O Extraordinário Poder da Música!

por: Pr. Raul de Sousa[1]

“Falando entre vós em salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Efésios 5:19).

A realização e a plenitude espirituais [também] se expressam sob formas artísticas. E [em nosso caso], através da música, que é [a expressão artística mais usada] para os cultos dos discípulos do Senhor. Todos têm consciência do poder que a música [possui] para amoldar nossos pensamentos e emoções. A música é, ordinariamente, a expressão do “pulso” ou do “pulsar” do coração das pessoas. A música pode inspirar pensamentos e ações elevados e nobres, como também pensamentos e ações de baixo nível. Há música espiritual, como também há música intelectual e sensual. Alguém já declarou: Permite-me compor o hino de vossa nação, e não me importarei com quem baixará as leis. Não podemos fechar os olhos para [inúmeros exemplos, desde o cinema, até o simples comercial de televisão], que usam as artes como meio de propaganda, reconhecendo o poder da música.[2].

[O versículo de Efésios] dá grande importância à música na vida cristã, pois contém um profundo discernimento. A música, segundo disse Aristóteles, é a mais moral de todas as artes. Sim, ela afeta mais diretamente ao caráter do que qualquer outra arte. Um tom marcial pode ser produzido pela marcha; uma atitude de profundo respeito, por um nobre coral; e certo relaxamento pagão [indesejável no contexto da adoração a Deus] ao entoar-se um melodioso saxofone. Toda igreja vigilante cuidará muito bem deste ministério: “Louvor e Adoração”. (Wedel, in loc.).

Prossegue o mesmo autor: A música se assemelha ao álcool, quanto ao espírito que propicia. Cria entusiasmo. Quando o cântico comunitário começa a ser negligenciado, isso sempre serve de sinal de uma vida comunitária decadente. Isso já se tem verificado em muitos aspectos de nossa cena social. Muitas religiões seculares têm podido conquistar os corações dos homens nas asas do canto. Podemo-nos lembrar da “Marseillaise”, da Revolução Francesa, da ‘Internacional”, do comunismo,do “Horst Wessel”, da Alemanha hitlerista, ou do “Hino de Batalha da República”, da guerra civil Norte-Americana.

Um homem com um sonho, com prazer,
Sairá e conquistará uma coroa;
E três, com a nova medida de uma canção,
Podem pisar aos pés um império.

(Arthur William Edgar O’Shaughnessy).

Triste cena é ver na igreja moderna, a música, que tem sido desenvolvida como uma expressão de impulsos animais, incluindo o impulso sexual, e que, desde o princípio, tem sido a companheira de entorpecentes e de várias formas de deboche. [Justamente no lugar mais sublime de todos, a própria casa de Deus, vemos uma deturpação da adoração, com o uso indiscriminado de estilos seculares. Quando, em contrapartida, deveria ser justamente ali o local da expressão mais elevado de expressão de Adoração. Será que não nos falta uma pergunta essencial – “O que diz o Senhor?”].

Devemos tomar certos cuidados com a maneira [como] conduzimos nossos cultos para que não excitemos tais impulsos bestiais, o que existe naturalmente dentro do ser humano. Existem algumas modalidades de música [que] são usadas para que jovens se droguem, se embriaguem, dando o ambiente propício, que, [se unido] com seu contexto, acaba por levá-los à atitudes desgovernadas racionalmente.

Um jovem que em seu passado fizera uso de tais músicas em suas aventuras alucinantes, certamente quando as ouvir novamente, mesmo que seja com letras diferentes, [será levado àquele] passado e às lembranças de suas ações que um dia quase o fizeram morrer. Músicas com letras de adultério, traição e vingança são comumente ouvidas no repertório da MPB (música popular brasileira), o que tem levado milhares de pessoas a se separarem, contrair um relacionamento extra-conjugal, enfim, tudo pelo extraordinário poder da música. [Não deveríamos, portanto, escolher melhor o repertório usado em nossas congregações? Evitar certos estilos musicais, extremamente associados ao mundo e suas características maléficas e pecaminosas, parece ser o caminho mais seguro para não profanar o trono do Senhor].

(…) [Satanás] é um ladrão, [assim,] tem se apropriado da música, algo criado por Deus para seu próprio louvor (Efésios 1:12), para confundir a mente das pessoas e levá-las, como já disse, a ambientes de destruição.

Não seja você também uma pessoa levada por pensamentos de outros acerca desses polêmicos assuntos. Você tem o Espírito de Deus que, quando consultado em oração, sempre nos guiará em sua verdade (João 14:16), não permitindo assim que caiamos no engodo do Diabo.

Deus te abençoe muitíssimo, em nome de Jesus!


Notas:

[1] Observamos que o escritor do presente artigo é pastor de uma comunidade evangélica. Algumas de suas ideias, portanto, serão direcionadas a este público em especial. Todavia, publicamos o artigo com a intenção de que seus argumentos teológicos acrescentem informações importantes também para a comunidade protestante e Adventista do Sétimo Dia. (Nota dos editores do Música Sacra e Adoração).

[2] Todos os termos entre [colchetes] são de autoria dos editores do Música Sacra e Adoração e não constam do artigo original.


Fonte: http://www.netgospel.com.br