Teoria Musical – Uma Abordagem Pedagógica
por: Prof. Romero Damião
O som tem algumas propriedades importantes.
- Duração: é o tempo de produção do som.
- Altura: é a propriedade do som ser mais grave ou mais agudo. O apito de um trem é grave. A sirene de uma ambulância é aguda.
- Intensidade: é a propriedade do som ser mais forte ou mais fraco.
- Timbre: é a qualidade do som que permite uma pessoa reconhecer sua origem.
Na escrita musical, estas propriedades do som são representadas assim:
- Duração: pela figura da nota e pelo andamento.
- Intensidade: pelos sinais de dinâmica.
- Por exemplo: Forte, Piano, Mezzopiano, Mezzoforte…
- Altura: pela posição da nota no pentagrama.
- Timbre: pela indicação da voz ou instrumento que deve executar a música.
O som musical é representado no papel por um sinal chamado nota. A figura da nota varia, de acordo com a duração do som.
As partes que compõem a nota são:
Pentagrama: é um conjunto de cinco linhas horizontais eqüidistantes e quatro espaços.
Clave: é um sinal que se escreve no pentagrama para dar nome às notas.
Existem três claves: de sol, de dó e de fá. São assim chamadas porque nas linhas onde são escritas, se encontram as notas: sol, dó, fá.
Os sons musicais de acordo com a sua altura, recebem os seguintes nomes: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Esses nomes se repetem de sete em sete do mais grave para o mais agudo.
Oitava: dá-se o nome de oitava ao conjunto de notas existentes entre uma nota qualquer e a sua primeira repetição no grave ou no agudo.
A figura da nota indica a duração do som.
As figuras atualmente usadas são as seguintes:
Começando da semibreve, que tem a maior duração, cada uma dessas notas vale duas da seguinte:
- Semibreve = 2 mínimas
- Mínima = 2 semínimas
- Semínima = 2 colcheias
- Colcheia = 2 semicolcheias
- Semicolcheia = 2 fusas
- Fusa = 2 semifusas
Pausa é um silêncio na música e tem duração variável. É representada assim:
As figuras:
Suas pausas:
As pausas obedecem a mesma proporção das figuras, isto é, cada qual vale duas da seguinte.
Ponto de aumento: é um ponto que se escreve à direita da nota para aumentar metade do seu valor. O ponto de aumento também é usado nas pausas com o mesmo resultado. A nota ou pausa com ponto de aumento se chama “nota pontuada”, ou “pausa pontuada”.
A repetição de compassos pode ser abreviada por sinais. Quando muitos compassos se repetem usamos a barra dupla com dois pontos chamados de ritornello para voltarmos ao começo da música. Ao encontrarmos o terceiro ritornello, voltamos para o segundo conforme o exemplo.
Quando o trecho deve ser repetido do início, usamos a expressão “Da capo” ou abreviamos com D.C.
Compasso: é a divisão da música em pequenas partes de duração igual ou variável.
Barra de compasso: é uma linha vertical que separa os compassos. Usa-se a barra dupla para separar seções da música, ou para concluí-la que neste caso é mais grossa.
Tempo: é uma parte do compasso. Os compassos podem ter tempos diferentes:
- Compasso binário: tem 2 tempos
- Compasso ternário: tem 3 tempos
- Compasso quaternário: tem 4 tempos
Unidade de tempo: é a nota que representa um tempo do compasso. As mais usadas são a mínima, a semínima e a colcheia.
Exemplos:
Unidade de tempo de mínima:
Unidade de tempo de semínima:
Unidade de tempo de colcheia:
Compasso simples: é aquele em que a unidade de tempo tem um valor simples.
Exemplo:
Compasso composto: é aquele em que a unidade de tempo tem um valor composto.
Exemplo:
Fórmula do compasso: são dois números que indicam a unidade de tempo e o número de tempos do compasso. É escrita no início da música, logo após a clave.
Fala-se: “dois por quatro”, “seis por oito”.
O número inferior da fórmula, tanto nos compassos simples como nos compostos, representa as seguintes notas:
No compasso simples o número inferior indica a unidade de tempo e o superior o número de tempos.
No compasso composto, o número inferior indica as notas em que se subdivide a unidade de tempo e o superior, o total dessas notas num compasso.