Conselhos Sobre Música e Adoração – Parte 8
Música e Cultura
Organizado por: Leandro Dalla Bernardina Santos
“Pode-se dizer que cultura não é nada mais do que os aspectos e comportamentos característicos de um grupo de pessoas e das ideias e valores que defendem”. (OSTERMAN – O que Deus diz sobre a Música, 21) O dicionário a define como um “conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade”.
“Em vista disso, certamente poder-se-ia perguntar se a nossa cultura realmente importa para Deus, especialmente no que se refere à adoração. Existe algum padrão cultural em particular que Deus espera que adotemos? São os julgamentos de valores que nós tendemos a interpretar como sendo o ideal para Deus para adoração realmente Seus? Hoje, sem dúvida, Ele é adorado numa variedade de maneiras de acordo com a cultura, estilo e localização geográfica, mesmo dentro da mesma denominação. Com tal diversidade, não é de se admirar que haja confusão quanto ao que seja adoração correta e aceitável”. (OSTERMAN – O que Deus diz sobre a Música, 23)
“O que Laodicéia não pode fazer é, sob pretexto de culturas diferentes, querer absorver todo o lixo do paganismo internacional e trazer para a sua organização mundial os elementos nocivos da música de outras civilizações. O fato de Deus desejar ‘que nosso louvor ascenda a Ele levando o cunho de nossa própria personalidade’ não justifica que adotemos para nosso uso na igreja aqui o que foi, talvez, aceitável para um escravo americano, ou um havaiano, ou um canibal do sul do Pacífico, ou um indígena asteca. Seria deliberadamente fechar os olhos às orientações divinas para Laodicéia. E se alguém, por exemplo, foi ‘rockeiro’, não pode chegar à igreja e querer continuar a ser ‘rockeiro’ sob pretexto de que o cunho de sua personalidade é esse; ou se alguém disser que tem sangue de bugre ou africano, nem por isso deve dizer que precisa sambar na igreja por ser cunho de sua personalidade. Caem assim as tendências e possibilidades para nacionalismos musicais cristãos. Todos devem comparar suas práticas musicais aos princípios divinos.
Entretanto, o que está acontecendo é uma tolerância plácida ao ouvirmos cantores com microfone na mão, em sons amplificados de sintetizadores, playbacks, guitarras e baterias na marcação de ritmos balanceados que pedem movimento, e vozes meio assopradas, ou com pigarrinho, quase entoando com voltinhas e garganteios, em síncopes e descompassos, as palavras de alguma mensagem musical ‘sacra’, com expressões faciais, sorrizinhos e trejeitos copiados dos grandes ídolos do momento para ‘comunicar melhor'”. (ARAÚJO – Música, Adventismo e Eternidade, 60)
“No culto Deus deve ser glorificado e a igreja edificada; a cultura é somente incidental. Quando a cultura, porém, se torna questão em foco e o fundamento sobre o qual o culto está baseado, começam a aflorar problemas de atitudes, crenças e práticas, pois é neste ponto que se perde o verdadeiro motivo para o culto em seu ritual”. (OSTERMAN – O que Deus diz sobre a Música, 30)
“O catolicismo, a religião predominante na Europa, influenciou muitas outras religiões e culturas através do mundo. É interessante notar que aqueles que praticam o catolicismo têm um padrão universal de culto apesar da raça, cultura, tamanho, ‘status’, ou localização geográfica. Por que não é esse o caso da Igreja Adventista do Sétimo Dia?” (OSTERMAN – O que Deus diz sobre a Música, 24)
“Embora a música das diversas culturas e etnias possa ter elementos religiosos que ajudem a espiritualidade, o gosto musical e as práticas de todos deveriam conformar-se ao valor universal do caráter semelhante ao de Cristo e evitar os valores mundanos na música. Certas formas musicais, tais como Jazz, o Rock, e suas formas afins, são condenadas pela Igreja como incompatíveis com esses princípios”.(ARAÚJO – Música, Adventismo e Eternidade, 43 e 44)
Repetindo o que já foi anteriormente citado, [a música] “deve harmonizar letra e melodia, sem combinar o sagrado com o profano; os hábitos e a cultura não são guias suficientes na escolha da música”. (Filosofia Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música)