenvolvimento. Se o cântico é um ato de adoração assim como a oração (94) então deveria ser dedicado ao desenvolvimento da música tempo igual ao que é dedicado ao desenvolvimento da oração. Produzimos muitos livros do tipo “Como…” acerca da oração e temos semanas de oração mas o mesmo não pode ser dito da música. (95) Conseqüentemente, as sugestões que se seguem levam os títulos de 1) Planejamento, 2) Educação e 3) Atividades. Estas sugestões são restritas à igreja local, mas o autor crê que precisam ser implementadas em um escopo além da igreja local, para serem totalmente eficazes.

Planejamento

Uma das principais responsabilidades do pastor em relação ao seu rebanho é a de dirigi-los em uma experiência significativa de adoração a cada manhã de Sábado. (96) Ou o próprio ministro ou um líder de adoração escolhido deveria tornar isto realidade. Considerando as responsabilidades do ministro, um líder de adoração seria preferível. O líder de adoração trabalharia em íntimo relacionamento com o ministro e receberia conselhos teológicos e pastorais dele e, por outro lado, o ministro receberia conselhos musicais do líder da adoração. (97) O líder da adoração asseguraria a intencionalidade do programa musical da igreja. (98) Além da coordenação das atividades musicais, o líder da adoração, através da elaboração de um plano estratégico, seria responsável pela educação congregacional. (99) É importante que o papel do líder da adoração seja levado a sério e não seja apenas “mais um cargo na igreja.” Ele ou ela deve ter um nível razoável de autoridade delegada, de forma que possa ser útil.

Educação

Conforme tem sido demonstrado neste estudo, as questões envolvidas no uso da música na igreja são complexas e delicadas. A necessidade de educação na área da música é crucial. Pode ser dada a desculpa de que “Tenho coisas mais importantes com que me preocupar” mas com o atual número de igrejas Adventistas em conflito devido a este assunto, ele não pode ser ignorado. Primeiro, o desenvolvimento de um seminário de música poderia facilitar o processo educacional. Uma versão simplificada das questões levantadas por este estudo poderia formar a base para este seminário. Estes seminários também poderiam fornecer a oportunidade para o diálogo entre as gerações. Tais diálogos precisariam ser evitados até que uma quantidade razoável de material tenha sido apresentada. Segundo, a igreja deveria encorajar e apoiar ativamente ovos músicos a desenvolverem seus talentos. Um estipêndio ou subsídio poderia ser criado para assistir estes músicos. Isto reafirmaria para a igreja a sua seriedade em ter música na igreja e fortaleceria o relacionamento entre os músicos em desenvolvimento e a igreja. O líder da adoração poderia facilitar o desenvolvimento de músicos subsidiados com perspectivas cristãs acerca da adoração e a música. Terceiro, apostilas ou panfletos poderiam ser desenvolvidas pelos membros da igreja sobre o uso da música na adoração familiar, Se o único lugar que nossos jovens ouvem música de adoração é a igreja, então a sua apreciação musical será severamente prejudicada e distorcida.

Atividades

Existem inúmeras atividades que completariam a experiência educacional. Estas atividades brotariam dos princípios teológicos que mencionamos anteriormente. As atividades que sugiro são:

Um Sistema Coral forneceria um grande número de benefícios. Primeiro, envolverá um grande número de pessoas. Será dada às pessoas no coral a oportunidade de desenvolver as suas vozes para cantar em público, através da “segurança do grupo.” Isto pode facilitar o crescimento de grupos menores de cantores, os quais beneficiarão a igreja. (100) Os corais também provêem um tempo para comunhão em um ambiente musical, particularmente nos ensaios. Os ensaios do coral também são uma oportunidade de apresentar educação teológica com respeito à música. Em segundo lugar, a

Apresentação de Novos Hinos e Cânticos evitarão a estagnação das seleções musicais e encorajarão a exploração. Isto precisa ser bem coordenado e será de grande valia ter o coral “engajado” nisto. A razão freqüente pela qual novos cânticos não são apresentados é a forma ruim como isto foi tratado no passado. Ninguém quer escolher um cântico e ter apenas duas ou três pessoas cantando! A intencionalidade do líder da adoração deveria assegurar a facilitação do ingresso de novos cânticos. Outra forma de evitar a estagnação seria o uso de

Concertos de Criatividade. Conforme mencionado anteriormente, a criatividade é freqüentemente sufocada em nossas igrejas. Muitas vezes isto acontece a um alto custo. Se fossem dadas maiores possibilidades para a criatividade, penso que veríamos menos empréstimo por atacado da cultura secular, causado por um vácuo de criatividade. Um concerto de criatividade compreenderia obras completamente originais. Seria necessária uma tolerância ao crescimento, mas composições dignas encontrariam um meio de chegar à seleção de cânticos para o culto de adoração do Sábado. Outra forma simples de encorajar a criatividade e evitar a estagnação poderia ser realizado através da

Variedade de Instrumentos. Muitas vezes a restrição de instrumentos ao piano e órgão ou, de forma alternativa, ao teclado e contrabaixo, estreita a participação, a partir do ponto de vista do instrumentista. Uma variedade de instrumentos deveria ser encorajada e utilizada. Por último, a música é um meio excelente para

Evangelismo. Deveriam ser buscadas oportunidades para o uso evangelístico da música, para acrescentar uma nova dimensão ao dom musical. O cântico de canções de natal com o coral e distribuição de presentes em ruas da área suburbana é uma ideia ou cantar em hospitais e/ou asilos, onde fosse possível. Palestras ou conferências na igreja é um outro caminho.


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