Esculpindo o Altar

por: Ministério Luzes da Alvorada

Muitas vezes as pessoas tentam enfeitar as coisas simples que DEUS estabeleceu para sua adoração. A respeito dos sacrifícios que eram oferecidos em altares de pedras foi ordenado: “Se me levantares um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois se sobre ele manejares a tua ferramenta, profana-lo-ás.” Êxodo 20: 25. Da mesma forma, hoje, se fizermos uso inadequado de instrumentos musicais, pretendendo embelezar nosso sacrifício de louvor, estaremos, de certa forma, profanando o altar com nossas ferramentas.

É fato que a música instrumental pode chegar a ser tão imprópria a ponto de a pena inspirada nos haver advertido de que “é melhor nunca ter o culto do SENHOR misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que… seria introduzida em nossas reuniões…” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 36), como já vimos. Por outro lado, os instrumentos musicais fazem parte da adoração até mesmo no céu. Eles são úteis, são necessários, e podem ser uma grande bênção quando usados com sabedoria.

“O emprego de instrumentos de música não é absolutamente objetável. Eles eram usados nos serviços religiosos dos antigos tempos. Os adoradores louvavam a DEUS com a harpa e o címbalo, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. Isto acrescentará o interesse.” – Carta 132, 1898 (Evangelismo, p. 501).

Ellen G. White escreveu noutra ocasião: “Alegro-me de ouvir os instrumentos musicais que tendes aqui. DEUS quer que os tenhamos. Quer que O louvemos, de alma e coração e com a nossa voz, engrandecendo Seu nome perante o mundo.” – Review and Herald, 15 de junho de 1905 (Evangelismo, pp. 503 e 504).

Ela disse ainda: “A voz humana que entoa a música de DEUS vinda de um coração cheio de reconhecimento e ações de graças, é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos humanas.” Carta 2c, 1892. – Evangelismo, pág. 506.

Os que desejam honrar a DEUS com seus louvores, não buscarão agradar a si mesmos fazendo uso de música instrumental imprópria. “Coisa alguma há, mais ofensiva aos olhos de DEUS, do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte não são consagrados, não estão fazendo em seu coração melodia para o SENHOR… Não temos tempo agora para gastar em buscar as coisas que agradam unicamente aos sentidos.” Review and Herald, 14 de novembro de 1899. – Evangelismo, pág. 510.

“Quando os professos cristãos alcançam a alta norma que é seu privilégio alcançar, a simplicidade de CRISTO será mantida em todo o seu culto. As formas, cerimônias e realizações musicais não são a força da igreja. No entanto, estas coisas tomaram o lugar que deveria ser dado a DEUS, tal como se deu no culto dos judeus.

“O SENHOR revelou-me que, se o coração está limpo e santificado, e os membros da igreja são participantes da natureza divina, sairá da igreja que crê a verdade um poder que produzirá melodia no coração. Os homens e as mulheres não confiarão então em sua música instrumental, mas no poder e graça de DEUS, que proporcionará plenitude de alegria. Há uma obra a fazer: remover o cisco que se tem trazido para dentro da igreja…”

Ellen G. White não destinou estas palavras apenas a uma igreja que estava com problemas em relação à música, “… mas a todas as igrejas que lhe seguiram o exemplo.” Manuscrito 157, 1899. – Evangelismo, pág. 512.

“Para a alma crente e humilde, a casa de DEUS na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do SENHOR, são os meios que DEUS proveu para preparar um povo para a assembléia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida. Da santidade atribuída ao santuário terrestre, os cristãos devem aprender como considerar o lugar onde o SENHOR Se propõe encontrar-Se com Seu povo”. Testemunhos Seletos, vol. II, pág. 193.

Comentando a respeito da forma como o templo judaico foi construído, “sem som de machado ou martelo”, com pedras lavradas, polidas e provadas antes de serem levadas para Jerusalém, Ellen G. White escreveu: “O cuidado manifestado na construção do templo é uma lição para nós quanto ao cuidado que nos cumpre mostrar na formação de nosso caráter. Nenhum material ordinário devia ser empregado. Nenhuma obra casual devia ser feita na junção das diferentes partes. Cada peça devia adaptar-se a outra peça perfeitamente. Tal como era o templo de DEUS, importa que seja Sua igreja. Na formação do caráter Seu povo não deve introduzir nenhuma viga sem valor, nenhuma obra descuidosa, indiferente.” Manuscrito 18, 1905.

“Achamo-nos agora na oficina de DEUS e, durante estas horas de graça, está em andamento o processo de ajustar-nos para o glorioso templo. Não podemos agora ser indiferentes, e negligentes, e descuidosos, e recusar-nos a nos apartar do pecado… Agora é o dia de preparação; agora é o tempo em que podem ser removidos os nossos defeitos.” Carta 60, 1886 – (Nossa Alta Vocação – Pág. 163).

O apóstolo Pedro, em sua primeira carta, capítulo 2, verso 5, escreveu: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a DEUS, por JESUS CRISTO.” O que se espera de nós na edificação desse templo espiritual? Que façamos de nossos instrumentos musicais ferramentas barulhentas? Não. O apóstolo disse que devemos oferecer “sacrifícios espirituais, agradáveis a DEUS”. Não procuremos agradar a nós mesmos. Levemos em consideração o grande preço pago pelo SENHOR JESUS para que, um dia, em breve, possa nos levar para o reino celeste. Para Ele somos pedras de grande valor; somos jóias preciosas.