Percepção e Discriminação Auditiva

por: autor desconhecido [*]

Ouvir, escutar, sentir e perceber são os fatores mais importantes para se fazer música, principalmente na fase de sensibilização. O processo de aprendizado musical envolve entre outras coisas, o conhecimento das propriedades do som: altura, intensidade, duração e timbre, além do conceito de pulsação , melodia, ritmo, harmonia e forma.

Atividades para desenvolver a percepção e discriminação auditiva

  1. Pesquisa de sons: do meio ambiente, da sala de aula, da casa, da rua, etc.
  • Fechar os olhos e ouvir os sons ao seu redor, identificá-los e localizá-los. Se possível, gravá-los.
  • Classificar os sons pela altura(grave/agudo), timbre,intensidade(forte/fraco).
  • Brincar de jogo da memória com sons, colocando contas, arroz, feijão, clipes, dentro de caixas pequenas ou latas, aos pares, para classificação ou pareação.
  • Brincar de cabra-cega e quente ou frio (direção sonora com sons fortes e fracos ou timbres diferentes)
  • Brincar de loto sonoro.

  • Identificação, imitação e transformação dos sons percebidos anteriormente:
    • Desenhar ou recortar figuras que representem sons, identificá-los, classificá-los e imitá-los.
    • Reproduzir sons de animais, sons da natureza, sons humanos, sons de objetos.
    • Construir uma história ou montar um conjunto musical, com os sons pesquisados. Por exemplo: sonorizar histórias em quadrinhos, situações do cotidiano (andar, lavar pratos, correr, falar, chorar, etc.), cantar uma música com sons de animais, dividir em grupos, cantar em cânone, a duas vozes.
    • Representar os sons graficamente com desenhos e símbolos.
    • Jogos de improvisação ( envolvendo intensidade , duração dos sons, timbres diversos, altura).

  • Movimento sonoro:
    • Dançar e realizar movimentos corporais através de estímulos sonoros.
    • Brincar de morto-vivo (altura – sons graves e agudos).
    • Improvisar com flauta de êmbolo.
    • Comparar a lebre e a tartaruga, representando a história ( andamento – rápido e lento).
    • Brincar de avião decolando e aterrisando, imitando o som com a boca.
    • Imitar caracol, enrolando e desenrolando, com estímulos sonoros.

  • Direção sonora:
    • Trabalhar a altura do som relativo (grave, médio ou agudo), com movimentos corporais, dado um estímulo sonoro, com, por exemplo, uma flauta de êmbolo.
    • Representar graficamente com linhas sinuosas, pontos, ou outro símbolo qualquer, a atividade anterior.
    • Reproduzir o gráfico realizado, com a voz, ou com instrumentos musicais.

    O trabalho parte do impreciso para o preciso, do relativo para o absoluto, dos movimentos corporais, para a representação gráfica.

    Concluindo, a percepção precisa ser estimulada, pois o desenvolvimento auditivo depende de estímulos constantes e progressivos, favorecendo a compreensão de qualquer música.

    “O som é matéria-prima da música, assim como as tintas são para o pintor e as palavras para o escritor.”


    Fonte: Publicado originalmente em: http://www.nmb.com.br/beethoven/4.htm


    [*] – Nota: Os editores do Música Sacra e Adoração não localizaram informações acerca do autor deste artigo. Qualquer contribuição acerca desta informação será bem-vinda.