por: Clarindo Gonçalves de Oliveira
Arcangelo Corelli (1653 – 1713) |
Alessandro Scarlatti (1660 – 1755) |
Domenico Scarlatti (1685 – 1757) |
Antonio Vivaldi (1678 – 1741) |
George Philipp Telemann (1681 – 1767) |
Henry Purcell (1659 – 1695) |
Jean-Philippe Rameau (1683 – 1764) |
George F. Haendel (1685 – 1759) |
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750) |
José António Carlos de Seixas (1704 – 1742) |
Arcangelo Corelli (1653 – 1713)
Arcangelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais famílias da região.
Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educação básica e onde teria recebido as primeiras lições de música de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.
Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da técnica violinística. Após quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarmônica de Bolonha.
Em 1675, ele já estava em Roma. Nesta época, os nobre de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresentações artísticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Suécia, em 1659. Músicos, poetas, filósofos reuniam-se ao redor dela em seu palácio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arcádia – a sociedade musical mais fechada da Itália – onde Corelli seria recebido em 1709.
Aos 36 anos, e após a morte de Cristina da Suécia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre trânsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condições necessárias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranqüilidade.
Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.
Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava só. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsamá-lo e colocá-lo em um triplo ataúde, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no panteão de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Artística Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.
Sua Obra
Contrariamente à maioria dos grandes nomes da música barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de expressão musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua glória repousa inteiramente em seis coletâneas de música instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.
As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta é o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo; e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.
A Corelli pertence, entre outros, o mérito de ter favorecido a expansão do concerto grosso e contribuído de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do século XIV, sempre relegado às festas populares e à ideia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos salões do início do século XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento técnico e conquistou definitivamente a corte.
Alessandro Scarlatti (1660 – 1755)
Mestre-de-capela da rainha Cristina da Suécia, em Roma, desde 1680, Alessandro Scarlatti transferiu-se para Nápoles em 1685, ano de nascimento de seu filho Domenico Scarllatti , a fim de ocupar o posto de mestre-de-capela do vice-rei espanhol, a quem estava subordinada a cidade. Depois disso, trabalhou para a corte dos Médici, em Florença, e para o Cardeal Ottoboni, em Roma. Em 1708, regressou a Nápoles, que seria o centro de sua atividade até o fim de seus dias.
Fundador da escola operística napolitana e criador de uma linguagem musical que se encontra na base do Classicismo, sua influência foi sentida até por Mozart. Sua vasta produção inclui cerca de 115 óperas, mais de 600 cantatas, serenatas, oratórios, missas, motetos, uma Paixão Segundo São João, peças de câmara, tocatas e diversas peças para cravo, 12 Sinfonie di Concerto Grosso (1715), sonatas e obras teóricas.
Domenico Scarlatti (1685 – 1757)
Giuseppe Domenico Scarlatti nasceu em Nápoles, a 26 de outubro de 1685, exatamente no ano que nasceram Bach e Haendel. Seu pai, Allessandro Scarlatti, então com 25 anos e com seis filhos, já se firmara como compositor fecundo e rapidamente se aproximava da fama como operista.
Desde criança, Domenico conviveu com a música, recebendo lições de seu pai e sofrendo influência de outros membros da família: o tio Francesco era violinista,o tio Tomaso era tenor, a tia Anna Maria era cantora; o tio Niccoló também era músico. Em sua própria geração, seu irmão mais velho, Pietro, tornou-se compositor e a irmã Flamínia era cantora.
Pouco antes de completar dezesseis anos, Mimo (era seu apelido em casa) conseguiu seu primeiro emprego como músico profissional, como organista e compositor na Capela Real de Nápoles.
Quando tinha vinte anos, seu pai o enviou para Veneza, um grande centro cultural, para se aperfeiçoar em seus estudos com o famoso operista e pedagogo Francesco Gasparini, diretor do “Ospedale della Pietá”, orfanato e colégio para meninas, onde trabalhava também Antonio Vivaldi, o “Padre Ruivo”. Nesta época, escreveu seu tratado “L’Armonico Pratico al Cembalo” (Prática e Harmonia ao Cravo).
Neste mesmo período conheceu o compositor Haendel, contato que durou pouco tempo, mas mantido posteriormente por correspondência, em uma grande amizade.
No final de 1713, por influência do pai – ao que parece – Scarlatti assumiu o posto de diretor musical da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Permanecendo até 1719, escreveu muitas missas e algumas óperas, partituras que se perderam na maioria, com o tempo.
Da mesma época datam as relações de Domenico com o embaixador de Portugal em Roma, o Marquês de Fontes, que, graças ao ouro do Brasil, mantinha uma corte luxuosa. Com isso, estabeleceram-se as primeiras ligações do compositor com Portugal, o que, alguns anos mais tarde, mudariam completamente os rumos de sua vida e sua arte.
Em 1720 o compositor foi para Portugal, ficando pôr vários anos. Dom João V, o soberano português, mantinha uma das mais ricas cortes de todo o mundo. Amante da pompa e do luxo, Dom João V deu ao compositor todas as condições para que o seu trabalho fosse o mais rico possível. Scarlatti tinha ao seu dispor mais de trinta cantores e tantos outros instrumentistas, a maior parte italianos. Além de ser o diretor musical e compositor da corte, tornou-se professor de cravo da princesa Maria Bárbara de Bragança, uma menina de dez anos. Sob a direção de Scarlatti, pôr sua vez, tornou-se uma hábil intérprete e ligou-se ao compositor pôr toda sua vida. Casando-se com o herdeiro do trono espanhol, em janeiro de 1729, fez absoluta questão de levar Scarlatti para Madri.
Scarlatti somente casou-se após a morte de seu pai. A morte de Alessandro causou uma verdadeira revolução na vida do compositor. O pai, músico muito mais famoso que ele, tinha um temperamento dominador, exercendo sobre o filho uma função castradora. Enquanto Alessandro vivia, Domenico dedicou-se ao mesmo tipo de composição do pai, mas nunca conseguiu superá-lo. Após sua morte, Domenico procurou seu caminho, dedicando-se cada vez mais às composições para teclado. No plano pessoal é significativo o fato do compositor só ter se casado depois do falecimento do pai. Isso ocorreu em Roma,quando Domenico já contava com 43 anos de idade. A esposa era uma jovem romana de 16 anos, Maria Catalina, que lhe deu cinco filhos, todos nascidos na Espanha.
Na Espanha se iniciou a fase mais brilhante de sua carreira de compositor. Vivendo nos palácios reais de Sevilha, Madrí e arredores, mas também junto ao povo das ruas, Scalartti absorveu toda a cultura espanhola e tornou-se um verdadeiro espanhol. Além do cotidiano contato com a princesa, foram muito importantes as relações com Carlo Broschi, famoso castrato italiano conhecido como farinelli, diretor musical da corte e o mais conhecido cantor do século XVIII. Farinelli dirigia todos os espetáculos da faustosa corte espanhola e o seu relacionamento com Scarlatti foi sempre o melhor possível.
Outro contato importante foi o que Scarlatti manteve com o padre Antônio Soler, 44 anos mais moço que ele e sobre o qual o compositor exerceu profunda influência. Soler escreveu grande número para cravo e publicou, em 1762, um tratado intitulado Chave de Modulação, onde expunha os métodos de suas caprichosas modulações – as mesmas que se encontram nas obras de Scarlatti.
Da vida íntima do compositor quase nada se sabe. Em 1739, sua esposa faleceu e ele, pouco tempo depois, casou-se outra vez, com uma espanhola, Anastásia Maxarti Ximenes, que lhe deu mais quatro filhos. Todos formavam uma família feliz, sem maiores problemas, a não ser alguns dissabores causados pelo único vício do compositor: o jogo. O inveterado jogador gastava noites e noites em apostas dos mais variados tipos, perdendo grandes somas nestas atividades…mas a Rainha Bárbara vinha sempre em seu socorro e pagava suas dívidas.
Doente, já setuagenário, Domenico passou os últimos cinco anos recluso em casa. E, pouco antes de morrer a 23 de julho de 1757, fez um testamento onde pagava, antecipadamente, a realização de cinqüenta missas para os pobres.
Sua Obra
Praticamente toda a obra de Scarlatti composta na Itália se perdeu, restando apenas alguns libretos de ópera e fragmentos de partituras. Sua produção portuguesa se perdeu no célebre terremoto de primeiro de novembro de 1755, em Lisboa.
De modo igual, das cerca de 555 sonatas para cravo – a parte principal da obra de Domenico – não sobrou nenhum manuscrito autógrafo; somente cópias feitas na época pôr outros músicos.
Scarlatti criou uma das mais originais obras do século XVIII e uma das mais importantes da literatura para teclado. Virtuose sem rival – pela técnica e brilho que extraía do cravo – libertou o instrumento das limitações. Introduzindo saltos e harpejos extensíssimos, notas de passagem dupla, cruzamento de mãos e rápidas repetições de notas, Scarlatti fez avançar a técnica do teclado a tal modo que, um século depois – com Chopin e Liszt – surgiriam inovações de grande importância.
As sonatas compostas em sua sua “fase virtuosística”contém dificuldades somente superadas com muita maestria técnica. Embora o autor tenha prometido compor peças de fácil interpretação, estas sonatas estão cheias de acrobacias…o seu gosto pôr estas proezas acrobática decorria tanto de seu amor ao instrumento e de sua alegria em tocá-lo, quanto uma nítida tendência exibicionista. É tal sua ânsia neste sentido que, parece que todo o corpo do intérprete é chamado a participar. Os mais fantásticos cruzamentos de mãos são encontrados nestas sonatas.
O Scarlatti da maturidade é encontrado a partir de 1752. O compositor mostra-se mais lírico e , até certo ponto, introvertido. Suas peças são temperadas com uma certa doçura e refinamento, e muitas delas são em movimentos mais lentos.
Georg Philipp Telemann (1681 – 1767)
George Philipp Telemann nasceu em Magdeburgo, a 14 de março de 1681, e foi batizado a 17 do mesmo mês. De formação autodidata como instrumentista e compositor, o jovem teve que lutar para seguir sua carreira de músico, já que sua família se opunha decididamente. Seu pai, Heinrich Telemann, foi diácono e vinha de uma família que, por várias gerações, formara pastores protestantes.
A tradição de sua família obrigava-o a receber uma formação universitária. Telemann foi bom aluno no colégio e, ainda adolescente, era capaz de escrever versos em alemão, latim e francês. A partir dos 10 anos tocava com perfeição flauta, violino e outros instrumentros, mas não conhecia teoria musical. Seu único período de aprendizagem musical coincidiu com os anos em que freqüentou o liceu, onde estudou com Benedict Christiani, compositor de música sacra.
Em 1701, a fim de agradar a família, iniciou os estudos de Direito na Universidade de Leipzig, abandonando-os pouco depois.
Meses depois de ter se instalado em Leipzig fundou um Collegium Musicum formado por quarenta estudantes. Esta instituição, conhecida pelo nome de Colegium Telemanniano, passou a ser dirigida, a partir de 1729, por Johann Sebastian Bach.
Em 1704 foi nomeado organista e mestre de capela da Neue Kirche ou igreja Nova de Leipzig, a capela universitária. Em 1705 entrou para o serviço da corte do conde Erdmann von Promnitz, que residia em Sorau. Telemann escreveu cerca de duzentas aberturas francesas para a capela musical da corte. De Sorau mudou-se, acompanhando a corte, para Pless, Alta Silésia e Cracóvia, onde conheceu a música popular polonesa.
No ano de 1706 regressa à Alemanha, mudando-se para a cidade de Eisenach, o centro da música alemã e foi nomeado diretor de concertos e mestre-de-capela pelo duque Johann Wilhelm. Telemann escreveu um grande número de cantatas profanas e obras instrumentais, em especial sonatas a trio, iniciando também a composição de cantatas religiosas.
Em 1712, o compositor trocou o serviço da corte por outras funções artísticas em Frankfurt am Main. Foi contratado para dirigir a música em duas igrejas: a de Barfüsser e a de Santa Catarina. Como secretário da Sociedade Frauenstein, reorganizou o Collegium Musicum de acordo com suas ideias e, no ano seguinte, apresentou numerosas peças instrumentais.
Apesar da magnífica posição que tinha em Frankfurt, Telemann mudou-se para Hamburgo em 1715, mas continuou a enviar para Frankfurt suas obras religiosas até 1757. Segundo a tradição de Hamburgo, o compositor era obrigado a compor todos os anos uma paixão e peças para as datas cívicas e religiosas. Em 1722 começou a dirigir a Ópera de Hamburgo, que estava em crise, e conseguiu animar a vida musical desta cidade, permitindo o acesso de todos os cidadãos ( e não apenas os nobres) aos concertos, mediante o pagamento de uma entrada.
Em 1737 deslocou-se a Paris, onde morou por oito meses, o que representou sua consagração internacional. A partir de 1740, a sua atividade como compositor diminuiu. Morreu em Hamburgo, no dia 25 de junho de 1767, aos 86 anos de idade.
É autor de 40 óperas, 12 séries de cantatas para todos os domingos e festas do ano, 46 paixões, 600 aberturas à francesa, inúmeros oratórios, obras incidentais e música de câmara.
Henry Purcell (1659 – 1695)
Henry Purcell nasceu em um dia indeterminado no ano de 1659, no seio de uma família de músicos. Seu pai, também Henry, foi cantor e professor da abadia de Westminster; seu tio, Thomas, foi músico da corte do rei Carlos II.
Logo muito novo, Purcell entrou para o coro da Capela Real, onde começou a estudar composição.
Em 1673 foi nomeado conservador dos instrumentos da corte, cargo não remunerado, mas que o ajudou a obter trabalho como copista, afinador e reparador de órgãos.
Em 1679, tornou-se um dos organistas da Abadia de Westminster, sucedendo o famoso John Blow. Em 1680, escreveu uma série de fantasias para cordas, uma canção de boas-vindas a Carlos II (Welcome, viceregent of my mighty King) e a música para a tragédia de Nathaniel Lee (Theodosius or The Force of Love).
Em 1681, Purcell casou-se e, no ano seguinte foi nomeado organista da Capela Real. A partir deste ano revelou-se um compositor muito requisitado. O ano de 1683 foi muito importante para Purcell: sua primeira série de sonatas a trio foi publicada e o compositor foi nomeado para o cargo de construtor dos órgãos reais.
No ano de 1689 escreveu sua única ópera autêntica, Dido e Enéias, representada no Josias Priest’s, um colégio de meninas em Chelsea. A partir de 1690, Purcell compôs regularmente obras cênicas com importantes episódios musicais à maneira das mascaradas. As mais importantes são: Diocleciano (1690), O Rei Artur (1691), A Rainha das Fadas (1692) e A Rainha Indiana (1695). Purcell escreveu, durante estes anos, música de acompanhamento para peças teatrais.
Paralelamente ao teatro, o compositor jamais abandonou os outros estilos de composição. Escreveu canções e música sacra, não só para a Capela Real, mas para as datas festivas, como a celebração anual do dia de Santa Cecília (Te Deum and Jubilate, em ré maior – 1694) e a magnífia música fúnebre para a rainha Ana (1695).
Purcell morreu em Londres em 21 de novembro de 1695, no auge da fama e foi enterrado na Abadia de Westminster, perto da galeria do órgão.
É autor de vastíssima obra religiosa, peças de circunstância, coro, hinos, óperas e música de cena. Compôs também odes e cantatas dedicadas aos reis Carlos II e Jaime II, bem como à rainha Maria: Sound the Trumpet (1687); odes à Santa Cecília; música instrumental (Musick’s Hand Maid; para cravo, As Lições; para órgão, Voluntaries; para cordas, Fantasias; sonatas a três e quatro partes).
Jean-Philippe Rameau (1683 – 1764)
Jean-Philippe Rameau nasceu em Dijon, no dia 25 de setembro de 1683. Os estudos musicais foram feitos com o seu pai, Jean, organista de Dijon. Estudou até os 16 anos no colégio jesuíta, onde adquiriu seus conhecimentos gerais. Até os quarenta anos vive uma vida relativamente itinerante: aos 19 anos viaja para a Itália, onde passa a integrar, como violinista, uma trupe de músicos italianos.
Exerceu a atividade de organista em muitas cidades francesas: Avignon, Clermont, Paris, Dijon e Lyon. Os resultados de um conhecimento tecladístico pleno estarão fixados na produção para cravo, iniciada em 1706 e estendendo-se até 1747.
Em 1715, quando era organista da catedral de Clermont, redigiu o seu Tratado de Harmonia reduzida a seus principios naturais (1722).
Fixou-se em Paris e ali escreveu escreveu uma segunda coletânea, Peças para Cravo com um Método (1724), e as Novas suítes para peças para cravo (1728).
Estreou como compositor de óperas em 1733 com Hippolyte et Aricie, à qual se sucederam Les indes galantes (1735), Castor et Pollux (1737), Les fêtes d’Hébé (1739), Dardanus (1739), Platée (1745), Zaïs (1748), Pygmalion (1748) e Zoroastre (1749).
Durante seus últimos dez anos, trabalhou em suas obras teóricas e compôs mais duas óperas, Les paladins (1760) e Les boréades.
Rameau foi um dos grandes compositores de sua época e elevou a ópera francesa ao seu mais alto nível. Em suas obras teóricas, racionalizou a harmonia.
José Antônio Carlos de Seixa (1704 – 1742)
Organista, cravista e compositor português. Nasceu no dia 11 de junho de 1704, em Coimbra e faleceu precocemente, aos 38 anos, em Lisboa, no dia 25 de agosto de 1742. Seu pai, Francisco Vaz, organista da Catedral de Coimbra, foi seu primeiro professor.
Ocupou o posto de organista por dois anos, após a morte de seu pai e, graças ao seu talento e grande desenvolvimento musical, ocupou o cargo de organista na Catedral de Lisboa. Carlos Seixas estava com apenas 16 anos.
Em Lisboa tornou-se amigo de Domenico Scarllatti , Mestre de Capela Real, que considerava Carlos Seixas o melhor professor de cravo já visto. Alguns anos depois, o jovem compositor foi nomeado Vice Mestre de Capela Real.
Sua obra é composta, em grande parte, de peças para instrumentos de teclado, chamadas de tocatas ou sonatas. É autor de cerca de 700 tocatas para cravo, das quais somente 105 chegaram até nossos dias. Deixou ainda minuetos e fugas para órgão, clavicórdio e cravo, um concerto para cravo e acompanhamento de cordas, duas aberturas para orquestra e algumas obras religiosas. É considerado o maior compositor português de música para instrumento de teclado.
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Fonte: http://www.oliver.psc.br