O Ministério Levítico e a Influência do Humanismo na Música Evangélica Contemporânea

por: Rubens Ciqueira

Terceira Parte: A Influência Humanista na Música Evangélica Contemporânea

Introdução

Diante de tudo que já foi abordado anteriormente, a intenção nossa, nesta parte é mostrar como a música na nossa época tem sido minada por conceitos filosóficos que não condizem com as Escrituras.

Percebemos que a música é utilizada por diversas culturas, para diferentes finalidades. Nos tempos atuais, apenas a música performática comercial tem sido valorizada, mas seu caráter lúdico é ancestral na humanidade.

É válido ressaltar que a ciência que estuda e investiga a utilização do som para atingir objetivos terapêuticos é a musicoterapia, que surge definitivamente neste século, tratando dos neuróticos da segunda guerra, nos Estados Unidos e dos sobreviventes de uma epidemia de poliomielite, na Argentina.

Dentre os diversos usos da música podemos destacar alguns como: psicanalítico – A música é usada para liberar pulsões sexuais e agressivas reprimidas. Behaviorista – A música é usada para eliminar associações inapropriadas que o indivíduo aprendeu e substituí-las por outras, mais apropriadas. Existencial Humanista – A música é usada para ajudar o indivíduo a desenvolver seu maior potencial humano. Interpessoal – A música é usada para ajudar o indivíduo a desenvolver a capacidade de relacionamento e comunicação.

Isto já têm sido usado há algum tempo, mas, novos modelos tem surgido nestes últimos anos. Como por exemplo: a música como instrumento de socialização que, considera que a sociedade atual é orientada principalmente para a necessidade de encontrar a identidade e o valor pessoal, e não para a luta pelas necessidades básicas e sucesso. Música organicista que utiliza a música como instrumento de expansão da consciência, de individuação e de saúde. A Biomúsica, que se utiliza da vivência sensorial integrativa, o fazer musical, que se utiliza de sons e movimentos para o desenvolvimento individual e coletivo das potencialidades humanas. A dança e a música, desvinculadas da preocupação estética, tornam-se uma linguagem universal para a expressão dos conteúdos individuais. A Biomúsica desenvolve-se a partir de um trabalho diferenciado com musicoterapia, música popular tradicional (folclore), expressão corporal, educação, e música orgânica.

Cremos que a tendência contemporânea é justamente utilizar, da música para satisfazer as emoções, o físico e até manipular pessoas para conduzi-las a um determinado fim pré-meditado.

Não são poucas as igrejas que tem lançado mão destas práticas e destes conceitos para atrair pessoas e agradá-las a fim de manter o maior número possível de fiéis, trazendo aquilo que as pessoas mais gostam.

João Calvino no se tempo já dizia que, “a adoração divina marcada por tantas opiniões falsas, e pervertida por tantas supertições ímpias e tolas, insulta a majestade sagrada de Deus com atrocidades, profana seu nome e sua glória”.

Não precisamos de técnicas novas, porque Deus instituiu a maneira de como Ele deseja ser louvado.

“A luz da natureza revela que existe um Deus que mantém o senhorio e soberania sobre tudo; que é bom e faz o bem a todos; portanto deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido de todo o coração, de toda a alma e todas as forças. Mas a forma aceitável de cultuar o Deus verdadeiro é instituída por Ele mesmo e, portanto, delimitada por sua própria vontade revelada, de modo que ele não pode ser cultuado segundo as imaginações humanas, nem segundo as sugestões de Satanás, sob alguma representação visível, ou por qualquer outra forma não prescrita na Sagrada Escritura”[1] .

Nota:

[1] (HODGE. A. A Confissão de Fé Westminster Comentada. São Paulo, os Puritanos. p.367.)


Fonte: Publicado originalmente em http://www.textosdareforma.net


Terceira Parte – Capítulo 01

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