por: Profª Jenise Torres
Esta expressão grega significa “arte das Musas”. As Musas eram entidades mitológicas (deusas) na Grécia Antiga. A elas era atribuída a capacidade de inspirar os humanos para as criações artísticas e científicas.
O templo de adoração às Musas chamava-se “museion“, termo que deu origem à palavra “museu”. No templo eram oferecidos sacrifícios que consistiam em banhos de água, ou leite, e de mel.
No total eram nove Musas, sendo que Euterpe era a deusa da música profana e Polímnia era a deusa da música cerimonial (sacra). O nome Euterpe significa “deleite” e o nome Polímnia significa “muitos hinos“.
A palavra “música”, portanto, tem sua origem no termo “musiké” (Musa).
Música é a combinação de sons e silêncios que seguem uma pré-organização que é objeto de estudo tanto no contexto da arte – invenção que é a arte de compor música, interpretação que é a arte do desempenho instrumental, vocal e regência – quanto no contexto da ciência – musicologia, musicoterapia.
A Musicologia estuda as amplas perspectivas históricas, antropológicas e estético-poéticas da música, como também suas questões técnico-operativas e filosóficas.
O musicólogo é o pesquisador das notações musicais, da fisiologia dos instrumentos e suas respectivas características técnicas, das referências internas dos parâmetros musicais, dos métodos didáticos, da teoria musical, da acústica, das referências sociais e ideológicas em que a música acontece.
A Musicoterapia é a utilização da música, e/ou de seus elementos constituintes, num processo destinado a facilitar e a promover objetivos terapêuticos. É o atendimento das necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas humanas. Seu alvo é buscar desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele alcance uma melhor qualidade de vida através de prevenção, reabilitação ou tratamento.
O musicoterapeuta é o profissional responsável por conduzir tal processo e sua formação inclui: teoria musical, canto, prática em ao menos um instrumento harmônico (piano ou violão), prática em instrumentos melódicos (principalmente a flauta) e prática em instrumentos de percussão; conhecimento da anatomia e da fisiologia do corpo humano, psicologia, filosofia, expressão corporal, dança, técnicas grupais, métodos de educação musical como, por exemplo, os métodos Orff e Kodály.
Os musicoterapeutas também estudam os efeitos hipnóticos dos ritmos repetidos e a associação desses ritmos ao transe e ao êxtase místico e/ou o seu efeito sobre as emoções humanas.
Estas considerações iniciais, consultadas na pt.wikipedia.org, são esclarecimentos introdutórios úteis para uma melhor compreensão de trechos da pesquisa do musicólogo DAVID TAME retirados do livro O Poder Oculto da Música, publicado pela Editora Cultrix (SP), do original The Secret Power of Music: the Transformation of Self and Society through Musical Energy.
Página 153
“Na investigação dos efeitos da música sobre a vida, realizaram-se alguns experimentos preliminares com plantas. Por paradoxal que possa parecer, o efeito da música sobre o reino vegetal primitivo é um dos métodos mais convincentes para provar que a música influi na vida, inclusive na vida humana. Pois as experiências levadas a cabo com seres humanos e, até certo ponto, com animais, têm o fator extra da mente para atrapalhar. Isso quer dizer que, se bem que se possa demonstrar que os homens ou os animais foram influenciados por tons, o efeito pode não ter sido direto nem objetivo. Ao contrário, o efeito sobre o corpo talvez tenha sido causado pela reação subjetiva da mente à música ouvida. No caso da pesquisa dos efeitos produzidos pela música sobre as plantas, no entanto, não se pode alegar que estiveram presentes fatores psicológicos. Se se puder demonstrar que a música afeta as plantas, tais efeitos terão de ser imputados, por força, à influência objetiva e direta dos tons sobre as células e os processos da forma de vida”.
“Duas séries independentes de experimentações, uma realizada na União Soviética e outra no Canadá, descobriram que as sementes de trigo crescem mais depressa quando tratadas com tons. As mudas de trigo tratadas com som no Canadá, num ambiente laboratorial cuidadosamente controlado, cresceram três vezes mais do que as mudas não tratadas (informação coletada na Revista Time de 12 de abril de 1968). As mudas soviéticas receberam tons ultra-sônicos e, em resultado disso, germinaram mais depressa, mostraram-se mais resistentes à geada e produziram maior quantidade de grãos (informação retirada da Revista Science Digest90 de 1º de janeiro de 1982). Trata-se, obviamente, de descobrimentos de grandes possibilidades para aplicação prática no mundo”.
Páginas 155 e 156
“Os estudos acerca da relação entre a música e as plantas são cruciais pela razão já mencionada: presumindo-se que sejam bem crontrolados e de resultados precisos, são capazes de provar o que experiências feitas com seres humanos e animais dificilmente provarão: que os efeitos da música, objetivos, não dependem do precondicionamento subjetivo da psique. Lembremo-nos de que, além de acreditar que a música afeta o corpo, as emoções e o espírito do homem, os antigos também afirmavam que o poder da música é objetivo e não subjetivo. Ou seja, afirmavam que tipos diferentes de música são inerentemente bons ou inerentementemaus; que certas combinações de tons são objetivamente intensificadoras da vida e possuem uma natureza evolutiva, ao passo que outras se revelam malsãs e perigosas. A ser verdadeira a crença dos antigos, isto será um fato de vital significação. Os músicos modernos já não poderão proclamar que a música é uma questão de “gosto”, ou que ao músico deve ser concedido o direito de tocar o que bem entende”.
“A pesquisa sobre música e plantas, portanto, corroborando os sábios ensinamentos dos antigos acerca do poder objetivo da música, aparentemente desaprova todo o ponto de vista contemporâneo, hedonístico e anárquico, sobre a arte. Em suma, parece oferecer-nos uma base científica a partir da qual se pode construir uma estética permanente e inflexível da música. Permanente e inflexível porque os verdadeiros princípios estéticos não são subjetivos, senão, como já observamos no capítulo anterior, universais. A boa música ainda será boa mesmo que não haja nenhum ouvinte humano, pois ainda há dentro dela uma força doadora de vida”.
“A pergunta sobre o que constitui a música boa ou má pode ser respondida com dez palavras apenas: a boa música dá vida; a música má dá morte. Há mais coisas a respeito da vida e da morte do que os dois lados do túmulo: todo momento de música a que nos submetemos pode estar intensificando ou consumindo nossas energias vitais e nossa clareza de consciência, pouco a pouco. Do ponto de vista dos antigos sábios chineses, o fato de indivíduos estarem hoje “gostando” da música má e destrutiva, ou “apreciando-a”, ao mesmo tempo que são incapazes de apreciar ou compreender a música genuinamente boa, seria explicado por se haverem tais indivíduos “afinado” pelos padrões tonais errados, perdendo simultaneamente a afinação com a Realidade e os princípios universais”.
“Citemos as próprias palavras de Dorothy Retallack (pesquisadora em Denver, Colorado- USA): “Se a música de rock tem um efeito desfavorável sobre as plantas, não será essa mesma música, ouvida durante tanto tempo e com tanta frequência pela geração mais jovem, parcialmente responsável pelo seu comportamento irregular e caótico?” E: “Poderiam ser os sons discordantes que ouvimos nestes dias a razão por que a humanidade está ficando cada vez mais neurótica?”(informação retirada do Jornal DenverPost de 21 de junho de 1970).