Entre o Rock e a “Pantera Cor-de-Rosa”
por: Ministério Luzes da Alvorada
Uma coisa que se torna cada dia mais evidente é o fato de que, somando-se os diversos estilos musicais populares e até mesmo religiosos existentes, a bateria é o instrumento mais utilizado. Interessante, não é mesmo? E ela costuma ficar em local de destaque, geralmente no centro das bandas musicais, ou logo atrás dos instrumentos principais. Mas os tambores não são as únicas coisas com as quais devemos nos preocupar. Se observarmos bem veremos que muitos dos elementos causadores da metamorfose musical-religiosa dos nossos dias estão, de alguma forma, relacionados com estilos musicais como o rock e o jazz, entre outros.
Falando do Rock, por exemplo, podemos afirmar que esse estilo musical não seria o mesmo sem a guitarra elétrica. Se a bateria fica no centro da banda de rock, a guitarra fica na frente. Lembro-me de ter achado interessante quando me disseram, nos meus tempos de estudante de música, que a guitarra elétrica não era reconhecida pela Ordem dos Músicos do Brasil como um instrumento musical. De fato, se desligarmos a tomada elétrica, a guitarra vira um “peso morto”. Os tempos passam, as coisas mudam, mas uma coisa não muda: Depois da bateria, a guitarra é o principal elemento em uma música agressiva.
Por que as pessoas gostam da guitarra elétrica? Seu som lembra o rock, suas formas lembram o rock; suas cordas lembram o violão, mas ninguém se interessa em tocá-la em estilo clássico. Por que não a trocam pelo violão, tocando-o de maneira reverente? Certamente alguém vai dizer que o violão pode ser tocado de maneira tão irreverente quanto a guitarra. Isso é verdade. De fato, pode-se desvirtuar o louvor e profanar a casa de DEUS com qualquer instrumento, se o mesmo for tocado de forma inadequada. Mas não é isso que o adorador sincero e reverente deseja.
Vocês conseguiriam imaginar os louvores em um culto no céu ao som de guitarra elétrica? Daria para imaginar solenidade e reverência assim? Brincando um pouco com a comparação, se a bateria for a “carne de porco” ou o “leitão à pururuca”, a guitarra é a “pimenta”. Afastem de sua dieta musical tudo o que é impróprio e vocês terão uma vida espiritual mais saudável.
Outro instrumento com características duvidosas é o contrabaixo ou baixo elétrico. Resumindo o que encontramos a seu respeito nos livros Música na Igreja, de Jessé e Jenise Torres, e Adventismo Música e Eternidade, de Dario P. Araújo, podemos dizer o seguinte: Os sons de baixa freqüência e volume alto gerados por esse instrumento, especialmente quando associados ao som da bateria, afetam o líquido cerebrospinal, que, por sua vez, afeta diretamente a glândula Pituitária, ou Hipófise, que está bem no meio da cabeça. Seus hormônios, então, afetam todo o metabolismo do corpo, incluindo as glândulas sexuais, provocando um desequilíbrio anormal no organismo. E quanto maior o volume, maior o estrago. Tal efeito pode mesmo baixar as taxas de açúcar e cálcio no organismo e debilitar o poder de decisão. Não podemos deixar de considerar o fato de que a associação contrabaixo e bateria, tão característica da música popular e do rock, traz elementos de transe e hipnose.
Talvez não houvesse tanto mal, se o contrabaixo (sem bateria, é claro), fosse usado com pouquíssimo volume, talvez mais baixo que o piano, sincronizado com o mesmo, sem notas marcadas ou extravagantes, apenas complementando a harmonia. Mas, encaremos a realidade, não é assim que as pessoas desejam que o contrabaixo seja usado, é? Esse recurso só seria usado em um estúdio de gravação, por algum produtor musical menos extravagante. Cabe aqui a regra: Se não dá para usar sem provocar estragos, não use. Além disso, temos a silhueta roqueira do instrumento, que não se adapta muito bem a um ambiente solene.
Tanto o rock quanto o jazz, têm um a tremendo poder desmoralizante, com forte apelo ao sexo.
Um dos instrumentos que se adaptou ao jazz “como uma luva” foi o saxofone, que em certos casos poderia ser chamado “sexofone”. Algo semelhante tem acontecido, em certos casos, com o trompete, especialmente quando usado com abafador. Aqui é necessário fazer diferença: O trompete é o equivalente à trombeta, usada no templo, nos tempos bíblicos, enquanto o abafador é um recurso comum à música jazz.
Tanto o saxofone quanto o trompete, tocados ao estilo jazz, são usados com freqüência para embalar cenas de sedução e sensualidade em filmes de baixo calão moral. E não é preciso assistir a nenhum deles para comprovar, basta assistir a um desenho animado do Pica-pau ou da dupla Tom e Jerry, entre tantos, para ver que, quando qualquer personagem, seja do sexo feminino, ou do sexo masculino travestido, entrar em cena para seduzir outro, a música que irá tocar será um jazz, no qual se destaca o saxofone ou o trompete. E qual é o instrumento principal tocando o malicioso tema de abertura do desenho animado da Pantera Cor-de-rosa?
O que será que passa pela lembrança dos irmãos que se converteram, depois de anos envolvidos com o mundo, seja em contato com cenas imorais ou músicas como o jazz, quando vêem esses instrumentos sendo tocados na igreja de maneira um tanto grotesca?
Esses instrumentos deveriam ser proibidos? Creio que não. Eles podem ser bem usados? Sim. Da mesma forma, uma faca de açougueiro pode ser usada para descascar uma laranja, cortar carne ou matar alguém… É lamentável dizer, no entanto, que em 80% das apresentações musicais em que esses instrumentos estão envolvidos, especialmente no que diz respeito ao saxofone, os músicos os empunham e os tocam como se estivessem tocando jazz. Aqui é necessário mais do que promessas e palavras vazias de quem gosta desses instrumentos, é necessário seriedade e diferença do mundo, ou a santidade da igreja irá “para o espaço”.
Podemos resumir o que analisamos da seguinte maneira: Dos instrumentos musicais existentes, diversos são plenamente apropriados para o louvor, outros são aceitáveis quando usados totalmente fora dos padrões vulgares que os popularizaram e há outros ainda que, definitivamente, não servem para a adoração. Entendemos também que cultura, folclore e tradição não servem de referência para o que vamos apresentar diante de DEUS; do contrário estaríamos usando o berimbau nos nossos cultos, não é verdade?