Conselhos Sobre Música e Adoração – Parte 11
Conclusões
Organizado por: Leandro Dalla Bernardina Santos
“Vivemos um momento difícil em que cada vez mais as pessoas e as sociedades expressam sentimentos religiosos sem uma clara orientação cristã e bíblica. A música tornou-se uma questão fundamental que requer discernimento e decisão espirituais. Consequentemente, devemos fazer estas importantes perguntas enquanto buscamos fazer boas escolhas musicais: a música que estamos ouvindo ou apresentando tem consistência moral e teológica tanto na letra como na melodia? Qual a intenção que está por trás da música? Ela transmite uma mensagem positiva ou negativa? Glorifica a Deus e oferece o que é mais nobre e melhor? O propósito da música está sendo transmitido com eficácia? O músico está promovendo uma atmosfera de reverência? A letra e a música dizem a mesma coisa? Estamos buscando a orientação do Espírito Santo na escolha da música religiosa e secular?
O conselho de Paulo é claro: ‘Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.’ (I Coríntios 14:15). Não há dúvida de que a música é uma expressão artística, que toca os sentimentos. Isto nos leva a avaliar, escolher e produzir a música de maneira racional, tendo em vista o seu poder, e buscando cumprir o propósito de Deus para a edificação da igreja e a salvação do mundo”. (Filosofia Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música)
“Se os músicos da igreja não têm comunhão diária com Deus, então não podem efetivamente ministrar à igreja de modo a nutrir, edificar e falar ao coração e à consciência porque não estão ligados a Deus; se a música não produz reverência (respeito) por Deus e Sua casa de culto, então ela é imprópria; se as respostas comportamentais de uma congregação são orquestradas ou se um músico está sendo aplaudido enquanto entra na plataforma para apresentar a música, então se cria uma atmosfera teatral, pois o foco da atenção é dirigida ao executante; se o motivo para a escolha da música para o culto está arraigado na cultura e tradição, então é dirigida à criatura e não ao Criador. “Tradição sem propósito simplesmente propaga mais tradição sem conduzir ao crescimento e à reflexão”; se a música da “igreja” soa como Rock, Rap, Jazz, Country, [Bossa Nova] e outras do gênero secular “pop”, então é imprópria; se a apresentação musical está inundada de sons sensuais excessivos (sussurros guturais – modificado pela garganta -, respiração ofegante etc) então ela é imprópria; se a música é apresentada de uma maneira sensacional (malabarismo vocal, uso excessivo de ornamentação, cadências do teclado, acordes excessivos etc, que encanta, excita ou induz à vibração, bater palmas, balanceios etc) ou se a música elicia estas e outras respostas da congregação num esforço de “levantar o ânimo”, então ela é imprópria. Este “fogo estranho” solapa a obra do Espírito Santo porque não vem do coração; somente honra o executante. Embora um concerto seja o cenário ou ambiente apropriado no qual o talento de uma pessoa possa ser apresentado, todas as execuções devem ser feitas para a glória de Deus”; se os músicos têm um espírito de competição e são intocáveis, então o ministério será tingido de egoísmo e, consequentemente, não terá efeito no sentido espiritual; se qualquer instrumento (incluindo CD´s) suplanta a melodia, a harmonia e a letra, então a música apelará só aos sentidos, excitando-os e não à mente, perdendo-se a mensagem; se o músico imita outro artista ou executa num estilo que não é apropriado para seu tipo de voz ou nível de habilidade, então a apresentação parecerá artificial e poderá não ser edificante”.(OSTERMAN – O que Deus diz sobre a Música, 104 – 106)
” Vale frisar que devemos aplicar a seguinte regra, “quando estiver em dúvida, não utilize tal música”. (OSTERMAN – O que Deus diz sobre a Música, 100)
“Pois Deus é o Rei de toda a Terra; cantai louvores com inteligência” (Salmos 47:7). Mas “como cantar diante de um Deus que recebe o louvor de todo o Universo incontaminado, a quem os anjos oferecem o mais perfeito louvor? Nosso canto deve ser o mais puro e perfeito possível; nenhum traço de sensualidade ou teatralidade deve contaminá-lo; não devemos usar o mesmo estilo interpretativo usado pelo mundo (jazz, cabaret, blues, rock, samba, canção, ópera, etc); qualquer tipo de acréscimo é indesejável (ornatos, glissandos, etc). A linha que separa o bom gosto do ridículo é muito tênue. Devemos evitar qualquer tipo de excesso; tudo que chame a atenção para o cantor e suas habilidades estará desviando a atenção da mensagem. Quem é mais importante: o cantor ou a mensagem?” (ELIAS TAVARES, violinista, regente e professor de música. Freqüenta a igreja de Capão Redondo – São Paulo – SP)
Neste estudo utilizamos diversas citações de Ellen G. White. Muitos argumentam que ela não era autoridade em música, pois não tinha conhecimento técnico deste campo. Porém, “o argumento de que os conselhos de Ellen White não são válidos porque ela não conhecia música, não é válido, pois ela também possuía pouco conhecimento em outras áreas como medicina, educação, administração, etc. Hoje, porém, seus conselhos têm aprovação científica de que são genuínos, e surgiram muito antes de serem conhecidos pela ciência da época. Rejeitá-la seria rejeitar uma das principais características da igreja remanescente, que é o Dom de Profecia, e também rejeitar a própria voz de Deus, conforme Lucas 10:16: “Quem vos der ouvidos ouve-Me a Mim; e quem vos rejeitar a Mim Me rejeita”.
“É Ellen G. White autoridade em música? Sim, e rejeitar seus conselhos significa rejeitar os conselhos divinos”. Ela apreciava a boa música e sua percepção era extremamente apurada, pois ela teve o grande privilégio de ouvir a música das cortes celestiais. Quem melhor do que ela poderia nos orientar a respeito do que é o mais perfeito louvor a Deus? Sabemos que, nesta Terra, nunca poderemos louvá-lO com a perfeição presenciada por Ellen White, mas podemos fazer o nosso melhor para nos aproximarmos ao máximo e evitarmos nos desviar para a direita ou para a esquerda. “Devemos dar maior atenção à música na igreja. Ela é tão importante quanto o ministério de um pastor”.
“A Igreja tem a responsabilidade de liderança espiritual sobre as questões musicais. Suas doutrinas e filosofia são estabelecidas para governar o corpo coletivo e guiar indivíduos numa relação mais íntima com Deus. Os padrões de educação, excelência, eternidade e serviço representam os atributos do cristianismo no estilo de vida, enquanto que as diretrizes procuram dirigir o corpo coletivo na mesma direção. Assim, você leu acerca do papel que a música irá exercer na nova ordem mundial, seu efeito profundo sobre a mente, corpo e o caráter, e as conseqüências espirituais da escolha”. (OSTERMAN – O que Deus diz sobre a Música, 107)
[Satanás] “planejou agir através de agentes humanos no mundo religioso impregnando-os com sua própria inimizade contra o Campeão da Verdade. Ele os levaria a rejeitar a Cristo e tornar Sua vida tão amarga quanto possível, esperando desanimá-lO em Sua missão. E os líderes em Israel se tornaram instrumentos de Satanás guerreando contra o Salvador”. (WHITE – O Desejado de Todas as Nações, 106)
“Poucas pessoas que são responsáveis pela música nas igrejas, nos colégios e seminários teológicos têm tido a coragem de tomar posição firme ao lado da música correta, praticada com discernimento. O resultado é o avanço audacioso e pretensioso de tudo o que destrói a boa música verdadeiramente sacra.
É bem verdade que quem quer que assuma a posição de firmeza pelos princípios poderá ser ridicularizado, ou considerado como sendo ‘linha dura’, ‘lei seca’, ‘quadrado’, ‘cafona’, ‘superado’ etc. Mas uma coisa é manter a linha correta e outra coisa é não ter linha nenhuma. É preferível examinar a linha que Deus propõe na Bíblia [e] nos escritos de E. G. White. (ARAÚJO – Música, Adventismo e Eternidade, 32 e 33) Isso é o que propomos!
“Deus não força homens a abandonarem sua incredulidade. Acham-se perante eles a luz e as trevas, a verdade e o erro. Cumpre-lhes decidir qual aceitarão. O espírito humano é dotado da faculdade de discriminar entre a verdade e o erro. É o desígnio de Deus que não se decidam por impulso, mas pelo peso da evidência, comparando cuidadosamente escritura com escritura … A pregação e o ensino de Sua palavra é um dos meios ordenados por Deus para a difusão da luz; mas devemos submeter o ensino de todo homem à prova da Escritura. Quem quer que estude a Bíblia com oração, desejando conhecer a verdade a fim de obedecer-lhe, receberá divina iluminação. Esse compreenderá as Escrituras. Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá”. (WHITE – O Desejado de Todas as Nações, 458, 459)
“No passado, Deus não levou em conta essa ignorância. Mas agora ele manda que todas as pessoas, em todos os lugares, se arrependam dos seus pecados. Pois Ele marcou o dia em que vai julgar o mundo com justiça por meio de um Homem que Ele escolheu. E deu prova disso a todos quando ressuscitou esse homem”. (Atos 17:30, 31 – NTLH)
Sabemos que há pessoas sinceras em todas as partes do mundo, em todas as denominações religiosas. Há pessoas que têm procurado louvar a Deus com sinceridade, mas têm feito isto da maneira errada, por não terem o conhecimento e, como Miriam no deserto, louvam a Deus da maneira que sabem. Deus aceita este louvor, vindo de um coração sincero, não levando em conta este tempo de ignorância. Porém, Ele irá julgar a todos conforme a luz que receberam. Assim sendo, a própria luz que recebemos nos julgará e, se você, que a recebeu, coloca-a sob um cesto de costumes e gostos pessoais, ou se você apenas não quer remar contra a correnteza para não se tornar antipático à massa, Deus lhe pedirá conta um dia. E ninguém escapará deste dia!
Muitas pessoas afirmam que, se formos colocar em prática todos os ensinamentos encontrados na Bíblia e no Espírito de Profecia, teríamos que excluir muitas das músicas que nossa igreja tanto aprecia e acostumou-se a cantar e ouvir, pois esse tipo de música que Deus requer não é popular, não é muito aceito em tempos modernos, não faz sucesso e, principalmente, não é vendável. Muitos dizem que praticar esses princípios, bem como divulgar um material como o que está em suas mãos, é puro fanatismo e radicalismo. Se assim o for, então me considerem um fanático e radical. Desculpem, mas a minha salvação depende disso. E a sua também. Não podemos ceder em ponto algum, Deus requer nossa devoção por inteiro, não apenas em aspectos que nos convêm. Se minha salvação dependesse de nunca mais cantar música alguma, nunca mais cantaria. Se minha salvação dependesse de nunca mais tocar um instrumento musical, nunca mais tocaria. Salvação não é brincadeira! Nos abstemos de fumar, beber, roubar, idolatrar, ou de qualquer outro ato que consideramos grave por ferir a Lei de Deus e, portanto, ir de encontro às Suas orientações. Mas o problema reside no fato de que muitas pessoas não estarão no Céu por ignorarem as orientações divinas em relação às pequenas coisas, seja qual for a razão para tal.
Você não é mais ignorante quanto à questão da música e seu papel na adoração. Oro a Deus para que você use este conhecimento para se posicionar firmemente ao lado do que é correto – a despeito das críticas e ridicularizações que lançarão contra você – tornando-se, assim, uma influência benéfica para que mais pessoas venham a fazer o mesmo. A decisão é apenas sua!!