Etapas de Construção da Flauta Transversal
por: Yamaha
I – Cabeça
1. Design do Tubo:
Após o metal ser lixado e polido ele é torneado com precisão micrométrica. Este passo é muito importante na determinação do som da flauta.
2. Bocal:
Neste passo o bocal e seu suporte são soldados ao corpo da flauta por brasagem.
3. Corte Interno:
Neste etapa o corte interno do bocal é realizado com o propósito de aumentar o volume de dar ao som uma ressonância característica. Esta etapa é realizada manualmente nos modelos especiais.
4. Cromagem:
Nesta etapa a peça é mergulhada em solução especial para ser prateada.
II – Tipos de desenho do bocal (Corte interno)
Tipo “A” | Este desenho forma uma larga curva frontal. Um furo quadrangular largo permite menos resistência ao ar. Reverberações fortes e notas altas vigorosas podem ser obtidas deste corte se o flautista soprar com velocidade suficiente. | |
Tipo “B” | O ângulo do corte interno é o mesmo do tipo A. Entretanto, o orifício frontal é projetado para ser um pouco mais estreito. O resultado é uma conveniente resistência ao ar e reverberação uniforme e suave. O tipo B facilita o flautista à controlar o som melhor que o tipo A. | |
Tipo “C” | O bocal fica próximo ao corpo. Resistência baixa do ar. O tipo C é facilita ao flautista o controle do som, possui uma reverberação de boa qualidade. | |
Tipo “E” | O suporte (chimney-chaminé) do bocal é um pouco mais alto e o corte interno é menor que o tipo C. O resultado é uma conveniente resistência ao ar e rápidas respostas. A primeira oitava é cheia de volume e muito rica, a terceira oitava cheia de clareza. | |
Tipo “H” | Este corte tem uma altura média do suporte do bocal e corte interno minimizado. A resistência ao ar é alta o que requer do flautista mais força e domínio do sopro. O resultado é um larga faixa de liberdade no som e uma bela reverberação. | |
Tipo “S“ | O corte interno é pouco menor que o do tipo C e a altura do bocal um pouco maior. Conveniente resistência ao ar e grande reverberação. As escalas mais altas são excelentes. |
III – Corpo:
1. Furação
Nesta etapa são realizados 16 furos no corpo da flauta. Sendo os mesmos elevados do corpo e arredondadas as bordas com precisão micrométrica.
2. Suportes
Nesta etapa os suportes são montados no corpo da flauta.
3. Furação dos Suportes
Furos para montagem dos mecanismos e varetas de comando são feitos nos suportes. As faces de contato dos suportes são aplainadas.
4. Cromagem
Da mesma forma que para a cabeça.
IV – Mecanismos:
1. Moldagem e Forja
O material das teclas é moldado e forjado.
2. Furação
As partes do mecanismo são furadas.
3. Corte
As quinas dos mecanismos e chaves são cortadas e abauladas. Nos modelos especiais este corte é manual.
4. Brasagem de Partes Individuais
Nesta etapa os suportes do mecanismo são soldados por brasagem.
5. Cromagem
Etapa idêntica à da cabeça.
6. Ensapatilhamento
Etapa mais demorada da produção, onde são colocada as sapatilhas nas teclas.
V – Montagem & Acabamento
1. Montagem e Encaixes
Toda a flauta é montada de forma a permitir um movimento suave do mecanismo.
Montagem das chaves |
Ajustes |
2. Maturação
A montagem é deixada em uma sala com temperatura e umidade constantes para maturar o assentamento das sapatilhas e os furos. O azul nas flautas é de uma película protetora para evitar arranhões.
3. Ajustes
Ângulos, folgas, molas, etc. são meticulosamente ajustados para evitar vazamentos.
4. Inspeção
A flauta passa por um teste funcional.
5. Polimento
Acabamento final à flauta antes da embalagem.
Fonte: Publicado originalmente em: http://www.yamaha.co.jp/english/product/winds/fact/how/flute/p_main.htm