Deus Como Músico

por: Sikberto Marks

Qual é o limite de número de cantores e instrumentistas, máximo, para louvar a DEUS? Creio que não há limite. Quando JESUS estiver voltando a esta Terra, Ele virá com todos os anjos, tocando a música celeste. Quando JESUS retornou ao Céu, após Sua vitória aqui na Terra, o Universo entrou em sintonia de louvor (Apoc. 5: 11 a 13).

Quando DEUS criou a Terra, e a vida aqui, Ele não deixou este lugar em total silêncio. Ele colocou sons por aqui. E nesse momento, ainda cedo, são 6:40 horas da manhã, já estou ouvindo os primeiros cânticos dos pássaros. E também há uma brisa suave. Está bem agradável ouvir esses sons, que são legítimo louvor. Há noite, até alta madrugada, em que frequentemente se ouve sons desagradáveis, de pessoas que elevam bem alto os seus potentes aparelhos de reprodução de sons, com músicas que em nada combinam com essa dos pássaros. Ellen G. White diz que os pássaros são como exemplos de louvor, assim como as crianças.

É importante aqui destacarmos que o grande conflito entre satanás e DEUS, é pelo poder e pelo louvor. Aliás, no Céu, o louvor está associado ao poder de DEUS. As criaturas louvam a DEUS porque o Seu poder é destinado à felicidade delas. Vamos a um exemplo. Aqui na Terra, quando um líder político faz bem ao povo, quando se esforça pelo desenvolvimento da nação, pela paz, pelo progresso, quando o povo se sente feliz por ter emprego, saúde, educação, infraestrutura, etc., então, de uma certa maneira, esse povo louva o líder maior. Há uma gratidão nessa nação; há vários tipos de manifestações de que estão apreciando os atos do líder.

E com DEUS é assim também, só que em maior intensidade. O louvor no Universo, em especial por parte dos seres racionais, é a gratidão pelo amor que o Criador dispensa às Suas criaturas. Aqui na Terra ainda há outros motivos de louvor, que no restante do Universo nem existem. Aqui há o motivo de louvor pela libertação da opressão do pecado e de seus agentes. Por exemplo, em Êxodo cap. 15 temos o cântico de Moises, motivado pela libertação da opressão de faraó e seu poder, que ficou debaixo do Mar Vermelho. Temos motivos de gratidão por termos sido sarados, por proteção, pela esperança da salvação, e assim por diante.

O louvor não é algo vazio, só por cantar ou tocar algum instrumento. Sempre deve haver motivação legítima, algo que lhe dê conteúdo e mensagem significativa. Nesses últimos tempos o louvor está sendo depredado. Isso vemos em todas as igrejas. É a guerra pelo louvor, de satanás contra DEUS, pois o inimigo quer ser louvado. Aliás, qual é o líder que não quer ser de alguma maneira homenageado? São bem poucos, e humildes, para não desejarem tal deferência. Está entrando nas igrejas, inclusive na IASD, um louvor estranho, barulhento, de volume alto, de ritmo frenético, de batidas fortes que hipnotizam, caraterísticos típicos de louvor ao inimigo de DEUS. O louvor a satanás tem uma grande característica, entre outras menores: ele é voltado para o “eu”, nunca para DEUS. O músico ou cantor desse tipo de louvor sempre cuida para que ele mesmo seja honrado, e visto como um tipo de ídolo. Para se louvar a satanás basta enaltecer qualquer coisa, desde que não seja a DEUS. De preferência, com um péssimo gosto musical, que se complementa com som alto, para fazer vibrar os tecidos do corpo, e impedir o bom funcionamento da mente racional. Quanto mais próximos de satanás, menos racionalidade, mais sensualidade e vibração carnal.

Como seria bom se os autores dessas lições fossem menos neutros nesses assuntos relacionados ao louvor. Eles sempre falam que devemos usar a boa música, mas nunca esclarecem o que é a boa música. É alto tempo de posicionamento claro com base nos escritos, não ficar apenas na superficialidade e em campo neutro em relação a algo tão importante. Mais uma vez é bom recordar: a nossa igreja está dividida em sua liderança quanto a esse assunto, e ela não terá poder enquanto a situação permanecer assim como está.


Fonte: Publicado originalmente em: http://www.cristovoltara.com.br/arquivos_upload/20120221224012_L11-1-2012.doc