Música, Adventismo e Eternidade – Capítulo I
por: Pr. Dario Pires de Araújo
Filadélfia
O séc. XIX abre suas cortinas no cenário mundial ao som intenso de clarinadas. Clarinadas da liberdade! Por outro lado os cristãos protestantes experimentam reavivamentos, união e amor fraternal extraordinários.
Quando em 31 de maio de 1792 William Carey abriu Isaías 54 e pregou seu memorável sermão missionário e expôs diante dos cristãos sua responsabilidade de evangelizar o mundo, nada mais estava fazendo do que abrir a porta ao movimento das missões mundiais modernas.
Sua ida para a Índia, seguida do desembarque dos primeiros missionários em Taiti (1797), no sul do Pacífico, da fundação da Sociedade Bíblica Britânica (1804), da chegada de Robert Morrison à China (1807), da fundação da Sociedade Bíblica Americana (1816), e, no ano seguinte, a partida de Robert Moffat para a África, e de John Williams às ilhas dos Mares do Sul, formam um gigantesco crescendo profético que nos leva ao tempo em que, na América, o Movimento Milerita se torna o precursor do sétimo período profético da Igreja Cristã apresentado no Apocalipse.
Robinson, quando proferiu seu sermão de despedida aos Pais Peregrinos, referiu-se a seu compromisso diante de Deus de aceitar toda e qualquer luz que viesse através das Escrituras. Seguindo este fio condutor que as Igrejas Reformadas haviam abandonado, Filadélfia, cumprindo Dan. 12:4, começou a desvendar as profecias deste livro até então seladas, e abriu o portal a Laodicéia com seu progressivo e luminoso corpo de doutrinas e hermenêutica.
Observem atentamente os Pais Peregrinos chegarem à Nova Inglaterra, diante de um Mundo Novo, cantando seus Salmos Puritanos em louvor a Deus, agradecidos pela liberdade! Imaginem os anjos se unindo a eles em seus cânticos, como fizeram com Adão e Eva no Éden.
O livro História da Redenção (pág. 31) diz que “os anjos associaram-se a Adão e Eva em santos acordes de harmoniosa música, e como seus cânticos ressoassem cheios de alegria pelo Éden, Satanás
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ouviu o som de suas melodias de adoração ao Pai e ao Filho. E quando Satanás o ouviu, sua inveja, ódio e malignidade aumentaram, e ele expressou a seus seguidores a sua ansiedade por incitá-los (Adão e Eva) a desobedecer, atraindo assim sobre eles a ira de Deus e mudando os seus cânticos de louvor em ódio e maldições ao seu Criador.”
Será que não aconteceu com os Pais Peregrinos o mesmo que outrora no Jardim? Teria já Satanás nesta ocasião desistido da ideia de mudar cânticos de louvor ao Criador em maldições?
O estudo das transformações pelas quais passaram as formas musicais sacras na América, das influências que sofreram e das várias maneiras como foram praticadas revela que sempre houve no período de Filadélfia, como ainda hoje no de Laodicéia, um processo estudado pelo inimigo para desvirtuar tudo e obscurecer o discernimento. Como ele o consegue de maneira fácil sem que muitas vezes o percebamos ficará claro através deste livro.
Exatamente em 1800 teve início com Francis Asbury, a primeiro pregador itinerante (circuit rider), no Kentucky, o período dos reavivamentos e “camp meetings” (reuniões campais).
Gilbert Chase, em sua monumental obra “Do Salmo ao Jazz” (America’s Music-1955), cita do diário de Lorenzo Dow (1777-1834), fervoroso reavivamentista que chegou a estender este movimento até à Inglaterra, uma passagem significativa quanto ao que se cantava e como:
“Tenho visto presbiterianos, metodistas, quacres, batistas, anglicanos e independentes, todos tomados de sacudidelas; cavalheiros e damas, negros e brancos, velhos e moços, ricos e pobres, sem exceção.”
Na mesma página 193 e na seguinte, ele faz uma descrição da atmosfera que reinava em muitas destas reuniões, de acordo com narrações da época:
“Era à noite que o frenesi reavivamentista alcançava a intensidade máxima. Ao clarão das fogueiras que rodeavam o campo, os pregadores iam por entre a turba exortando aos pecadores a arrependerem-se para escapar ao fogo do Inferno. O canto se avolumava, transformando-se em portentoso rugido, os brados abalavam a terra, homens e mulheres sacudiam-se, saltavam ou rolavam pelo
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chão até que desmaiavam e tinham de ser carregados. Entre soluços, gemidos e gritos, homens e mulheres apertavam as mãos uns aos outros e davam vazão a todas as suas frustrações e emoções em grandes transportes vocais que culminavam no ‘êxtase do canto’.”
“Jesus, concede-nos a todos a tua bênção,
Gritando, cantando, fá-la descer a nós;
Senhor, possamos subir ao céu rezando,
Jubilando-nos no teu amor;
Gritai: Oh, Glória! Cantai: Glória, Aleluia!
Eu vou para onde a alegria nunca morre.”
Entre os vários grupos religiosos, o que mais se salientou no rebaixamento da maneira de cantar foi, sem dúvida, o dos “Shakers”, inicialmente chamados “Shaking Quakers” por ser ramificação dos Quacres; uma das duas ramificações dos “Shakers” foi dirigida por Ann Lee que se dizia ter visões e ser espiritualmente “possuída”; veio para a América e, a respeito desta seita, diz Chase: “Cantar, dançar, sacudir-se, correr, pular, tudo isso eram meios de que se serviam os ‘Shakers’ para exprimir o júbilo de sua fé religiosa e da sua vitória sobre a carne e o diabo.” “Essa crença na realidade corpórea do demônio, essa afirmação de fé e vitória espiritual pelo canto e pela violência do movimento físico, tiveram plena manifestação nas reuniões de reavivamento do séc. XIX” (Pág. 50).
É interessante notarmos que este tipo de cânticos usados nas reuniões campais também era chamado de “spirituals” reavivamentistas.
Os temas preferidos destes cânticos são a Terra da Promissão, Canaã, o Jordão, a Nau de Sião, o Egito, o Redentor, não faltando neles, em geral, os “Glória! “e “Aleluia!”
Durante uns dez anos a partir de 1837, as “Shakers” sofreram um acentuado reavivamento, com a produção de muitos cânticos, sempre desafiando o diabo, sempre lutando contra a carne, e, por vezes, possuídos de espíritos, desde os de indígenas até os de ilustres personagens do passado; os característicos, porém, de suas reuniões religiosas eram os mesmos, como descreve uma testemunha ocular, A. J. McDonald, citado par Chase, à Pág. 214:
“À medida que cantam e dançam, os fiéis vão ficando mais fervorosos, depois excitados até chegarem ao frenesi, até que não
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reine senão aquilo que o ‘Mundo’ chamaria desordem e confusão. Crescendo a excitação, toda ordem é esquecida, as vozes abandonam uníssono, cada um canta a sua música, cada um dança como quer, ou pula, berra, exulta de transbordante alegria… As mais prendadas entre as mulheres põe-se a rodopiar a uma velocidade incrível, com os braços estendidos horizontalmente, as saias levantadas como um balão pela força centrífuga que a rapidez do movimento produz. Depois de darem de cinqüenta a mil voltas, elas ou desmaiam e caem nos braços dos amigos, ou param de súbito com pouca ou nenhuma aparência de tontura. Por vezes, os fiéis se põe a correr pela sala, com movimentos amplos de mãos e braços, simulando o ato de expulsar o Diabo.”
E continua Chase:
“Os pormenores podiam variar, mas os sintomas gerais eram os mesmos que os manifestados nas assembléias de reavivamento de outras seitas separatistas.”
Jeremiah Ingalls (1764-1828), que “além de taverneiro” foi “diácono da Igreja Congregacional, diretor de coro, professor de escola de canto, compositor e compilador de música”, publicou sua obra impressa em 1805 – “The Christian Harmony”, que encerra numerosas melodias muito vivas, evidentemente tiradas de canções ou danças profanas e ajustadas a textos sacros (Pág. 125). E mais adiante lemos: “É evidente que Ingalls estava muito próximo da hinologia folclórica do seu tempo.” “Ele foi a primeiro compilador a incluir em sua coletânea as canções de ‘camp meetings’ reavivamentistas.”
A esta altura qualquer pessoa perceberá “que a importância dada à música religiosa na América, em meados do séc. XIX, não foi, absolutamente, tão ‘religiosa’ quanto poderia parecer à primeira vista” (Pág. 143).
A esta altura também o leitor se indagará se não haveria um jeito de começar um livro sobre música, uma arte bela, falando tanto do diabo e sua música…? A razão é que, quando se fala em música na Igreja, normalmente se começa com Jó 38:7, dizendo que os anjos cantavam na criação do mundo, mas não se fala que os anjos pararam de cantar e choraram quando Adão e Eva caíram em pecado. Fala-se de quanto a irmã White recomenda que se louve a Deus e de como os anjos se unem ao louvor, mas não se fala que os anjos
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choram quando muitos jovens adventistas estão cantando (MJ, 295). Discernimento é pôr em prática a capacidade de escolher certo entre o bem e o mal.
Como foi que, desde os Salmos Puritanos, chegou-se a cantar na América da maneira como acabamos de descrever as mais extravagantes reuniões de reavivamento do séc. XIX? É evidente que uma série de fatores estão envolvidos no processo. Por exemplo:
- Perda do discernimento entre o sacro e o profano.
- Saque de músicas profanas para uso religioso.
- Falso conceito do Evangelho como meio de fugir à danação do Inferno.
- Teste de conversão baseado em emoções e não aceitação racional de doutrinas que servem de novos rumos para a regeneração.
- Esforço para tornar o Evangelho mais acessível e fácil, ao nível do gosto popular.
- Enfim, a maneira pesadamente rítmica de cantar servia para induzir ao êxtase, e o fenômeno da “posse”.
Com tal tipo de música o reino de Satanás estava longe de ruir, ao contrário do que dizia um dos mais antigos “spirituals” – “Satan’s Kingdom is Failing” (O Reino de Satanás está Caindo).
Devemos estar também lembrados de que a escravatura era uma realidade ampla por esta época, e o negro aparecerá junto ao branco nas reuniões campais reavivamentistas.
Ao lado do movimento reavivamentista e da tradição dos “camp meetings”, que iam criando uma abundante hinologia de caráter popular, outra corrente de caráter diferente ia tomando forma entre os negros dos Estados Unidos, e influenciando a música religiosa, a música de dança e a própria música erudita moderna da América.
Os negros, capturados na África com o intuito de serem escravizados na colonização do Novo Mundo, tinham sua música própria (naturalmente não escrita), suas danças, seus ritos religiosos pagãos, e, muito importante, suas escalas e seus ritmos próprios.
Mesmo nos navios negreiros eles já cantavam e dançavam, e, quando foram forçados aos trabalhos, ainda continuavam cantando e dançando; a princípio suas próprias músicas, e, depois, também a música que aprendiam dos brancos, quer religiosas, quer não.
Com o tempo, em sua maneira de cantar, participavam
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dos “camp meetings” reavivamentistas. Influenciaram e foram influenciados. Cantavam em todas as suas atividades: no trabalho, nas reuniões de doutrinamento, nas suas próprias reuniões (tanto religiosas como “dançantes”), enfim, onde pudesse ser encaixada uma parcela do grande cabedal de musicalidade que possuem.
Com esta prática foi criado um vasto cancioneiro multiforme, bastante variado e misturado, autêntico folclore negro que, embora existisse, não foi explorado nem impresso senão durante e após a Guerra Civil, quando W. F. Allen, C. P. Ware e Lucy Mckim Garrison, integrando a missão educacional dos Estados Unidos às ilhas Port Royal, coligiram uma coletânea de “Negro Spirituals”, e a publicaram em 1867, sob o titulo de “Slave Song of the United States”. Evidentemente encontraram dificuldades intransponíveis na escrita musical de todos os efeitos rítmicos e garganteios, bem como das variações que sofrem todas as músicas folclóricas.
Quanto à aplicação do que os negros cantavam, é interessante notar certos pontos no pensamento e conclusões de Chase em seu “Do Salmo ao Jazz”:
“Ao que parece, não se fazia distinção nítida, nem quanto à oportunidade, nem quanto à maneira, entre o uso de canções puramente profanas e o das que tivessem algum sentido religioso ou espiritual” (pág. 218).
“O que distingue a canção negra, além da maneira de cantar, é a adaptação das imagens e do vocabulário próprios da hinologia evangélica a situações concretas relacionadas com o ambiente e a experiência dos escravos” (pág. 219).
“Releva notar que se cantavam hinos e ‘spirituals’ tanto na igreja e em assembléias religiosas, como à guisa de acompanhamento para trabalhos de toda espécie” (pág. 220).
Há, porém, um aspecto importantíssimo a mencionar. Trata-se de um traço de união entre os “Negro Spirituals” e os “Spirituals” reavivamentistas, num depoimento de Waterman no “Journal of the American Musicological Society”, i, 1 (1948), 30, citado por Chase à pág. 237.
“Os cânticos religiosos que os negros aprenderam dos missionários não tardaram a receber o tratamento ‘hot’ (quente). Hoje conhecidos por ‘Spirituals’, verifica-se o bater de mãos e de pés em vez
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de tambores, e fazem uso coerente de frases sincopadas de um modo que corresponde exatamente a padrões conceituais da música africana. A ideia de música religiosa ‘hot’ já havia sido comunicada aos brancos do Sul quando do encerramento do período reavivamentista, durante o qual hinos pesadamente rítmicos eram úteis a indução do fenômeno de possessão, comum nos ‘camp-meetings’.”
Este tipo de cânticos folclóricos, quer religiosos ou não, passou a ser usado em verdadeiros arrasta-pés, ou forrós, com alguma semelhança com as sociais de Três Solteiros, Carrocinha, Fui à Bahia, etc. Eram os “shout” e os “walk around” que se prolongavam noite a dentro.
Com seu ritmo quente veio a ser a origem dos “Minstrels” de cara pintada, do “Ragtime”, do Jazz, do “Blue” e de músicas instrumentais, que por sua vez deram em muitos tipos de danças modernas, inclusive tudo quanto seja conhecido hoje como “rock”. Desde as bandas de Nova Orleans (dando origem ao “Jazz”) até a “pauleira” que vejo a ser a música de Elvis, dos Beatles e seus continuadores, não há uma distância muito grande. Foi apenas uma intensificação do processo. Tudo estava no esquema bem sucedido de Satanás para arrastar milhões à destruição.
Em 1964 a Beacon Press editou uma obra do Dr. Joseph R. Washington Jr., intitulada “Black Religion”, na qual dedica uma parte aos “Negro Spirituals”; esta parte foi divulgada no periódico “The Hymn” da “The Hymn Society of America, N. Y.” em outubro de 64, vol. 15, nr. 4. Esse capítulo deixou bem claro que os “negro spirituals” foram criados por escravos que não procuraram a religião dos brancos. Tinham algum significado apenas para eles que eram incapazes de compreender o verdadeiro cristianismo, uma vez que era tão mal interpretado pelo branco. Eram expressões religiosas de protesto contra as condições da vida escrava, e por isso mesmo, expressões profundamente particulares e individualísticas de “estetas religiosos e não de intérpretes teológicos.”
“Os ‘negro spirituals'”, escreve ele, “eram uma crítica aos missionários, reavivamentistas, evangelistas, e de todo a bloco protestante que estava entusiasmado a expulsar a diabo do negro mas que se tornou para o negro, no sentimento teológico ou bíblico mais profundo, o próprio diabo.” Não eram cânticos de fé.
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Embora a música religiosa negra não tenha sido formada num ambiente afastado do cristianismo, foi forjada “pelos ferros em brasa dos cristãos brancos que não eram capazes de escolher entre sua lealdade a Deus ou a Mamom.”
Duas correntes de influências – música popular dos “spirituals” reavivamentistas e música folclórica dos “negro spirituals” – acabaram pintando o quadro confuso do cenário musical no fim do período de Filadélfia, exatamente quando Deus queria despertar o movimento laodiceano através do milerismo.
Será que seriamos cegos para não enxergar a inveja, o ódio e a malignidade de Satanás em seu esforço para transtornar as coisas diante de Deus? Felizmente, porém, não eram apenas essas barbaridades musicais “sacras” que havia nesta época; sempre houve música de boa qualidade durante todo este período crítico.
O Movimento Milerita começou com Guilherme Miller aceitando convites para pregar em pequenas congregações a respeito de seus estudos proféticos no livro de Daniel. Estas pequenas igrejas eram de muitas denominações. Não precisamos imaginar Miller pregando num “camp meeting” ao ar livre, entre as fogueiras enquanto o povo berrava até ficar possesso. Podemos pensar nele pregando em Portland, na igreja da Rua Casco, igreja esta acostumada a cantar os hinos de Wesley e outros de igual valor. Ali está assentada a família Harmon. Ellen, uma das gêmeas, ali está e sente seu coração juvenil fremir. Talvez esta ideia traga certo alívio.
Tudo corria desta maneira até que em 1839, na cidadezinha de Exeter, aproximou-se de Miller Josué V. Himes, jovem ministro de uma grande igreja em Boston. Este foi o começo de uma grande arrancada evangelística em grandes cidades e grandes auditórios, pois Himes passou a ser uma espécie de empresário que conseguia abrir grandes portas.
Quando o movimento ia atingindo o auge, Himes publicou e fez circular, em 1843, um livro de cânticos chamado “The Millenial Harp”.
Eram mais de duzentos cânticos, muitos deles, infelizmente, seguindo a tradição dos “spirituals” reavivamentistas. Alguns cânticos eram compostos e outros adaptados especialmente ao
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assunto do Segundo Advento.
Como curiosidade, aparecem no Hinário Adventista em inglês dois cânticos da “The Millenial Harp”; são os de nr. 451 e 454.
Temos que reconhecer que nesta época de atropelos finais antes do desapontamento, o movimento começou a mostrar sintomas de estar meio perdido em matéria de discernimento musical. Convenhamos, porém, que a avalanche de conversões de última hora, e mesmo os zombadores, tumultuaram um pouco o movimento. E mesmo anos depois de desapontamento (1853), era impresso no “Pilgrim’s Songster” um cântico que dizia mais ou menos o seguinte:
“Louvado seja o Senhor, não temos temor
Em contar ao mundo que Ele virá no ano que vem.
Em 1854
Os santos estarão livres dos seus sofrimentos.”
Eram daqueles que continuaram a marcar datas.
Contudo, a medida inicial da música no movimento de Laodicéia não pode ser tomada pela do movimento milerita; embora nossa igreja tenha surgido das cinzas do grande desapontamento, a primeira aferição que se possa fazer é a primeira coletânea que o Pastor White preparou em dezembro de 1849.
Em 1849 também Himes publicou sua “Advent Harp”, mas convém esclarecer que nem ele nem Miller aceitaram a doutrina do Santuário e a do Sábado. Não avançaram com o pequeno remanescente.
Tudo estava pronto para entrar em cena o pequeno grupo de pioneiros do último movimento profético, que tem a tremenda responsabilidade, não só de advertir o mundo quanto ao fim, mas também de preparar um povo cujo gosto musical não se incompatibilize com a música celeste.
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