Instrumentos ou Ferramentas?
por: Ministério Luzes da Alvorada
Construções. Quantas outras palavras nos vêem à mente ao pensarmos em construções: progresso, conquista, esperança, futuro, lar, igreja… Outros talvez pensem ainda em sujeira, barulho, confusão, dívidas…
A cada dia surgem novas técnicas de construção, destacando-se entre elas as construções pré-fabricadas. São construções nas quais as partes a serem montadas ou os materiais a serem utilizados são preparados antecipadamente de modo que o trabalho seja executado de maneira rápida e objetiva.
Vocês sabiam que a Bíblia fala de uma construção pré-fabricada? Foi o templo de Jerusalém, construído nos dias do rei Salomão. “E edificava-se a casa com pedras lavradas na pedreira; de maneira que nem martelo, nem machado, nem qualquer outro instrumento de ferro se ouviu na casa enquanto estava sendo edificada.” I Reis 6:7.
“O templo judaico foi construído de pedras lavradas, tiradas das montanhas; e cada pedra foi adaptada para seu lugar no templo, talhada e polida, e provada antes de ser levada para Jerusalém. E quando tudo foi levado ao local, o edifício foi erguido sem som de machado ou martelo.” Nossa Alta Vocação, pág. 163.
“As tábuas também eram preparadas na floresta. Os móveis, semelhantemente, foram trazidos para essa casa já prontos para a utilização.” – CRISTO Triunfante, pág. 154.
O que teria motivado as pessoas envolvidas naquela construção a realizarem-na de forma tão singular, trazendo as diferentes partes já pré-moldadas, como um gigantesco quebra-cabeças? Creio que a melhor palavra para descrever a principal razão para isso é: reverência.
Que contraste entre o cuidado, zelo e reverência manifestados pelos construtores do antigo templo de Jerusalém e o que vemos hoje sendo apresentado dentro de muitas das nossas igrejas! Creio que existe mais barulho em muitas das músicas apresentadas hoje em dia dentro da casa de DEUS do que houve em toda a construção do templo de Salomão. Que sons temos ouvido dentro da igreja? São os sons de instrumentos musicais dedicados aos louvores do SENHOR ou ruidosas ferramentas utilizadas pelo Diabo para profanar a casa de DEUS?
Para termos uma melhor noção dos limites da reverência e do que é apropriado para a adoração precisamos ir um pouco mais fundo na análise do histórico de certos instrumentos musicais. Veremos algo também sobre as influências culturais.
De fato a cultura tem sido o “bode expiatório” para muitas práticas musicais duvidosas. Costuma-se dizer que as músicas e certos hábitos religiosos são adaptáveis à cultura e à época. É lamentável, mas estão “colocando o carro na frente dos bois”.
A primeira coisa a ser compreendida é que as palavras “cultura” e “culto” estão muito mais relacionadas do que parece. Quando o cristão moderno admite adaptar sua adoração à cultura local, está, na realidade, adaptando sua religião às crendices e ao culto dos seus antepassados. Não é a cultura que dá forma à religião; a religião é que dá forma à cultura.
O Dr. Wolfgang H. M. Stefani, quando em visita ao Brasil, por ocasião do lançamento do seu livro, “Música Sacra, Cultura e Adoração”, fez o seguinte comentário: “O teólogo Paul Tillich fez uma profunda declaração sobre a cultura, a qual nos ajuda a compreender melhor essa questão: ‘A religião é a essência da cultura, a cultura é a forma da religião!’ Ele esta dizendo que a religião é, no seu sentido mais amplo, aquilo que dá sentido a cultura, e que a cultura é o modo como o fundamento da religião se expressa. Isto significa que todos os produtos culturais já incorporaram em si valores metafísicos. As artes e especialmente a música refletem e comunicam esses valores. … ‘O que governa o coração forma a arte'” – Revista Adventista, março de 2002, pág. 6.
O folclore está diretamente ligado às características culturais de um povo e aos seus costumes, que podem, por sua vez, ser herança de outros povos. No Brasil, lendas como a do saci-pererê, curupira, Iara e boitatá, entre outras, derivam de crendices herdadas dos índios e dos escravos. Poucos observam que, essas lendas estão, em sua maioria, ligadas a seres estranhos e sobrenaturais.
Na música, o samba é, indiscutivelmente, parte da cultura brasileira, mas, como já vimos em nosso segundo tema, acredita-se que o próprio nome “samba” surgiu de uma homenagem ao deus-demônio “Simbi”, deus da sedução e da fertilidade nos rituais vodu, assim como o “congado” seria uma homenagem ao deus demônio “Congo”. Qual o berço de tudo isso? Indiretamente, a África, de onde foram trazidos os escravos, não somente para o Brasil, como para tantos outros países.
Em cada lugar para onde foram levados os escravos africanos, desenvolveram-se variações e derivações de seus cultos primitivos, como o vodu haitiano e o candomblé brasileiro. Tudo isso passou a ser considerado parte da cultura local.
Os tambores africanos que, depois de passarem por uma série de mudanças em uma verdadeira metamorfose musico-cultural, acabaram gerando a bateria moderna, eram elementos essenciais da adoração pagã. Maya Deren, em seu livro “Divine Horseman–The Living Gods of Haiti”, (New Paltz: McPherson & Co., 1953) págs. 244-246, falando sobre derivações de cultos africanos diz: “São os tambores e a batida dos tambores que são, em si, o som sagrado”.
O Pastor e Professor Vanderlei Dorneles, em seu artigo “A bateria à luz da antropologia e da Bíblia”, diz que: “Um estudo dos cultos de mistérios, das cerimônias nativas e dos rituais da África esclarecem que (1) a música ritual é basicamente o som do tambor, (2) essa música é acompanhada de dança e (3) o transe é o objetivo pretendido e alcançado com o ritual primitivo.” – Vanderlei Dorneles – A bateria à luz da antropologia e da Bíblia (Esse artigo pode ser encontrado no site: www.musicaeadoracao.com.br).
Se analisarmos os escritos de diversos autores e pesquisadores modernos, citando entre eles os livros: A Dança dos Orixás: as relíquias brasileiras da Afro-Ásia pré-bíblica (São Paulo: Harder, 1970), do antropólogo Francisco Sparta; Os Cultos Mágico-Religiosos no Brasil (São Paulo: Hucitec, 1979), de Aguiar Bastos, também antropólogo; História das Crenças e das Idéias Religiosas, (Tomo I, Vol. II – Rio de Janeiro: Zahar, 1983) e Xamanismo e as Técnicas Arcaicas do Êxtase (São Paulo: Martins Fontes, 1998), ambos de Mircea Eliade; e outros ainda, veremos que o tambor está claramente relacionado com o transe místico, o fenômeno de possessão ou ainda a perda da consciência.
Para citar apenas uma das referências, transcrevemos aqui duas frases de Mircea Eliade, de seu livro: Xamanismo e as Técnicas Arcaicas do Êxtase, págs. 200 e 205: “Uma coisa é certa: o que determinou a função xamânica do tambor foi a magia musical”. “De qualquer modo, trata-se sempre de um instrumento (o tambor) capaz de estabelecer algum contato com o ‘mundo dos espíritos'”.
Usar tambores na música religiosa é usar os moldes dos demônios na adoração a DEUS. E isso já aconteceu em nosso meio no passado. Em Indiana, nos Estados Unidos, durante um movimento denominado como da Carne Santa, as músicas tinham, entre outros instrumentos, tamborins e um grande surdo ou bumbo. Mais detalhes podem ser encontrados no livro Conselhos Sobre a Música, publicado pelo Instituto Adventista de Ensino de S. Paulo (UNASP Campus 1), no qual Athur L. White, além de uma compilação dos escritos de Ellen G. White que falam sobre a música, transcreve depoimentos de testemunhas oculares de fatos relacionados.
Se alguém ainda acha que o uso de tambores ajudando a levar ao transe é uma teoria sem fundamento, observe o que Ellen G. White disse, falando sobre o ocorrido em Indiana: “Alguns pareciam estar em visão, e caíam por terra. Outros pulavam, dançavam e gritavam.” – Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 34. Ela disse coisa mais ainda séria: “Esses (em Indiana) foram arrastados por um engano espírita.” – Evangelismo, pág. 595. Lembram-se também daquele outro texto que vimos em nosso tema anterior: “Fui instruída a dizer que, nessas demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens…”? Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 37.
A essa altura não seria possível deixar de mencionar uma frase atribuída a uma filha-de-santo de um terreiro de Salvador, Bahia, encontrada no jornal Folha de São Paulo, no caderno Folha Ilustrada, em 17 de junho de 2000. Ela disse: “Que gostoso é o candomblé! Mesmo se você não tem nada a ver com a religião, quando escuta os tambores não tem jeito: começa a balançar os ombros.” Sem dúvida, os tambores não são instrumentos musicais adequados à adoração; são ferramentas empregadas pelo inimigo para perverter nossos louvores.
Está escrito: “Não podeis beber do cálice do SENHOR e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do SENHOR e da mesa de demônios. Ou provocaremos a zelos o SENHOR? Somos, porventura, mais fortes do que Ele?” I Cor. 10:21-22.
Talvez haja pessoas que acreditem que, quando Ellen G. White escreveu aquelas palavras de advertência a respeito de coisas que aconteceriam “imediatamente antes da terminação da graça”, estivesse falando somente sobre coisas relacionadas ao movimento da carne santa, sem ter nada haver com o que está acontecendo com a nossa música hoje. Eu perguntaria a essas pessoas: O que mais estaríamos esperando? Será que alguém espera ver pessoas desmaiando ou entrando em transe dentro da igreja para acreditar que a profecia está se cumprindo? Creio que o que estamos presenciando cumpre plenamente o que foi anunciado.
Falando sobre o uso da bateria na igreja, o Dr. Wolfgang H. M. Stefani disse o seguinte: “Da mesma forma que a música em si não é neutra, tanto no significado como na estrutura estilística, os instrumentos também não são neutros. Diferentes instrumentos foram feitos e aperfeiçoados para propósitos específicos. Quando as pessoas me perguntam sobre o uso de bateria na igreja, primeiramente sugiro: ‘Por que não usar um tímpano? É um tipo de percussão. Se tambores são neutros, então o tímpano deveria ser tão bom quanto o tambor de uma bateria.’ Eles olham para mim perplexos e dizem: ‘Bem, não era esse o tipo de tambor que eu tinha em mente. Eu quero a bateria que é usada numa banda de música popular.’ É claro que a razão pela qual querem esse tipo de tambor é o fato de desejarem tocar determinado tipo de música.
“Há razões pelas quais determinados instrumentos são mais apropriados para certos propósitos. A bateria foi desenvolvida para produzir um som agressivo, fortemente rítmico, a fim de ser cultivado na música popular. Mas, pela mesma razão que as pessoas normalmente não querem órgãos de tubo em bandas de rock, uma bateria não é apropriada para a igreja, especialmente quando sentimentos como reverência e contemplação estão em jogo. O som percussivo ‘pesado’ produzido por esses instrumentos, não se harmonizam com o tipo de música que deveria ser enfatizado na adoração de Jeová (ver Isaías 6:1-8), onde reverência, paz, alegria, arrependimento e compromisso formam a essência das emoções apropriadas.” – Revista Adventista, março de 2002, pág. 6.
Uma coisa que se torna cada dia mais evidente é o fato de que, somando-se os diversos estilos musicais populares e até mesmo religiosos existentes, a bateria é o instrumento mais utilizado. Interessante, não é mesmo? E ela costuma ficar em local de destaque, geralmente no centro das bandas musicais, ou logo atrás dos instrumentos principais. Mas os tambores não são as únicas coisas com as quais devemos nos preocupar. Se observarmos bem veremos que muitos dos elementos causadores da metamorfose musical-religiosa dos nossos dias estão, de alguma forma, relacionados com estilos musicais como o rock e o jazz, entre outros.
Falando do Rock, por exemplo, podemos afirmar que esse estilo musical não seria o mesmo sem a guitarra elétrica. Se a bateria fica no centro da banda de rock, a guitarra fica na frente. Lembro-me de ter achado interessante quando me disseram, nos meus tempos de estudante de música, que a guitarra elétrica não era reconhecida pela Ordem dos Músicos do Brasil como um instrumento musical. De fato, se desligarmos a tomada elétrica, a guitarra vira um “peso morto”. Os tempos passam, as coisas mudam, mas uma coisa não muda: Depois da bateria, a guitarra é o principal elemento em uma música agressiva.
Por que as pessoas gostam da guitarra elétrica? Seu som lembra o rock, suas formas lembram o rock; suas cordas lembram o violão, mas ninguém se interessa em tocá-la em estilo clássico. Por que não a trocam pelo violão, tocando-o de maneira reverente? Certamente alguém vai dizer que o violão pode ser tocado de maneira tão irreverente quanto a guitarra. Isso é verdade. De fato, pode-se desvirtuar o louvor e profanar a casa de DEUS com qualquer instrumento, se o mesmo for tocado de forma inadequada. Mas não é isso que o adorador sincero e reverente deseja.
Vocês conseguiriam imaginar os louvores em um culto no Céu ao som de guitarra elétrica? Daria para imaginar solenidade e reverência assim? Brincando um pouco com a comparação, se a bateria for a “carne de porco” ou o “leitão à pururuca”, a guitarra é a “pimenta”. Afastem de sua dieta musical tudo o que é impróprio e vocês terão uma vida espiritual mais saudável.
Outro instrumento com características duvidosas é o contrabaixo ou baixo elétrico. Resumindo o que encontramos a seu respeito nos livros Música na Igreja, de Jessé e Jenise Torres, e Adventismo Música e Eternidade, de Dario P. Araújo, podemos dizer o seguinte: Os sons de baixa freqüência e volume alto gerados por esse instrumento, especialmente quando associados ao som da bateria, afetam o líquido cerebrospinal, que, por sua vez, afeta diretamente a glândula Pituitária, ou Hipófise, que está bem no meio da cabeça. Seus hormônios, então, afetam todo o metabolismo do corpo, incluindo as glândulas sexuais, provocando um desequilíbrio anormal no organismo. E quanto maior o volume, maior o estrago. Tal efeito pode mesmo baixar as taxas de açúcar e cálcio no organismo e debilitar o poder de decisão. Não podemos deixar de considerar o fato de que a associação contrabaixo e bateria, tão característica da música popular e do rock, traz elementos de transe e hipnose.
Talvez não houvesse tanto mal, se o contrabaixo (sem bateria, é claro), fosse usado com pouquíssimo volume, talvez mais baixo que o piano, sincronizado com o mesmo, sem notas marcadas ou extravagantes, apenas complementando a harmonia. Mas, encaremos a realidade, não é assim que as pessoas desejam que o contrabaixo seja usado, é? Esse recurso só seria usado em um estúdio de gravação, por algum produtor musical menos extravagante. Cabe aqui a regra: Se não dá para usar sem provocar estragos, não use. Além disso, temos a silhueta roqueira do instrumento, que não se adapta muito bem a um ambiente solene.
Tanto o rock quanto o jazz, têm um a tremendo poder desmoralizante, com forte apelo ao sexo.
Um dos instrumentos que se adaptou ao jazz “como uma luva” foi o saxofone. Algo semelhante tem acontecido, em certos casos, com o trompete, especialmente quando usado com abafador. Aqui é necessário fazer diferença: O trompete é o equivalente à trombeta, usada no templo, nos tempos bíblicos, enquanto o abafador é um recurso comum à música jazz.
Tanto o saxofone quanto o trompete, tocados ao estilo jazz, são usados com freqüência para embalar cenas de sedução e sensualidade em filmes de baixo calão moral. E não é preciso assistir a nenhum deles para comprovar, basta assistir a um desenho animado do Pica-pau ou da dupla Tom e Jerry, entre tantos, para ver que, quando qualquer personagem, seja do sexo feminino, ou do sexo masculino travestido, entrar em cena para seduzir outro, a música que irá tocar será um jazz, no qual se destaca o saxofone ou o trompete. E qual é o instrumento principal tocando o malicioso tema de abertura do desenho animado da Pantera Cor-de-rosa?
O que será que passa pela lembrança dos irmãos que se converteram, depois de anos envolvidos com o mundo, seja em contato com cenas imorais ou músicas como o jazz, quando vêem esses instrumentos sendo tocados na igreja de maneira um tanto grotesca?
Esses instrumentos deveriam ser proibidos? Creio que não. Eles podem ser bem usados? Sim. Da mesma forma, uma faca de açougueiro pode ser usada para descascar uma laranja, cortar carne ou matar alguém… É lamentável dizer, no entanto, que em 80% das apresentações musicais em que esses instrumentos estão envolvidos, especialmente no que diz respeito ao saxofone, os músicos os empunham e os tocam como se estivessem tocando jazz. Aqui é necessário mais do que promessas e palavras vazias de quem gosta desses instrumentos, é necessário seriedade e diferença do mundo, ou a santidade da igreja irá “para o espaço”.
Podemos resumir o que analisamos da seguinte maneira: Dos instrumentos musicais existentes, diversos são plenamente apropriados para o louvor, outros são aceitáveis quando usados totalmente fora dos padrões vulgares que os popularizaram e há outros ainda que, definitivamente, não servem para a adoração. Entendemos também que cultura, folclore e tradição não servem de referência para o que vamos apresentar diante de DEUS; do contrário estaríamos usando o berimbau nos nossos cultos, não é verdade?
Muitas vezes as pessoas tentam enfeitar as coisas simples que DEUS estabeleceu para sua adoração. A respeito dos sacrifícios que eram oferecidos em altares de pedras foi ordenado: “Se me levantares um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois se sobre ele manejares a tua ferramenta, profana-lo-ás.” Êxodo 20:25. Da mesma forma, hoje, se fizermos uso inadequado de instrumentos musicais, pretendendo embelezar nosso sacrifício de louvor, estaremos, de certa forma, profanando o altar com nossas ferramentas.
É fato que a música instrumental pode chegar a ser tão imprópria a ponto de a pena inspirada nos haver advertido de que “é melhor nunca ter o culto do SENHOR misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que… seria introduzida em nossas reuniões…” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 36), como já vimos. Por outro lado, os instrumentos musicais fazem parte da adoração até mesmo no Céu. Eles são úteis, são necessários, e podem ser uma grande bênção quando usados com sabedoria.
“O emprego de instrumentos de música não é absolutamente objetável. Eles eram usados nos serviços religiosos dos antigos tempos. Os adoradores louvavam a DEUS com a harpa e o címbalo, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. Isto acrescentará o interesse.” – Carta 132, 1898 (Evangelismo, p. 501).
Ellen G. White escreveu noutra ocasião: “Alegro-me de ouvir os instrumentos musicais que tendes aqui. DEUS quer que os tenhamos. Quer que O louvemos, de alma e coração e com a nossa voz, engrandecendo Seu nome perante o mundo.” – Review and Herald, 15 de junho de 1905 (Evangelismo, págs. 503 e 504).
Ela disse ainda: “A voz humana que entoa a música de DEUS vinda de um coração cheio de reconhecimento e ações de graças, é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos humanas.” Carta 2c, 1892. – Evangelismo, pág. 506.
Os que desejam honrar a DEUS com seus louvores, não buscarão agradar a si mesmos fazendo uso de música instrumental imprópria. “Coisa alguma há, mais ofensiva aos olhos de DEUS, do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte não são consagrados, não estão fazendo em seu coração melodia para o SENHOR… Não temos tempo agora para gastar em buscar as coisas que agradam unicamente aos sentidos.” Review and Herald, 14 de novembro de 1899. – Evangelismo, pág. 510.
“Quando os professos cristãos alcançam a alta norma que é seu privilégio alcançar, a simplicidade de CRISTO será mantida em todo o seu culto. As formas, cerimônias e realizações musicais não são a força da igreja. No entanto, estas coisas tomaram o lugar que deveria ser dado a DEUS, tal como se deu no culto dos judeus.
“O SENHOR revelou-me que, se o coração está limpo e santificado, e os membros da igreja são participantes da natureza divina, sairá da igreja que crê a verdade um poder que produzirá melodia no coração. Os homens e as mulheres não confiarão então em sua música instrumental, mas no poder e graça de DEUS, que proporcionará plenitude de alegria. Há uma obra a fazer: remover o cisco que se tem trazido para dentro da igreja…”
Ellen G. White não destinou estas palavras apenas a uma igreja que estava com problemas em relação à música, “… mas a todas as igrejas que lhe seguiram o exemplo.” Manuscrito 157, 1899. – Evangelismo, pág. 512.
“Para a alma crente e humilde, a casa de DEUS na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do SENHOR, são os meios que DEUS proveu para preparar um povo para a assembléia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida. Da santidade atribuída ao santuário terrestre, os cristãos devem aprender como considerar o lugar onde o SENHOR Se propõe encontrar-Se com Seu povo”. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 193.
Comentando a respeito da forma como o templo judaico foi construído, “sem som de machado ou martelo”, com pedras lavradas, polidas e provadas antes de serem levadas para Jerusalém, Ellen G. White escreveu: “O cuidado manifestado na construção do templo é uma lição para nós quanto ao cuidado que nos cumpre mostrar na formação de nosso caráter. Nenhum material ordinário devia ser empregado. Nenhuma obra casual devia ser feita na junção das diferentes partes. Cada peça devia adaptar-se a outra peça perfeitamente. Tal como era o templo de DEUS, importa que seja Sua igreja. Na formação do caráter Seu povo não deve introduzir nenhuma viga sem valor, nenhuma obra descuidosa, indiferente.” Manuscrito 18, 1905.
“Achamo-nos agora na oficina de DEUS e, durante estas horas de graça, está em andamento o processo de ajustar-nos para o glorioso templo. Não podemos agora ser indiferentes, e negligentes, e descuidosos, e recusar-nos a nos apartar do pecado… Agora é o dia de preparação; agora é o tempo em que podem ser removidos os nossos defeitos.” Carta 60, 1886 – Nossa Alta Vocação, pág. 163.
O apóstolo Pedro, em sua primeira carta, capítulo 2, verso 5, escreveu: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a DEUS, por JESUS CRISTO.” O que se espera de nós na edificação desse templo espiritual? Que façamos de nossos instrumentos musicais ferramentas barulhentas? Não. O apóstolo disse que devemos oferecer “sacrifícios espirituais, agradáveis a DEUS”. Não procuremos agradar a nós mesmos. Levemos em consideração o grande preço pago pelo SENHOR JESUS para que, um dia, em breve, possa nos levar para o reino celeste. Para Ele somos pedras de grande valor; somos jóias preciosas.