Perguntas Freqüentes Sobre Música Clássica

Índice

Q1. Quais são os principais períodos da Música Clássica?
Q2. Eu sou novo neste mundo e não tenho gravações de música clássica. O que é que hei de ouvir para que possa aprender mais?
Q3. Ouvi esta melodia na radio. Como é que eu sei de que obra faz parte?
Q4. Quando fui à loja comprar [obra clássica], encontrei dezenas de versões. Como é que eu sei qual comprar?
Q5. Porque é que existem tantas gravações da mesma obra?
Q6. Como é que eu sei se determinada obra já foi gravada?
Q7. Que música é aquela que aparece no [Filme/Série da TV]?
Q8. O que é que distingue a Música Clássica da Música Popular?
Q9. Qual é a diferença entre uma ópera e um musical?
Q10. Como é que as obras são catalogadas? Porque é que existem tantas maneiras de o fazer?
Q11. Qual é que é a necessidade de haver um maestro?
Q12. Uma gravação “DDD” é sempre melhor do que uma “ADD” ou “AAD”? O que é que esses códigos querem dizer?
Q13. O que é uma “interpretação autêntica”?


Q1. Quais são os principais períodos da Música Clássica?
Ao que o público em geral chama de Música Clássica correspondem, na verdade, uma série de estilos musicais diferentes, que têm a sua origem em vários períodos da história, tanto da música, como da Humanidade. Uma das classificações mais utilizada divide a história da música nos períodos: Medieval, Renascentista, Barroco, Clássico, Romântico e Moderno. A data precisa de início e final de cada período é fonte de aceso debate acadêmico e muitos admitem (talvez com razão) que não existe nunca um tempo preciso, mas sim um largo intervalo entre eles. É também próprio dizer que esses estilos mudam em diferentes locais, a diferentes ritmos, portanto uma data pode não ser necessariamente válida para todas as regiões da Europa. Posto isto, aqui se encontram as datas *aproximadas* que limitam cada um dos períodos. Alguns deles defasados, como podemos ver, visto que alguns compositores adotam novos estilos antes que outros os implantem. Antigo: 1100-1300 Medieval: 1300-1430 Renascença: 1430-1600 Barroco: 1600-1750 Clássico: 1750-1827 Romantismo: 1810-1900 Moderno: 1890+. Esta decomposição tenta categorizar as mudanças fundamentais na atitude e no estilo de determinados compositores e pode ser também um excelente indício de que se uma pessoa gosta da música de um compositor de determinado período, existem grandes hipóteses para que essa mesma pessoa goste da música de outros compositores do mesmo período. No entanto, não há nada de mais gratificante do que experimentar a música de *todos* os períodos.

(Índice)

Q2. Eu sou novo neste mundo e não tenho gravações de música clássica. O que é que hei de ouvir para que possa aprender mais?
Provavelmente, a primeira coisa que deve ouvir é a rádio clássica nacional, a Antena 2 (Lisboa 94.4 – Porto 92.5 – Faro 93.4). Devido ao fato de existirem tantos e tão diferentes estilos de música que podem ser definidos como Música Clássica, não existe uma resposta fácil e direta para esta questão. Ao ouvir primeiro um programa variado de música clássica como o oferece a Antena 2, pode começar mais facilmente a identificar quais os estilos e épocas que mais lhe interessam. Estará assim melhor preparado quando decidir começar a comprar as suas gravações. Outra forma de ouvir novas músicas é procura-las nas bibliotecas municipais e universitárias. Por exemplo, em Abrantes existe uma excelente biblioteca com uma secção apenas destinada à música, com livros e discos que podem ser requisitados por todos os seus leitores. Na biblioteca da Universidade do Minho existem espaços destinados à audição de registros sonoros pertencentes àquele espaço. Em ambos os locais existem centenas de títulos de música clássica que se podem escutar sem quaisquer encargos. Em Lisboa, existe a Fonoteca Municipal, onde existe uma grande variedade de títulos ao dispor dos seus utilizadores (para mais informações sobre a Fonoteca Municipal consulte http://www.EUnet.pt/Fonoteca). Mas se está desejoso por começar, encontra-se aqui uma lista que poderá usar como um possível guia e que cobre todos os principais períodos da história da música.

(Índice)

Índice para as diferentes listas:

L1 – 100 Obras Essenciais
L2 – Lista de obras representativas do período medieval/renascentista
L3 – Lista de obras representativas do período Barroco (instrumental)
L4 – Lista de obras representativas do período Barroco (coral)
L5 – Lista de obras representativas do período Clássico (instrumental)
L6 – Lista de obras representativas do período Romântico (instrumental)
L7 – Lista de obras representativas do período Romântico (lieder)
L8 – Lista de obras corais representativas dos períodos Clássico e Romântico
L9 – Lista de óperas representativas de todos os períodos
L10 – Lista de música representativa do período entre 1900 e 1918
L11 – Lista de música representativa do período entre 1920 e 1945
L12 – Lista representativa de música escrita após 1945
L13 – Lista representativa de Concertos para Piano
L14 – Lista representativa de Concertos para Violino
L15 – Lista representativa de Sinfonias
L16 – Lista representativa de música para piano/cravo
L17 – Lista representativa de música de câmara
L18 – Lista representativa de música de câmara do período Moderno
L19 – Lista representativa de Concertos para Viola e Violoncelo
L20 – Lista representativa de música para Violino e Piano

L1 – 100 Obras Essenciais. Esta lista, ordenada por compositor, não tem o intuito de espelhar as maiores obras de cada gênero alguma vez compostas, mas sim de apresentar as mais populares. Uma vez juntas, é esperado que encorajem a continuidade audição da música clássica, originado assim o ponto de partida para uma apaixonada atividades de investigação e revelação.

Albinoni: Adagio em Sol menor
Allegri: Miserere mei
J.S. Bach: Concerto Brandenburguês No. 2; Suite para Orquestra No. 3; Tocata e Fuga em Ré menor, BWV565; Missa em Si menor
Barber: Adagio para Cordas
Bartók: Concerto para Orquestra
Beethoven: Concerto para Piano No. 3; Concerto para Violino; Sinfonia No. 5; Sonata para Piano No. 14 (Ao Luar)
Berlioz: Sinfonia Fantástica
Bizet: Suites da ópera Carmen
Borodin: Prince Igor
Brahms: Concerto para Piano No. 1; Concerto para Violino; Sinfonia No. 2
Britten: “Young Person’s Guide to the Orchestra”
Bruch: Concerto para Violino No. 1
Bruckner: Sinfonia No. 7
Canteloube: Canções de Auvergne
Chopin: Concerto para Piano No. 1; Sonata para Piano No. 2
Copland: Rodeo: Episódios de 4 danças
Debussy: “La Mer”; “Prélude à l’après-midi d’un faune”
Delibes: Coppélia
Delius: “On Hearing the First Cuckoo in Spring”
Dohnányi: Variações sobre um Tema de Enfermaria
Dukas: O Aprendiz de Feiticeiro
Dvorak: Sinfonia No. 9 (Do Novo Mundo); Quarteto para Cordas No. 12 (Americano), Concerto para Violoncelo em Si menor, op. 104
Elgar: Introdução e Allegro; Variações Enigma
Falla: Noites nos Jardins de Espanha
Fauré: Requiem
Franck: Sonata para Violino
Gershwin: “Rhapsody in Blue”
Grieg: Concerto para Piano; Suites de Peer Gynt
Handel: Música Aquática; O Messias
Haydn: Sinfonia No. 94 (Surpresa); A Criação
Holst: Os Planetas
Janácek: Sinfonietta
Liszt: Concerto para Piano No.1; Sonata para Piano em Si menor
Mahler: Sinfonia No. 5
Mendelssohn: Concerto para Violino em Mi menor; Sinfonia No. 4 (Italiana)
Mozart: Concerto para Trompa No. 4; Concerto para Piano No. 23; Serenata No. 13 (Eine Kleine Nachtmusik); Sinfonia No. 40; Missa No. 19 (Requiem)
Mussorgsky: Noite no Monte Calvo; Quadros de Uma Exposição
Orff: Carmina Burana
Pachelbel: Canon e Gigue
Prokofiev: Sinfonia No. 1 (Clássica); Pedro e o Lobo
Rachmaninov: Concerto para Piano No. 2; Sinfonia No. 2
Ravel: Bolero; Pavane para uma Infanta Defunta
Respighi: “Pines of Rome”
Rimsky-Korsakov: Scheherazade
Rodrigo: Concerto de Aranjuez
Rossini: Aberturas
Saint-Säens: Carnaval dos Animais; Sinfonia No. 3 (Orgão)
Satie: Gymnopédies
Schubert: Sinfonia No. 5; Quinteto com Piano (A Truta); A Bela Moleirinha
Schumann: Concerto para Piano; “Kinderszenen”
Shostakovich: Sinfonia No. 5
Sibelius: Concerto para Violino; Finlandia
Johann Strauss II: Danúbio Azul
Richard Strauss: Assim falava Zaratrustra; Don Juan
Stravinsky: Pássaro de Fogo; Petrushka; Sagração da Primavera
Tchaikovsky: Concerto para Piano No. 1; Concerto para Violino; O Quebra-Nozes; A Bela Adormecida; O Lago dos Cisnes; Sinfonia No.5
Vaughan Williams: Fantasia sobre Greensleeves; Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis
Verdi: Aberturas
Vivaldi: As Quatro Estações, Op. 8/1-4
Wagner: Excertos das suas óperas
Weber: Aberturas

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L2 – Lista de obras representativas do período Medieval/Renascentista
1. Uma gravação de Canto Gregoriano/Organum
2. Hildegard: Columba Aspexit
3. Machaut: Missa de Notre Dame
4. Dufay: Missa Se la Face ay Pale
5. Ockeghem: Chansons
6. Josquin: Benedicta es
7: Madrigais Italianos por Rore, Gesualdo, Monteverdi, etc.
8. Byrd: The Great Service
9. Dowland: Lute songs
10. Gabrieli: Canzonas

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L3 – Lista de obras representativas do período Barroco (instrumental e orquestral)
1. Corelli: Sonatas para Violino
2. Couperin: Pieces de Clavecin (cravo)
3. Bach: Partitas
4. Bach: Passacaglia e Fugue em Dó menor
5. Handel: Concerto para Orgão
6. Vivaldi: As Quatro Estações
7. Pachelbel: Canon em Ré maior
8. LeClair: Trio Sonatas
9. Carlos Seixas: Sonatas para Cravo
10. Telemann: Concertos para Flauta

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L4 – Lista de obras representativas do período Barroco (coral)
1. Monteverdi: 1610 Vésperas (Vespro Della Beata Vergine)
2. Händel: Saul
3. Händel: Messias
4. Purcell: Ode para o Dia de Sta. Cecilia
5. Bach: Cantata 140, “Wachet auf!”
6. Bach: A Paixão segundo São Mateus
7. Schutz: Musikalische Exequien
8. Vivaldi: Gloria
9. Charpentier: Te Deum
10. Allegri: Miserere mei

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L5 – Lista de obras representativas do período Clássico (orquestral)
1. Mozart: Sinfonia No. 40, K.550
2. Mozart: Eine Kleine Nachtmusik, K.525
3. Mozart: Concerto para Piano No. 20 (K.466), No. 21 (K.467)
4. Mozart: Quinteto para Clarinete, K.581
5. Mozart: Concerto para Clarinete, K.622
6. Mozart: Sinfonia Concertante para Violino e Viola, K. 364
7. Mozart: Concertos para Trompa
8. Haydn: Sinfonias Londrinas (“Surpresa” e “Relógio”)
9. Haydn: Quartetos para Corda
10. Beethoven: Quarteto de Cordas, Op. 59 Nos 1-9.

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L6 – Lista de obras representativas do período Romântico (instrumental e orquestral)
1. Schubert: Impromptus Op. 90
2. Brahms: Danças Hungaras
3. Rossini: Aberturas
4. Mendelssohn: Concerto para Violino
5. Berlioz: Sinfonia Fantástica
6. Liszt: Les Preludes
7. Rimsky-Korsakov: Scheherazade
8: Saint-Säens: Sinfonia No. 3 (“Orgão”)
9. Smetana: O Moldávia
10. Bruckner: Sinfonia No. 7

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L7 – Lista de obras representativas do período Romântico (lieder)
1. Schubert: Erlkonig
2. Schubert: Die Schone Muellerin (A Bela Moleirinha)
3. Mahler: Kindertotenlieder
4. Schumann: Dichterliebe
5. Wolf: Spanisches Liederbuch
6. Faure: Melodias
7. Vaughan Williams: Songs of Travel
8. Ravel: Chansons Madecasses
9. Strauss: Four Last Songs
10. Canteloube: Canções de Auvergne

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L8 – Lista de obras corais representativas dos períodos Clássico e Romântico
1. Mozart: Requiem, K.626
2. Mozart: Missa em Dó Menor, K.427
3. Haydn: Missa de Lord Nelson
4. Beethoven: Fantasia Coral, Sinfonia No. 9
5. Mendelssohn: Elijah
6. Brahms: Ein Deutsches Requiem (Requiem Alemão)
7. Verdi: Requiem
8. Berlioz: Te Deum
9. Dvorak: Stabat Mater
10. Bruckner: Te Deum

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L9 – Lista de óperas representativas de todos os períodos
1. Monteverdi: Orfeo
2. Charpentier: Les Arts Florissants
3. Lully: Atys
4. Mozart: Don Giovanni, K.527
5. Mozart: A Flauta Mágica, K.620
6. Wagner: Ciclo “O Anel dos Nibelungos”
7. Bizet: Carmen
8. Berg: Wozzeck
9. Britten: Billy Budd
10. Glass: Akhnaten

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L10 – Lista de música representativa do período entre 1900 e 1918
1. Strauss: Salome, Rosenkavalier
2. Mahler: Sinfonia No. 5
3. Mahler: Sinfonia No. 9
4. Schoenberg: Pierrot Lunaire, 4 Peças para Orquestra
5. Sibelius: Sinfonia No. 2
6. Stravinsky: Sagração da Primavera, Petrushka
7. Webern: 6 Peças, Op. 10
8. Berg: Canções Altenberg
9. Satie: Parade
10. Vaughan-Williams: Lark Ascending

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L11 – Lista de música representativa do período entre 1920 e 1945
1. Berg: Concerto para Violino
2. Copland: Appalachian Spring, Rodeo
3. Bartok: Música para Cordas
4. Shostakovich: Sinfonias No. 1 e 5
5. Prokofiev: Alex. Nevsky
6. Vaughan-Williams: Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis
7. Orff: Carmina Burana
8. Durufle: Requiem
9. Ellington: Black and Tan Fantasy
10. Milhaud: Le creation du monde

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L12 – Lista representativa de música escrita após 1945
1. Boulez: Pli selon pli
2. Babbitt: A Solo Requiem, Quarteto para Cordas No. 2
3. Carter: A Mirror on Which to Dwell
4. Bernstein: Chichester Psalms
5. Poulenc: Gloria
6. Britten: War Requiem
7. Riley: In C
8. Reich: Desert Music
9. Glass: Glassworks
10. Nyman: Musique a Grand Vitesse

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L13 – Lista representativa de Concertos para Piano
1. Mozart: Concertos No. 20, No. 21, No. 23 (K.466, 467, 488)
2. Chopin: Concertos No. 1, No. 2
3. Schumann: Concerto para Piano
4. Liszt: Concerto No. 1
5. Tchaikovsky: Concerto No. 1
6. Rachmaninoff: Concertos Nos. 2 e 3
7. Beethoven: Concerto No. 3
8. Prokofiev: Concerto No. 1
9. Brahms: Concerto No. 2
10. Nyman: Piano Concerto

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L14 – Lista representativa de Concertos para Violino
1. Vivaldi: As Quatro Estações
2. Mozart: Concertos No.3-5 (K.216, 218, 219), Sinfonia Concertante para Violino & Viola, K364
3. Mendelssohn: Concerto em Mi menor
4. Tchaikovsky: Concerto para Violino
5. Stravinsky: Concerto para Violino
6. Shostakovich: Concerto para Violino
7. Sibelius: Concerto para Violino
8. Elgar: Concerto para Violino
9. Barber: Concerto para Violino
10. Glass: Concerto para Violino

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L15 – Lista representativa de Sinfonias
1. Mozart: Sinfonias No. 38, No. 39, No. 40, No. 41
2. Beethoven: Sinfonias No. 3, No. 5, No. 6, No. 7, No. 9
3. Schumann: Sinfonias No. 1, No. 3
4. Berlioz: Sinfonia Fantástica
5. Saint-Saens: Sinfonia No. 3 (“Orgão”)
6. Bruckner: Sinfonias No. 4, No. 7, No. 9
7: Tchaikovsky: Sinfonias No. 4-6
8.Dvorak: Sinfonias No. 7, No. 8, No. 9 “Do Novo Mundo”
9.Mahler: Sinfonias No. 1 (Titã), No. 4, No.5, No. 9
10.Sibelius: Sinfonia No. 2
11.Rachmaninoff: Sinfonia No. 2
12.Nielsen: Sinfonia No. 4
13.Prokofiev: Sinfonias No. 1 (“Clássica”), No. 5
14.Elgar: Sinfonia No. 1
15.Copland: Sinfonia No. 3

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L16 – Lista representativa de música para piano/cravo
1. Frescobaldi: Toccatas
2. Mozart: Sonatas No. 8, No. 11, No. 13, No. 15 (K.310,331,333,545)
3. Chopin: Baladas, Nocturnos, Estudos, etc.
4. Mendelssohn: “Canções sem Palavras”
5. Schubert: Impromptus Op. 90, Sonatas para Piano D. 959, 960, Fantasia em Fá menor para piano a 4-mãos
6. Schumann: Carnaval, Op.9; Fantasia em Dó, Op. 17
7. Liszt: Sonata em Ré menor
8. Ravel: Miroirs, Gaspard de la nuit
9. Liszt: Estudos Transcendentais
10. Rachmaninoff: Estudos, Preludios (inc. Op. 3 No. 2)

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L17 – Lista representativa de música de câmara
1. Purcell: Trio Sonatas
2. Telemann: Trio Sonatas
3. Mozart Divertimento, K.563
4. Mozart: Quartetos para Cordas K.387, 421, 428, 458 (Caça), 464, 465 (Dissonante), 590
5. Mozart: Quinteto com Clarinete, K.581
6. Mozart: Quintetos para Cordas (K.515, 516, 593, 614)
7. Beethoven: Quartetos para Cordas No. 8, No. 14
8. Mendelssohn: Octeto para Cordas
9. Schumann: Quinteto para Piano
10. Dvorak: Quartetos para Cordas No. 10, No. 14

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L18 – Lista representativa de música de câmara do período Moderno
1. Bartok: 6 Quartetos de Cordas
2. Schoenberg: 4 Quartetos de Cordas, Op. 7,10 (com soprano),30, 37
3. Berg: Lyric Suite
4. Webern: Quarteto para Saxofone, Clarinete, Violoncelo e Piano
5. Ravel: Quarteto de Cordas, Duo para violino e violoncelo
6. Shostakovich: Quartetos de Cordas No. 8, 13-15
7. Stravinsky: Octeto No. 10
8. Babbitt: Quarteto de Cordas No. 2
9. Carter: Quarteto de Cordas No. 3
10. Quartetos de Cordas por Scelsi, Schnittke, Nyman e Glass

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L19 – Lista representativa de Concertos para Viola e Violoncelo
1. Telemann: Concerto para Viola
2. Schumann: Concerto para Violoncelo
3. Dvorak: Concerto para Violoncelo op.104, Bosques Silenciosos
4. Tchaikovsky: Variações num tema rococo
5. Saint Saens: Concerto para Violoncelo No. 1
6. Lalo: Concerto para Violoncelo
7. Walton: Concerto para Viola, Concerto para Violoncelo
8. Bartok: Concerto para Viola
9. Elgar: Concerto para Violoncelo op.85
10. Barber: Concerto para Violoncelo

(Índice de Listas) (Índice Geral)

L20 – Lista representativa de música para Violino e Piano
1. Mozart: Sonata K.454
2. Schumann: Sonatas op.105 & 121
3. Fauré: Sonata No. 1
4. Lekeu: Sonata em Sol
5. Strauss: Sonata em Mi bemol
6. Respighi: Sonata em Si menor
7. Saint-Säens: Sonata op.75
8. Lalo: Sonata
9. Debussy: Sonata
10. Elgar: Sonata

(Índice de Listas) (Índice Geral)

Q3. Ouvi esta melodia na radio. Como é que eu sei de que obra faz parte?
Primeira opção: telefonar para a estação de rádio e perguntar (01 382 00 00). As pessoas na Antena 2 costumam ser muito prestáveis na resposta a estas e outras questões. Se preferirem façam-no por escrito para a morada Antena 2, RDP Av. Eng.º Duarte Pacheco, 6 – 1070 Lisboa (eu já o fiz e recebi a minha resposta). Segunda opção: a Antena 2 publica todos os meses a sua programação num boletim gratuito que pode ser pedido para a morada atrás indicada. Se é um ouvinte assíduo não hesite em subscrever a publicação. Além destas opções, existe sempre a possibilidade de tentar a Internet ou fazer um post para um dos grupos de discussão sobre música clássica (ou música em geral…) indicando quando e onde ouviu a melodia a que procura dar um nome.

(Índice)

Q4. Quando fui à loja comprar [obra clássica], encontrei dezenas de versões. Como é que eu sei qual comprar?
Esta é uma das questões que mais vezes se coloca mesmo ao mais ávido dos colecionadores. Decidir qual a versão de determinada obra que se quer comprar em CD é apenas uma questão de gosto pessoal. Ouvintes experientes conhecem normalmente o estilo de cada maestro e conseguem orientar a sua decisão regulando-se por essa base. Se uma determinada peça e as versões dela que se encontram disponíveis não são de todo familiares para si, talvez uma boa ideia será começar por procurá-la no Penguin Guide (ver “Livros de Referência” abaixo). Embora não acerte sempre 100% na melhor gravação, este guia descreve as principais diferenças entre as várias gravações de determinada obra, dando assim uma valiosa contribuição para que possa escolher a que pense ser a mais indicada para si. Existem ainda revistas especializadas como a inglesa Classic CD ou a espanhola Audioclassica que todos os meses apresentam críticas a novos discos e gravações históricas. Existe também na WWW a denominada homepage da Música Clássica com uma secção bastante completa sobre gravações recomendadas (http://www.classical.net/music/recs/top.html).

(Índice)

Q5. Porque é que existem tantas gravações da mesma obra?
A questão da interpretação encontra-se esclarecida na Q13. Numa mão cheia de palavras, podemos dizer que todos os maestros e instrumentistas têm a sua própria visão de determinada obra e nenhuma interpretação é igual a outra, tal como dois poemas sobre um determinado tema variam quando varia a pena que os escreve. Algumas interpretações são levemente diferentes de outras, enquanto algumas levantam sérias questões de interpretação. Por exemplo, deve interpretar-se Beethoven com uma orquestra grande, uma orquestra de câmara ou uma orquestra semelhante à do período original? “Os Quadros de Uma Exposição” para piano, orquestrados por Ravel ou numa guitarra solo? Outra razão para que existam tantas gravações da mesma obra prende-se com o fato de existirem tantas companhias discográficas. A gravação das “Quatro Estações” por um violinista famoso irá certamente vender mais cópias do que uma gravação de um trabalho desconhecido pelo mesmo interprete, ainda que essa obra desconhecida seja musicalmente melhor. As pessoas compram aquilo que conhecem e as companhias discográficas querem assegurar-se que irão ter algum lucro com a sua versão. Infelizmente, o resultado desta prática é que muita boa música nunca chega a ser gravada, enquanto que todos os anos são regravados os títulos que já conhecemos de cor há décadas. Alguém contou uma vez 52 versões das “Quatro Estações” numa loja de discos.

(Índice)

Q6. Como é que eu sei se determinada obra já foi gravada?
Ter a *certeza* é difícil. Para ver se existe gravada uma peça à sua escolha, consulte a Opus, uma publicação da editora Schwann que lista todos os trabalhos que existem disponíveis. Algumas lojas de discos vendem cópias dessa publicação ou disponibilizam a sua consulta (a Virgin Megastore em Viena vendia quando lá estive, não sei se em Lisboa também vendem, mas decerto se poderá encomendar). Se está à procura de uma gravação em vinil tente as feiras ou lojas antigas. Numa última hipótese pode sempre tentar a Antena 2 (ver endereço acima).

(Índice)

Q7. Que música é aquela que aparece no [Filme/Série da TV]?
Aqui está uma lista de alguns filmes e séries de TV que contêm música clássica e o respectivo título da obra.
2001, Uma Odisseia no Espaço – Assim Falava Zarathustra (R. Strauss)
2001, Uma Odisseia no Espaço – Valsa Danúbio Azul (J. Strauss II)
2001, Uma Odisseia no Espaço – Lux Eterna (Ligeti)
2001 Uma Odisseia no Espaço – Gayne Ballet Suite (Khatchaturian)
Africa Minha – Concerto para Clarinete, K622 (Mozart)
All That Jazz – Primavera de As Quatro Estações (Vivaldi)
Amadeus – Obras de W.A.Mozart
Apocalypse Now – As Valquírias (Wagner)
Atracção Fatal – Madama Butterfly (Puccini)
Babette’s Feast – Don Giovanni (Mozart)
Breaking Away – Barbeiro de Sevilha (Rossini)
Breaking Away – Sinfonia Italiana (Mendelssohn)
As Bruxas de Eastwick – Turandot (Puccini)
Die Hard – Sinfonia No. 9 (Beethoven)
Escolha de Sofia – Kinderszenen (Schumann)
Excalibur – Carmina Burana (Carl Orff)
Filhos de um Deus Menor – Concerto para doisviolinos (Beethoven)
Gallipoli – Os Pescadores de Pérolas (Bizet)
Império do Sol – Suo Gan (Canção popular galesa)
Os Intocáveis – Il Pagliacci (Leoncavallo)
Knorr (anúncio) – Concerto para Clarinete, K622 (Mozart)
Kramer contra. Kramer – Concerto para 2 Mandolins (Vivaldi)
Laranja Mecânica – Abertura de Guilherme Tell (Rossini)
Laranja Mecânica – Abertura do Barbeiro de Sevilha (Rossini)
Laranja Mecânica – Abertura de La Gazza Ladra (Rossini)
A Lista de Schindler (primeira cena) – Par una cabeza (Carlos Gardel)
A Lista de Schindler (filme inteiro) – Música original por John Williams
O Mascarilha (tema) – Final da Abertura de Guilherme Tell (Rossini)
Morte em Veneza – Adagio da Sinfonia No. 5 (Mahler)
Old Spice (anúncio TV) – Carmina Burana (Carl Orff)
Um Peixe Chamado Wanda – Barbeiro de Sevilha (Rossini)
Paixão Imortal – Obras de Beethoven
Perfume de Mulher (tango) – Par una cabeza (Carlos Gardel)
Platoon – Adagio para Cordas (Barber)
Pretty Woman – La Traviata (Verdi)
Os Ricos e os Pobres – Abertura de As Bodas de Figaro (Mozart)
Seven, 7 Pecados Mortais – Air da Suite No. 3 para Orquestra em Ré maior, BWV 1068 (J.S.Bach)
Shine (Simplesmente Genial) – Concerto para Piano No. 3 (Rachmaninoff)
Shine (Simplesmente Genial) – Gloria, RV 589 (Vivaldi)
Shine (Simplesmente Genial) – Nulla in Mundo Pax Sincera, RV 630 (Vivaldi)
Tintas Cin (anúncio) – Abertura 1812 (Tchaikovsky)
True Lies (tango) – Par una cabeza (Carlos Gardel)
Wall Street – Rigoletto (Verdi)
O tango de Carlos Gardel usado na Lista de Schindler, Perfume de Mulher e “True Lies”, com o título “Por una cabeza”, foi gravado no CD “The Tango Project” da editora Nonesuch 9 79030-2.

(Índice)

Q8. O que é que distingue a Música Clássica da Música Popular?
Desde sempre que os musicólogos andam às voltas com esta questão. Uns dizem que a música clássica possui mais forma e estrutura do que a música popular, mas todos nós sabemos que há forma mais do que suficiente na música popular. Outros dizem que “a música clássica é uma arte e a música popular é entretenimento.” Embora isto possa ser em parte verdade, fazer tal afirmação é esquecer muita da mestria que existe nas vestes populares. Hoje, a música clássica possui um tom mais elitista, enquanto que a música popular tem um apelo mais universal. A música clássica é também geralmente considerada, como tendo um corpo teórico mais unido, rigoroso e apurado. É claro que muitos destes conceitos não existiam quando da criação da maior parte da música clássica que hoje podemos ouvir. A música clássica é música de repertório; quando dois artistas tocam a mesma peça, os resultados são semelhantes, as diferenças tênues. Compare versões de jazz diferentes ou diferentes versões da mesma música pop. Certamente que iremos ser capaz de encontrar muitas mais diferenças neste caso.

(Índice)

Q9. Qual é a diferença entre uma ópera e um musical?
Geralmente, um musical tem um diálogo intervalado com canções. Uma ópera é geralmente sempre cantada, os diálogos são substituídos por recitativos (música que é entoada por forma a assemelhar-se a discurso). Existem no entanto, exceções notáveis a esta regra. Carmen (Bizet) e A Flauta Mágica (Mozart) são ambas providas de diálogo falado. O nome alemão para óperas com diálogo falado é singspiel (pronunciado ZING-chpil). Quase todas as produções de óperas em alemão do período pre-Wagner são singspiel. Muitos musicais, como Os Miseráveis, são cantados ao longo do espetáculo, e são, no mundo clássico, muitas vezes chamados de “operas populares” ou “operas rock” para manter essa proximidade com uma opera clássica. Uma outra diferença importante é que num musical os cantores principais também dançam. Numa ópera isso nunca acontece.

(Índice)

Q10. Como é que as obras são catalogadas? Porque é que existem tantas maneiras de o fazer?
Noutro dia ouvi a locutora da Antena 2 anunciar: “Quarteto para Cordas No. 13 em Mi bemol menor, opus 173 número 3, ‘Ovo Cozido’, FWV 145 de Foobar.” Porque é que identificaram a peça quatro vezes? Recém-chegados ao repertório clássico ficam muitas vezes atordoados quando descobrem que uma obra tem um “número de catálogo”, um “número de opus” e ainda um nome (a Sinfonia Júpiter, as Variações Goldberg, etc). A maior parte dos primeiros compositores não catalogava os seus trabalhos, deixando assim para os acadêmicos dos séculos XIX e XX a tarefa de compilar os catálogos temáticos dos compositores mais importantes. Aqui está uma lista de alguns dos catálogos temáticos mais importantes.

B – Catálogo das obras de Dvorak por Burghauser
BeRI – Catálogo das obras de Roman por Bengtsson
BuxWV – “Buxtehude-Werke-Verzeichnis” Catálogo das obras de Buxtehude por Karstadt
BWV – “Bach Werke Verzeichnis” Catálogo das obras de J.S.Bach por Eisen
D – Catálogo das obras de Schubert
F – Catálogo das obras de Vivaldi por Fanna
F – Catálogo das obras de W.F. Beethoven por Hess
H – Catálogo das obras de Charpentier por Hitchcock
Hob – Catálogo das obras de F.J. Bach por H. Wohlforth
HWV – Catálogo das obras de Weber por Jahns
K – Catálogo das obras de W.A. Mozart por Koechel (o mesmo que KV em baixo)
K – Catálogo das obras de Rosetti
K – Catálogo das obras de D. Scarlatti por Kirkpatrick
KV – “Koechel-Verzeichnis” Catálogo das obras de W.A. Mozart por Koechel
L – Catálogo das obras de D. Scarlatti por Longo
L – Catálogo das obras de Vivaldi por Malipiero
MS – Catálogo das obras de Molter
Op – Número de Opus, normalmente relacionado com a data de publicação obra e atribuido pelo compositor (ou pela pessoa que o publica).
P – Catálogo das obras de J.M. Vivaldi por Pincherle
R – Catálogo das obras de Vivaldi por Malipiero, publicado por Ricordi
R – Catálogo das obras de Gottleib Muffat por Riedl
RO – Catálogo das obras de Gottschalk
RV – Catálogo das obras de Vivaldi por Ryom
S – Catálogo das obras de Liszt por Searle
SR – Catálogo das obras de Soler pelo Padre Samuel Rubio
SWV – “Schutz-Werke-Verzeichnis” Catálogo das obras de Schutz por Bittinger
TWV – “Telemann-Werke-Verzeichnis” Catálogo das obras de Telemann por Kassel
VB – “Valentini Bakfark Opera Omnia” Catálogo das obras de Balint Bakfark
WoO – “Werk ohne Opuszahl” ou “Obra sem número de Opus”, geralmente são obras que nunca foram publicadas ou catalogadas pelo compositor
Wq – Catálogo das obras de C.P.E.
“Wagner-Werke-Verzeichnis” Catálogo das obras de Wagner por Deatheridge, Geck & Voss
Z – Catálogo das obras de Purcell por Zimmerman

(Índice)

Q11. Qual é que é a necessidade de haver um maestro?
É verdade que os músicos profissionais conseguem contar o tempo por si próprios, mas um maestro faz muito mais do que apenas “martelar” os compassos com a sua batuta. Um bom maestro irá juntar à obra interpretação e forma, desde o momento em que controla com precisão a dinâmica da música, onde começar e como acabar cada um dos componentes da peça musical. Existem algumas orquestras que tocam sem maestro (por exemplo a Orquestra de Câmara Orpheus), mas mesmo neste caso, existe normalmente um elemento de entre os instrumentistas que tem funções de “líder” numa determinada peça e é para ele que os outros colegas olham quando procuram alguma pista. Muitas peças mudam o seu tempo a meio de um andamento e se houver uma única pessoa a dizer quando e como essa transição deve ser feita, essa mudança irá soar e acontecer de forma muito mais precisa. Numa grande orquestra sinfônica existe ainda um problema adicional. Muitas vezes, em determinadas salas de concerto, devido à acústica da mesma, os músicos da ala direita não conseguem ouvir os seus colegas do lado oposto e assim é necessário que exista uma referência, neste caso o maestro. Mas o maestro tem ainda outra função, que é a de estabelecer o tom como se desenrola a obra. Quer o maestro utilize movimentos repentinos e poderosos, quer faça soar batidas leves e delicadas, esta maneira de sentir a música vai condicionar o modo de como os instrumentistas a irão interpretar e conseqüentemente, toda a dinâmica da obra. Tente ouvir por si próprio os efeitos da existência do maestro. Escolha uma obra que conhece bem e ouça uma determinada gravação muitas vezes… até que sinta que conhece a música como se fosse capaz de a trautear. A seguir compre ou peça emprestada outras gravações da mesma obra, dirigida por outros maestros. O que é que muda? Está o maestro a interpretar a música de maneira diferente? Está ele a dar mais cor a certas áreas enquanto que noutras se ouvem os instrumentos quase em surdina? Com a prática, começa-se a conhecer e a distinguir com facilidade os estilos dos vários compositores.

(Índice)

Q12. Uma gravação “DDD” é sempre melhor do que uma “ADD” ou “AAD”? O que é que esses códigos querem dizer?
Nos primeiros tempos do CD, a Sociedade dos Profissionais de Serviços de Gravação Audio (SPARS), desenvolveu um código de três letras para distinguir os diversos tipos de equipamento utilizado aquando da junção das várias fases da criação de um disco compacto (CD). O D indica que o equipamento utilizado é digital e o A que é analógico. A primeira letra indica que tipo de equipamento foi utilizado na gravação original. A segunda, que tipo de equipamento foi utilizado nas operações de edição e montagem. A terceira letra não serve realmente para nada. Indica o tipo de equipamento utilizado para criar o CD master, que neste caso só pode ser digital. Muitas pessoas utilizam o código SPARS como um barómetro da qualidade do CD, mas isto pode-se considerar na maior parte dos casos como uma má opção. O código SPARS não reflecte a qualidade do CD, nem foi criado para isso. Nem entre gravadores digitais e analógicos, se pode dizer que um tenha melhor som do que o outro. Uma gravação feita num bom Studer A820 com Dolby SR tem normalmente um som mais claro do que uma gravação feita num Sony TCD-D3 DATman, embora o DATman produza melhores resultados do que a maior parte dos gravadores analógicos mais baratos. Desta forma, tanto um sistema analógico como digital têm a capacidade para produzir boas ou más gravações. Tudo depende do tipo de equipamento e do nível de mestria dos engenheiros que os operam. Muitas gravações DDD modernas (algumas das que podemos encontrar nos hipermercados por menos de 500$00) são gravadas com tal desleixo que soam inquestionavelmente pior do que gravações analógicas feitas há 20 anos atrás. Mas existem gravações DDD *excelentes*, tal como gravações analógicas. OK, já ficou com uma ideia.

(Índice)

Q13. O que é uma “interpretação autêntica”?
Qualquer obra musical pode ser interpretada numa variedade de sentidos. A prática de uma interpretação autêntica leva a que musicólogos se interessem pela maneira de como eram as obras interpretadas na época em que vivia o compositor, presumindo-se assim que era dessa maneira que este queria que as suas obras fossem interpretadas. Desta forma, uma interpretação das obras de Bach pela Sinfônica de Chicago soaria um pouco descabida, visto que não existiam naquele tempo orquestras de dimensões tão elevadas. Um interpretação autêntica pode estender-se à própria seleção dos instrumentos, à maneira como são construídos, ao material das cordas, afinação e temperamento, disposição das cadeiras na orquestra, trilos e figuras, número de instrumentistas numa determinada parte, tempo, e é claro, sobretudo a maneira de tocar. Compare uma interpretação autêntica com uma moderna da mesma obra. Seremos certamente capazes de apontar diferenças entre as duas. A escolha de qual das duas se deve preferir fica como trabalho de casa para o leitor.

(Índice)


Referências:

FAQ REC.MUSIC.CLASSICAL por Gabe Wiener ([email protected])
Classical music on CD, Julian Haylock & Alexander Waugh, 1996 ISBN 1 85732 757 8
The Penguin Guide to Compact Discs, Ivan March, Edward Greenfield and Robert Layton, London: Penguin Books, 1996 ISBN 0-14-0513671


Editado e compilado por Luís Afonso ([email protected])

Fonte: Publicado originalmente em http://www.terravista.pt/PortoSanto/1090/musica/classicafaq.html