por: Rev. Onézio Figueiredo [1]
Liturgia sinagogal
A liturgia da Sinagoga possuía, como já delineamos, elementos básicos, que lhe davam forma e estrutura e lhe permitiam uma ordenação mais ou menos consistente e estável. Por exemplo: A oração de “louvor pelo conhecimento da glória de Javé”, por uma enfática determinação talmúdica, obrigatoriamente dava início ao culto. Depois vinha a “confissão de pecados”, que precedia, sistematicamente, ao sacrifício, no templo. Sem confissão a adoração não se realizava. Oferecendo o sacrifício, o penitente criava a certeza do perdão de Deus, e então agradecia. Era o momento de gratidão.
Nesta parte do culto, o adorador cientificava-se dos favores divinos a ele propiciados, iniciando o momento de orações gratulatórias, laudatórias e intercessórias. Seguia-se o ensino, especialmente da “Torah” e dos profetas. Encerrava-se o serviço litúrgico com a Bênção Aaraônica. O pecado não era visto como “ato de falha moral”, mas como transgressão da aliança, desobediência a Javé. Jamais se imaginava um “Deus ausente”, uma “divindade distante” a ser “invocada”, pois o Deus de Israel tabernaculava com seu povo.
Eram as efetivas realidades da existência de Javé e de sua presença real as causas geradoras e mantenedoras: Da vida dos eleitos, da bênção do pacto, da dádiva do lei, da realização do culto, da esperança no reino porvir do Messias.
Notas:
[1] O presente texto foi escrito por um Reverendo da Igreja Presbiteriana. Por este motivo, o leitor encontrará algumas referências relacionadas ao culto de domingo, ou ainda alguns temas diretamente vinculados a esta denominação religiosa. Apesar deste detalhe, os editores do Música Sacra e Adoração compreendem que a leitura do texto do Reverendo Onézio Figueiredo é de suma importância para o contexto da adoração e do culto a Deus na Igreja Adventista do Sétimo Dia, justificando assim esta publicação.
Fonte: www.monergismo.com