Encorajamento ao Bom Uso da Música Sacra
As Qualidades da Boa Música – Pode-se fazer grande aperfeiçoamento no canto. Pensam alguns que, quanto mais alto cantarem, tanto mais música fazem; barulho, porém não é música. O bom canto é como a melodia dos pássaros – dominado e melodioso.
Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos que eram de todo inadequados ao culto da casa do Senhor. As notas longamente puxadas e os sons peculiares, comuns ao canto de óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cantos de louvor entoados em tom natural. Os cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso, eis os que eles se unem a nós em cantar. Eles tomam o estribilho entoado de coração com o espírito e o entendimento. – Manuscrito 91, 1903 – Evangelismo pp. 510 e 511
Com Solenidade e Reverência – A melodia do canto, derramando-se dos corações num tom de voz claro e distinto, representam um dos instrumentos divinos na conversão de almas. Todo o serviço deve ser efetuado com solenidade e reverência, como se fora feito na presença pessoal de Deus mesmo. – Testemunhos Seletos, vol. 2, p.195.
Com Melodia e Distinção – Alegro-me que a música tenha sido trazida para a escola de Healdsburg. Em cada escola a instrução no canto é grandemente necessária. Deveria haver mais interesse na cultura da voz do que é agora em geral manifestado. Os alunos que têm aprendido a cantar os suaves hinos do evangelho com melodia e clareza, podem fazer muito bem como cantores evangelistas. Eles encontrarão muito ensejo de empregar o talento que Deus lhes deu, levando melodia e claridade a muito lugar solitário e entenebrecido pelo pecado e a dor e aflição, cantando para aqueles que raramente têm os privilégios da igreja.
Alunos, ide a caminhos e valados. Empenhai-vos por alcançar tanto as classes mais ricas como as mais pobres. Entrai nos lares de ricos e humildes e assim que tiverdes oportunidade, perguntai: “Poderíamos cantar para o vosso deleite? Ficaríamos alegres se pudéssemos ter um serviço de canto convosco.” Deste modo, à medida que os corações se suavizam, o caminho pode-se abrir para que possais oferecer algumas palavras de prece pela bênção de Deus. Poucos recusarão.
Tal ministério é um genuíno trabalho missionário. Deus deseja que cada um de nós converta-se e aprenda a se engajar em esforços missionários de modo diligente. Ele nos abençoará neste serviço pelos outros e veremos Sua salvação. – Review and Herald, 27 de agosto de 1903. [Trechos em Evangelismo, p. 504].
A Música na Nova Terra – Aqueles que, a despeito de tudo mais, se põem nas mãos de Deus, para ser e fazer tudo quanto Ele queira que façam, verão o Rei em Sua formosura. Verão Seus incomparáveis encantos e, tocando suas harpas de ouro, encherão todo o Céu com preciosa música e com os cantos do Cordeiro.
Alegro-me de ouvir os instrumentos de música que tendes aqui. Deus quer que os tenhamos. Quer que O louvemos, de alma e coração e com a nossa voz, engrandecendo Seu nome perante o mundo. – Review and Herald, 15 de junho de 1905.
O Tema de Todo Canto – A ciência da salvação deve ser o âmago de todo sermão, o tema de todo canto. Seja essa ciência contida em toda súplica. – Manuscrito 107, 1898.
Anunciar uma Mensagem Especial em Canto – Há pessoas que têm especial dom para cantar, e ocasiões há em que uma mensagem especial é anunciada por um solo ou por um canto feito por vários. Mas raramente deve o canto ser feito por uns poucos. A aptidão de cantar é um talento que exerce influência, a qual Deus deseja que todos cultivem e empreguem para glória de Seu nome. – Testimonies, vol. 7, págs. 115 e 116.
Um dos Talentos Dados por Deus – A voz humana no canto é um dos talentos dados por Deus para ser empregado para Sua glória. O inimigo da justiça faz muito caso deste talento em seu serviço. E aquilo que é um Dom de Deus para ser uma bênção às almas, é pervertido, mal aplicado, e serve de designo de Satanás. Este talento da voz é uma bênção, uma vez que seja consagrado ao Senhor para servir em Sua causa. – Carta 62, 1893 – Evangelismo, p. 498
Entonações Claras – Dicção Distinta – Palavra alguma pode exprimir devidamente a profunda bênção do verdadeiro culto. Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os músicos celestiais tomam o tom e unem-se ao cântico de ações de graças. Aquele que nos outorgou todos os dons que nos habilitam a ser cooperadores de Deus, espera que Seus servos cultivem a voz, de modo a poderem falar e cantar de maneira que todos entendam. Não é o canto alto que é necessário, porém entonações claras, a pronúncia correta, a dicção distinta. Tomem todos tempo para cultivar a voz, de maneira que o louvor de Deus seja entoado em tons claros, suaves, sem asperezas e estridências que ofendam ao ouvido. A aptidão de cantar é dom de Deus; seja ele usado para glória Sua. – Testimonies, vol. 9, págs. 143 e 144.
Coral e Cântico Congregacional – Em reuniões realizadas, que alguns sejam escolhidos para tomar parte no serviço de canto. E que o canto seja acompanhados de instrumentos musicais habilmente tocados. Não devemos nos opor ao uso de música instrumental em nossa obra. Essa parte deve ser cuidadosamente conduzida pois é louvor a Deus em canto.
Nem sempre poucos devem tomar parte no serviço de canto. Tanto quanto possível que toda a congregação se una em louvor. – Testemonies, vol. 9. P. 144. (1909).
Serviço de Canto – Seja o talento do canto introduzido na obra. O emprego de instrumentos de música não é absolutamente objetável. Eles eram usados nos serviços religiosos dos antigos tempos. Os adoradores louvavam a Deus com a harpa e o címbalo, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. Isto acrescentará o interesse. – Carta 132, 1898 – Evangelismo, p.501
Música Instrumental na Conferência Geral de 1905 – Alegro-me de ouvir os instrumentos musicais que tendes aqui. Deus quer que os tenhamos. Quer que O louvemos, de alma e coração e com a nossa voz, engrandecendo Seu nove perante o mundo. – Review and Herald, 15 da junho de 1905 – Evangelismo, pp. 503 e 504
O Propósito da Música – Fazia-se com que a música servisse a um santo propósito, a fim de erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e edificante, e despertar na alma devoção e gratidão para com Deus. Que contraste entre o antigo costume, e os usos a que muitas vezes é a música hoje dedicada! Quantos empregam esse Dom para exaltar o “eu”, em vez de usá-lo para glorificar a Deus! O amor pela música leva os incautos a unir-se com os amantes do mundo nas reuniões de diversões aonde Deus proibiu a seus filhos irem. Assim aquilo que é uma grande bênção quando devidamente usada, torna-se um dos mais bem sucedidos fatores pelos quais Satanás distrai a mente, do dever e da contemplação das coisas eternas.
A música faz parte do culto de Deus, nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O devido adestramento da voz é um aspecto importante da educação, e não deve ser negligenciado. O cântico, como parte do culto, religioso, é um ato de adoração, tanto como a prece. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar a esse a expressão correta. – Patriarcas e Profetas, p.594.
Fatores na Eficácia da Música – A música pode ser um grande poder para o bem; contudo não tiramos o máximo proveito desta parte do culto. O cântico é geralmente originado do impulso ou para atender casos especiais, e em outras vezes os que cantam o fazem mal, e a música perde o devido efeito sobre a mente dos presentes. A música deve possuir beleza, poder e faculdade de comover. Ergam-se as vozes em cânticos de louvor e adoração. Que haja auxílio, se possível, de instrumentos musicais, e a gloriosa harmonia suba a Deus em oferta aceitável.
Mas às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus se requerem planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor. – Gospel Workers, pág. 325.
O Diretor do Canto Celestial – Foi-me mostrada a ordem, a perfeita ordem do Céu, e senti-me arrebatada ao escutar a música perfeita que ali há. Depois de sair da visão, o canto aqui me soou muito áspero e dissonante. Vi grupos de anjos que se achavam dispostos em quadrado, tendo cada um uma harpa de ouro. … Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a harpa a fim de dar o tom, depois todos se ajuntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é indescritível. É melodia celestial, divina, enquanto cada semblante reflete a imagem de Jesus, irradiando glória indizível. – Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 45.
Um Bem Dirigido Programa de Canto – Um pastor não deve designar hinos para serem cantados, enquanto não estiver certificado de que os mesmos são familiares aos que cantam. Uma pessoa capaz deve ser indicada para dirigir esse serviço, sendo seu dever verificar que se escolham hinos que possam ser entoados com o espírito e com o entendimento também.
O canto é uma parte do culto de Deus, porém na maneira estropiada por que é muitas vezes conduzido, não é nenhum crédito para a verdade, nenhuma honra para Deus. Deve haver sistema e ordem nisto, da mesma maneira que em qualquer outra parte da obra do Senhor. Organizai um grupo dos melhores cantores, cuja voz possa guiar a congregação, e depois todos quantos queiram se unam com eles. Os que cantam devem esforçar-se para cantar em harmonia; devem dedicar algum tempo a ensaiar, de modo a empregarem esse talento para glória de Deus.
Não se deve deixar, porém, que o canto distraia a mente das horas de devoção. Se alguma coisa deve ser negligenciada, seja então o canto. – Review and Herald, 24 de julho de 1883.
A Atratividade da Voz Humana – A voz humana que entoa a música de Deus vinda de um coração cheio de reconhecimento e ações de graças, é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos humanas. – Carta 2c, 1892.