por: Rev. Onézio Figueiredo [1]
Culto, realização do Espírito
É pelo Espírito que a Igreja afirma que “Cristo é Senhor”. Sem ele tal confissão de fé verdadeiramente não se pronuncia: “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo (I Co 12.3b). A distintiva sabedoria de conhecer e proclamar a Palavra de Deus, no sacerdócio universal de todos os crentes, vem do Espírito Santo (I Co 12.8), isto é, os dons da pregação, da profecia (I Co 14.3) e do ensino (Rm 12.7; Ef 4.11,12).
O Espírito, por meio do culto, trabalha o aperfeiçoamento dos santos, pois a liturgia contém os instrumentos necessários para isso: “Reconhecimento da presente glória de Deus, confissão, perdão, adoração, louvor, dedicação, consagração, intercessão, ensino, proclamação, comunhão. O convencimento do incrédulo é obra do Espírito (I Co 14.24,25; Jo 16.8-11). Ao profeta, isto é, ao pregador compete pregar sempre.
A adoração verdadeira é produzida pelo Espírito Santo (Fp 3.3 cf Jo 4.24; Rm 8.26,27; I Co 14.15; Ef 6.18; Jd 20). A hinologia de que Deus se agrada vem do Espírito, inspirador da letra e da música (I Co 14.2,25; Ef 5.19). É também o Espírito que nos leva a Cristo e este nos coloca em comunhão com o Pai (Ef 2.28). Por outro lado, o amor que nos vincula a Deus e nos une aos irmãos é dádiva de Cristo mediante o Espírito (Rm 5.5 cf I Co 13).
Deus organiza o culto cristão, como fez no Velho Testamento, e o executa por meio de sua Igreja instrumentalizada pelo Espírito. No culto pagão, o homem estabelece as normas de adoração de seus deuses e as pratica, sempre conforme os seus interesses, satisfações e desejos. O culto bíblico é instituição divina. E Deus o criou e o organizou para que o homem o satisfaça. O culto deve ser agradável a Deus, não ao homem (Rm 12.1.2). Este só experimenta a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, quando oferece a ele a totalidade de sua vida, corpo-espírito (Rm 12.2). Isto se dá de duas maneiras: Pela negação de si mesmo: pela consagração de si mesmo (Lc 9.23-27).
Notas:
[1] O presente texto foi escrito por um Reverendo da Igreja Presbiteriana. Por este motivo, o leitor encontrará algumas referências relacionadas ao culto de domingo, ou ainda alguns temas diretamente vinculados a esta denominação religiosa. Apesar deste detalhe, os editores do Música Sacra e Adoração compreendem que a leitura do texto do Reverendo Onézio Figueiredo é de suma importância para o contexto da adoração e do culto a Deus na Igreja Adventista do Sétimo Dia, justificando assim esta publicação.
Fonte: www.monergismo.com