Música, Adventismo e Eternidade – Prefácio
Nas páginas deste livro o autor revela sua profunda preocupação com a qualidade de música aceita em nossas igrejas correntemente. É notória a dificuldade em estabelecer critérios para distinguir a boa música sacra de suas imitações.
O autor propõe vários critérios, visando a remover a discussão de um terreno meramente subjetivo para outro de major objetividade.
Não seria conveniente promover uma reunião de músicos adventistas de várias tendências para este assunto ser discutido com franqueza e seriedade, a fim de tentar harmonizar os vários pontos de vista para o bem da Igreja? Caso contrário o que ocorrerá é um desentendimento cada vez major entre a chamada ala “conservadora” e a ala “modernista”, para prejuízo da Igreja.
Boa música é aquela que tem capacidade de sobrevivência. Nem toda música escrita no período clássico sobreviveu, e não sobreviveu porque nem toda ela tinha as qualidades daquilo que é eterno. É igualmente evidente que nem toda música “sacra” moderna será lembrada dentro de uma geração. A razão é que muita desta música carece de profundidade e inspiração. Novidade não é garantia de permanência. Esta música pode apelar ao público por causa de seu caráter inovativo mas como a planta da parábola que morre por não ter raízes profundas, assim muito do que hoje é popular será olvidado amanhã.
O mérito de Dario Araújo é de não somente criticar erros cometidos no campo da música sacra contemporânea, mas de oferecer sugestões sobre como aprimorar o gosto musical em nossas igrejas. A missão da igreja é, não copiar o mundo em seu estilo de vida ou preferência musical mas oferecer um modelo superior de vida e gosto artístico, que, de algum modo, reflita a vida e a música do céu.
S. J. Schwantes
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