A Música e o Fim do Tempo da Graça
por: Ministério Luzes da Alvorada
22 de outubro de 1844. Já faz tempo que se iniciou a última etapa do ministério de JESUS no santuário celestial, a qual precede a Sua volta em glória e majestade. Lamentavelmente, a realidade visível é que está se cumprindo na vida dos cristãos modernos a profecia do apóstolo Pedro, contida em sua segunda epístola, no capítulo 3, verso 4, onde ele prevê que nos últimos dias muitas pessoas diriam: “Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (II Pedro 3:4). De fato, esta profecia tem se cumprido, em certo sentido, até mesmo dentro da igreja, pois, temos vivido como se CRISTO fosse voltar daqui a muito tempo, sem sequer nos preocuparmos de que a morte poderia ceifar-nos hoje mesmo. Os que foram vítimas dessa tragédia pensavam que não precisariam se preocupar tanto, achando que isso não aconteceria com eles.
Apenas para avaliarmos a nossa própria condição e disposição espirituais, respondam uma pergunta para si mesmos: Na sua opinião, segundo a sua expectativa, quanto tempo falta, ou daqui a quanto tempo JESUS vai voltar? Essa pergunta não visa tentar calcular um prazo; visa apenas avaliar a nossa própria condição e a nossa expectativa, que poderia nos motivar a um preparo mais sério ou a um descaso inconsciente. Como está o nosso preparo? Estamos nos preparando como se Ele viesse em pouco tempo, ou vivemos como se Ele fosse demorar muito?
Ninguém pode calcular um prazo para a volta de JESUS. De fato, a pena inspirada nunca apoiou qualquer tentativa de fixar uma data para isso. Está escrito: “DEUS pôs sob o Seu domínio os tempos e as estações. E por que nos não concedeu DEUS esse conhecimento? Porque se no-lo concedesse, não faríamos dele uso correto. Desse conhecimento resultaria um estado de coisas tal entre nosso povo que retardaria grandemente a obra de Deus na preparação de um povo que subsista no grande dia que está para vir. Não nos devemos absorver com especulações relativas aos tempos e estações que Deus não revelou. Jesus mandou que os discípulos “vigiassem”, mas não por um tempo determinado. Seus seguidores devem estar na situação de quem espera as ordens do seu comandante; devem vigiar, esperar, orar e trabalhar à medida que se aproxima o tempo da vinda do SENHOR; mas ninguém poderá predizer justamente quando chegará esse tempo, porque “daquele dia e hora ninguém sabe”. Mateus 24:36. Não podereis dizer que Ele virá daqui a um ano, ou dois, ou cinco anos, nem deveis postergar a Sua vinda com declarar que não se dará antes de dez ou vinte anos. … Não nos é dado saber o tempo definido, nem do derramamento do ESPÍRITO SANTO, nem da vinda de CRISTO. Review and Herald, 22 de março de 1892.” – Evangelismo, pág. 221.
É desejo de nosso SALVADOR, contudo, que estejamos atentos aos sinais que indicam a aproximação de Sua volta. Prova disso é a tremenda quantidade de textos encontrados em toda a Bíblia, falando a respeito de Sua volta e dos sinais que a precedem.
O SENHOR JESUS afirmou: “Ao cair da tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Ora, sabeis discernir o aspecto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?” Mateus 16:2 e 3.
Há um sinal extremamente perigoso para nós e que tem recebido atenção, em certo sentido, de forma tremendamente errada: “E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” Mateus 24:14. Por que seria um sinal perigoso? Por que lhe daríamos atenção de maneira errada?
Este sinal se torna um perigo para a igreja quando, em vez de nos preocuparmos em pregar o evangelho para que JESUS volte logo, começamos a achar que falta muito ainda a ser feito para que o evangelho seja, realmente, pregado em todo o mundo. Somos assim, levados a dizer, inconscientemente, não em palavras mas em nossa maneira de viver: “meu SENHOR tarde virá”. Mateus 24:48. Seria esse o motivo de a igreja estar vivendo tão indiferentemente no que diz respeito ao preparo para a volta de JESUS?
Quando o evangelho for pregado a todo o mundo, não haverá mais tempo de preparo; o fim terá chegado e a porta da graça estará se fechando. De fato, o destino dos membros da igreja será decido bem antes disso, antes de o evangelho acabar ser pregado a todo o mundo.
A pregação do evangelho chegará ao fim somente depois do derramamento da Chuva Serôdia, a qual será derramada sobre a igreja durante a sacudidura. Essa sacudidura se divide em duas partes. A primeira parte se dará dentro da igreja, quando estiver ocorrendo um despertamento. Ellen White escreveu: “Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodicéia. Isto produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que determinará a sacudidura entre o povo de DEUS.” – Primeiros Escritos pág. 270.
O reavivamento será tão grande e significativo que “DEUS reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu ESPÍRITO” Serviço Cristão, pág. 253. Por outro lado, esse reavivamento despertará toda a fúria do inimigo, que partirá para o ataque direto contra a igreja, o que dará início à perseguição.
“A religião que em nosso tempo prevalece não é do caráter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de CRISTO e Seus apóstolos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da Palavra de DEUS tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo, é aparentemente tão popular no mundo. Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição.” O Grande Conflito pág. 48.
O inimigo não é tolo; não pensem que ele vai levantar qualquer perseguição contra a igreja enquanto ela estiver adormecida. A perseguição faria com que a igreja se despertasse, buscasse a ajuda divina, e isso ele não quer. Sabem qual é a coisa que o inimigo mais teme? “Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de DEUS desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o SENHOR possa derramar Seu ESPÍRITO sobre uma enfraquecida igreja.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 124.
Quando o inimigo perceber que está perdendo a batalha contra um reavivamento genuíno entre o povo de DEUS, sua fúria não conhecerá limites e ele se lançará com tudo o que puder contra a igreja. Será quando começará a segunda parte da sacudidura, quando começará a perseguição. Será então que a pregação do evangelho alcançará os confins da Terra.
“Quando a tormenta da perseguição realmente irromper sobre nós, … a mensagem do terceiro anjo se avolumará num alto clamor, e toda a Terra se iluminará com a glória do SENHOR.” Testimonies, vol. 6, pág. 401.
“Durante o alto clamor, a igreja, ajudada pelas providenciais interposições de seu exaltado SENHOR, difundirá o conhecimento da salvação tão abundantemente, que a luz será comunicada a toda cidade e vila.” Evangelismo, pág. 694.
Alguns, agora, ficarão surpresos: Não é quando a porta da graça se fecha que o destino dos Adventistas do Sétimo Dia serão decididos; é na sacudidura. Mas, o que causará maior surpresa ainda será a afirmação de que não é na segunda fase da sacudidura, na perseguição propriamente, que os casos estarão sendo decididos para a vida ou para a morte entre o povo de DEUS, será na primeira. A segunda fase da sacudidura apenas limpará a igreja daqueles que não receberam a Chuva Serôdia e ainda não saíram dela.
“Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente na exemplificação das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do ESPÍRITO SANTO na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos.” Testemunhos Para Ministros, pág. 507.
Mas, a Chuva Serôdia não será derramada enquanto não houver um reavivamento sério, verdadeiro, não um reavivamento de “faz de conta”. Ele será tão sério que “alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que determinará a sacudidura entre o povo de DEUS.” – Primeiros Escritos Pág. 270. Muitos não gostarão das mudanças espirituais que haverá na igreja e sairão dela. Interessante observar que, quando o ESPÍRITO SANTO for derramado, na Chuva Serôdia, a maior parte da igreja será formada por pessoas que saibam o que é ser cristão de verdade. Isso é impressionante.
“Antes de os juízos finais de DEUS caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do SENHOR, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O ESPÍRITO e o poder de DEUS serão derramados sobre Seus filhos.” O Grande Conflito, pág. 464.
“O grande derramamento do ESPÍRITO DE DEUS, o qual ilumina a Terra toda com Sua glória, não há de ter lugar enquanto não tivermos um povo esclarecido, que conheça por experiência o que seja ser cooperador de DEUS. Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de CRISTO, DEUS reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de DEUS.” – Serviço Cristão, pág. 253.
A preocupação da Igreja Adventista do Sétimo Dia, não deveria ser apenas a pregação do evangelho, mas a busca pessoal, por parte de cada membro, da presença de DEUS em suas vidas. Isso não quer dizer que devamos deixar de pregar o evangelho, de maneira nenhuma. Quer dizer que quanto mais perto de DEUS estivermos, mais poder receberemos do Céu. É o poder de DEUS, a direção do ESPÍRITO SANTO, que fará com que o evangelho seja, realmente, pregado a todo o mundo. Esforços humanos resultam apenas no que tem acontecido muitas vezes: Um grande número de pessoas sendo batizadas enquanto outras tantas deixam a igreja, seguindo pelo caminho da apostasia. Está escrito que “O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder.” Serviço Cristão Pág. 67.
Falta na igreja o que foi mencionado na profecia: “tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O ESPÍRITO e o poder de DEUS serão derramados sobre Seus filhos.” O Grande Conflito, pág. 464.
Esse “avivamento da primitiva piedade” depende do ressurgimento de duas coisas que desapareceram quase que completamente da igreja: Compaixão e Comprometimento. Essas duas palavras resumem muito mais do que podem aparentar. Querem ver como isso é verdade?
Quais são os seus melhores amigos não adventistas? Cite os nomes de alguns. Imagine, apenas imagine que você, de alguma maneira, ficasse sabendo do que vai acontecer com um daqueles seus amigos, que ele iria morrer, talvez em um atropelamento, um assalto, ou qualquer outra coisa, e você tivesse a possibilidade de evitar isso, o que você faria? Até que ponto você se esforçaria para salvar o seu amigo?
Se uma pessoa sabe de que a vida de alguém corre perigo, não faz nada para evitar e a pessoa morre, pela legislação de nosso país ela é seria condenada a uma pena de 1 a 3 anos de detenção por homicídio culposo. Isso está estabelecido nos artigos 18 e 121 do Código Penal.
Você sabia que a grande maioria dos seus amigos, muitos parentes, e a esmagadora maioria das pessoas com as quais você entra em contato todos os dias vai morrer? Para quantas dessas pessoas você já disse que “o salário do pecado é a morte”, que JESUS vai voltar em breve e que elas podem se salvar? Quantas pessoas que você conheceu morreram nos últimos 5 ou 10 anos? Quanta chance tiveram essas pessoas de mudar de vida? O que você está fazendo por seus amigos que vão morrer? Está escrito: “Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei.” Ezequiel 3:18.
Só que as coisas não acabam aí! Fazemos um tremendo esforço para conquistarmos a confiança de um amigo, darmos o primeiro folheto ou revista e depois convidarmos para ir à igreja. Quase fazemos uma festa quando o tal amigo aceita estudar a Bíblia; contamos para os irmãos da igreja, pedimos orações em favor dessa pessoa e fazemos “das tripas coração” para que se decida pelo batismo.
Quando vemos a pessoa descendo às águas batismais nos emocionamos, choramos, ficamos felizes, alguns ficam tão eufóricos que só faltaria soltarem fogos de artifício! “Missão cumprida; tenho mais uma estrelinha na minha coroa”.
A igreja, no começo, trata a pessoa como se fosse feita de vidro: com todo o cuidado porque é nova na fé! Com o passar do tempo, porém, quando a pessoa já faz “parte da turma”, não recebe o mesmo cuidado e atenção que antes.
Encaremos a realidade: Todas as pessoas que são cortadas da igreja, por quebra dos mandamentos de DEUS ou por apostasia, um dia passaram pelas águas batismais e foram recebidas da mesma maneira e com a mesma alegria.
Quantas pessoas estiveram preocupadas com o que estava acontecendo na vida espiritual daquele irmão? Quantas pessoas tiveram por ele o zelo e o cuidado que um mãe teria para com o filho que mais ama? Quantos amigos procurariam salvar a vida espiritual dessa pessoa como o fariam pela namorada ou pelo namorado? Para muitos, na igreja, aquela pessoa não passa de mais um caso perdido, mas continua sendo aquela mesma pessoa que trouxe tanta alegria para a igreja quando se batizou e continua sendo alguém por quem CRISTO morreu. Contudo, não falta indiferença no coração da maioria quando levantam as mãos naquelas reuniões tristes, para confirmar o voto da comissão da igreja, para excluir aquele pobre miserável.
O que essas pessoas significam para nós? Elas são almas ou troféus? Como cuidamos do seu crescimento espiritual? Quantas pessoas são batizadas sem terem recebido o devido preparo e entram muito fracas na igreja, deixando de ser atendidas pelos irmãos que deveriam torná-las fortes? Não é sem razão que muitos brincam, dizendo que costumamos abrir a porta da frente da igreja e esquecemos de fechar a porta dos fundos. Sim, para muitas pessoas, a passagem pela igreja tem sido tão rápida, que poderíamos ironizar que mal tiveram tempo de se sentar; passaram direto!
Isso não quer dizer que o pecado deva ser tolerado, de maneira nenhuma. O pecado TEM que ser chamado pelo nome correto. Mas não podemos nos esquecer de amar ao pecador. Muito sofrimento poderia ser evitado se nossa profissão de fé fosse viva o bastante para sabermos amar as almas por quem CRISTO morreu, e cuidar para que não se percam, seja por não terem sido advertidas, seja por não terem sido cuidadas. É essa a igreja que espera o derramamento do ESPÍRITO SANTO, que aguarda a Chuva Serôdia? Uma igreja que não tem comprometimento? É, é essa mesmo!
Mas não é só falta de comprometimento; é também falta de compaixão! Quantas pessoas sofredoras se decepcionam e dizem que não há amor na igreja! Quando uma pessoa diz isso, sempre se levanta alguém para dizer que as coisas não são bem assim, que isso não é verdade, que, na maioria das vezes, não passaria de um mal-entendido.
A grande verdade, porém, é que só fala isso quem nunca passou por dificuldades, precisou de ajuda e encontrou uma porta fechada! Muitas pessoas descobriram que a melhor forma de fazer os amigos desapareçam foi dizer para eles que estava passando por dificuldades. Nessas horas muitos amigos descobrem têm algum “compromisso importante” marcado. Quando aquele irmãozinho com problemas consegue falar sobre isso com alguém, a resposta é sempre a mesma: “Coitado! Eu vou orar por você. Você vai ver, DEUS vai te abençoar e vai dar tudo certo. Pode deixar, eu vou orar por você!”
Não bastando a culpa pela falta de compaixão, a maioria desses “especialistas” em oração acrescenta a culpa de se tornarem mentirosos, porque nem orar oram. Quando oram, muitas vezes, o fazem apenas para cumprir com a palavra, mas aquela oração não leva o sentimento sincero de seu coração. Se o irmão não foi “abençoado”, “que pena! Paciência; pelo mesmo minha obrigação eu fiz: orei por ele.”
Somos, muitas vezes, tremendamente hipócritas, pois vivemos citando textos bíblicos dos quais nem conhecemos o significados. Querem um exemplo? Tiago 2:17: “Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.” Para que usamos esse texto quando estamos dando um estudos bíblicos? Não é apara ensinarmos aos estudantes que devemos guardar os mandamentos, pois “a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”?
Quantas vezes já paramos para ler o verdadeiro contexto desse versículo? Vocês já se deram conta de que não é simplesmente da guarda dos mandamentos que o apóstolo está falando? Leiamos o texto todo, sem pular nada: “Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês tu que DEUS é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem.” Tiago 2:14-19.
Muitas vezes, quando lemos esse texto para ensinar a guarda dos mandamento a outras pessoas, o próprio DEUS pode estar dizendo a nosso respeito: “…repousas na lei, e te glorias em DEUS; e conheces a Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei… que tens na lei a forma da ciência e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo?” (Romanos 2:17-21) “devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas” (Mateus 23:23). “Pelas tuas palavras serás condenado.” (Mateus 12:37).
Quando lemos há, poucos minutos atrás, sobre um “avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos” (O Grande Conflito, pág. 464), alguns devem ter ficado curiosos, querendo saber como foi isso. Está escrito: “Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um”. Atos 2:44 e 45. “Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade”. Atos 4:32-35. A coisa era tão séria que, quando Ananias e Safira fingiram ter a mesma piedade, morreram pelo juízo divino. Atos 5:1-16.
Gandi disse, certa vez: “não sou cristão por causa dos cristãos”. Somos, aqui, obrigados a nos lembrar novamente das palavras da pena inspirada: “O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder.” Serviço Cristão Pág. 67.
Talvez alguns achem que esta mensagem é pesada demais. Deixem-me citar-lhes a resposta a isso vinda da pena inspirada: “… “És tu o perturbador de Israel?” … Há muitos professos cristãos que, se expressassem seus reais sentimentos, diriam: Que necessidade há de falar tão claramente? Seria o mesmo que perguntar: Que necessidade havia de João Batista dizer aos fariseus: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?” Lucas 3:7. Que necessidade tinha ele de provocar a ira de Herodias dizendo a Herodes que não lhe era lícito possuir a mulher de seu irmão? O precursor de CRISTO perdeu a vida por falar claramente. Por que não podia ele ter prosseguido sem incorrer no desprazer dos que estavam vivendo em pecado?
Assim homens que deviam permanecer como fiéis guardiões da lei de DEUS têm argumentado, a ponto de a astúcia tomar o lugar da fidelidade, e o pecado ser deixado sem reprovação. Quando será a voz da fiel reprovação ouvida uma vez mais na igreja?” – Profetas e Reis págs. 139-141.
“Há necessidade hoje da voz de severa repreensão, pois graves pecados têm separado de DEUS o povo. A infidelidade está depressa tornando-se moda.” Idem.
Falando ainda sobre o testemunho direto que determinaria “a sacudidura entre o povo de DEUS,” Ellen White escreveu ainda: “Vi que o testemunho da Testemunha verdadeira não teve a metade da atenção que deveria ter. O solene testemunho de que depende o destino da igreja tem sido apreciado de modo leviano, se não desatendido de todo. Tal testemunho deve operar profundo arrependimento; todos os que o recebem de verdade, obedecer-lhe-ão e serão purificados.” – Primeiros Escritos, pág. 270.
Está mais do que claro que é preciso que haja um reavivamento espiritual sério na igreja. Todos nós já entendemos isso perfeitamente. Paira, no entanto, na mente de muitos, a pergunta: Quando é que isso vai começar a acontecer? Quando a mais desejada de todas as mudanças irá ter seu início, para que o ESPÍRITO SANTO possa ser derramado sobre a igreja?
DEUS, é tão bom, tão misericordioso, tão cuidadoso com seus filhos, que deixou uma mensagem através da pena inspirada, dizendo quando estaríamos chegando perto, muito perto mesmo do fim do tempo da graça. Muitos podem estar espantados por ouvirem a afirmação de que há um sinal, contido nos escritos do Espírito de Profecia, que indica a proximidade do fechamento da porta da graça. Mas, isso não é nada! Vão ficar muito mais espantados ainda quando souberem que a profecia que anunciou a proximidade da terminação da graça, deixou como sinal a música que seria usada na igreja quando o fim estivesse às portas.
Dá para acreditar que a pena inspirada anunciou que, pouco antes do fim do tempo da graça, na igreja, haveria música barulhenta, chegando a ter gritos, que haveria tambores na música, e deu a entender ainda que a mesma teria ritmo de dança? Dá para acreditar que a mesma profecia anunciou que essas músicas deixariam as pessoas tão confusas, ao ponto de não saberem o que é certo ou errado, enquanto muitos diriam que as mesmas seriam obra do ESPÍRITO SANTO?
Alguns podem estar dizendo: “Não é possível! Não pode ser verdade que existe algo assim escrito!” Pois é verdade! Ellen White escreveu, por instrução divina que essas coisa “haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do ESPÍRITO SANTO.” Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 36.
Alguns devem estar de boca aberta, talvez imaginando se não haveria algum engano. Será que esse texto não se refere à musica do mundo ou de outras igrejas? A resposta é não! A pena inspirada advertiu que essa espécie de música “seria introduzida em nossas reuniões…” Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 36.
Eu pergunto: isso não parece familiar? Vocês nunca viram nada parecido? Músicas barulhentas, com tambores e em ritmo de dança dentro da igreja enquanto muitos dizem que isso é obra do ESPÍRITO SANTO?!
Alguém perguntaria: “Como pode ser isso se essas músicas são usadas até em semanas de oração e em reuniões de reavivamento espiritual?” A pena inspirada esclarece: “Os que participam do suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento… Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto.” Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 37.
Ela disse ainda que isso não é obra do ESPÍRITO SANTO; é de outro espírito. Vejam suas palavras: “O ESPÍRITO SANTO nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo.” Mensagens Escolhidas Volume 2, pág. 36.
Vocês já conheciam esse texto? “As convocações da igreja, como nas reuniões campais, as assembléias da igreja local, e todas as ocasiões em que há trabalho pessoal em favor das almas, são oportunidades determinadas por DEUS para dar tanto a chuva temporã como a serôdia.” Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 508.
Comparem o contraste do mesmo com este outro, falando sobre a música de nossos dias e digam se a mesma favorece para que a predição anterior se cumpra: “O SENHOR mostrou-me que seriam introduzidos em nossas reuniões campais teorias e métodos errôneos, e que a história do passado se repetiria. Senti-me grandemente aflita.
Fui instruída a dizer que, nessas demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens, trabalhando com todo o engenho que Satanás pode empregar para tornar a verdade desagradável às pessoas sensatas; que o inimigo estava procurando arranjar as coisas de maneira que as reuniões campais, que têm sido o meio de levar a verdade da terceira mensagem angélica perante as multidões, venha a perder sua força e influência. … Assim busca Satanás pôr seu selo sobre a obra que DEUS quer que se destaque em pureza…
“O ESPÍRITO SANTO nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons… Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para DEUS. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente.” Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 37.
Eu quero fazer a vocês uma pergunta: O que vocês achariam de fazemos uma coleta e comprarmos uma bateria para colocar aqui na sua igreja? Uma bem bonita, toda vermelha com bordas douradas?! Seria interessante? Quantos acham que seria uma boa ideia?
Respondam-me uma pergunta: Se não podemos colocar uma bateria dentro da igreja e tocá-la pra valer, com que direito a colocamos nas caixas acústicas da igreja, através de CDs e play-backs? Será que nosso DEUS é surdo? Ou será que “o que os olhos não vêem o coração não sente”?
Será que está certa, ainda, a nossa postura quando convidamos amigos para que venham à igreja para aqui aprenderem e se prepararem para o céu, mas lhes oferecemos um ambiente que irá acostumá-las a uma espécie de música que não existe lá? Não é o céu que deve se adaptar a nós, nós é que devemos nos adaptar ao ele, se é que queremos estar lá. Não podemos, ainda que bem intencionados, enganar às pessoas oferecendo-lhes um céu imaginário, com músicas parecidas com as que eles já têm no mundo. Para que elas precisariam vir para a igreja? Para serem diferentes? Diferentes de que, se pretendermos ser iguais ao mundo?
Vejamos o que nos diz a pena inspirada sobre isso: “Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço… ” Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 38.
Ainda na pág. pág. 36, do livro Mensagens Escolhidas vol. 2 Ellen White diz que “as forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do ESPÍRITO SANTO.”
A igreja está, hoje, totalmente desinformada. Algumas pessoas têm usado textos bíblicos, erroneamente, sem ter real conhecimento da verdade. Citam casos como o do transporte da arca para Jerusalém, nos dias do rei Davi, a cântico de Míriam, junto ao Mar Vermelho ou alguns versos no livro de salmos, sem saberem o que estão falando. Consideremos, rápida e resumidamente, apenas um dos casos: Ao citar o uso de tamboris e pandeiros, no caso do transporte da arca, essas pessoas não prestaram atenção no fato de que foi nessa ocasião que Uzá morreu pelo juízo divino, e nem no fato de que os tamboris e pandeiros foram tirados, não foram mais usados, no restante do trajeto, quando a arca foi, finalmente, levada até Jerusalém. Dessa forma, a desinformação e a vontade de satisfazer ao próprio gosto pervertido tem levado muitas pessoas a usarem outros textos ainda, para imporem suas próprias ideias, sem saberem que estão fazendo a obra do inimigo.
Essas pessoas não sabem que muitos escritores modernos, que não têm qualquer vínculo com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, homens de ciência, após cuidadosas pesquisas, têm afirmado que os tambores são elementos essenciais dos cultos pagãos, dizendo ainda que são a principal ferramenta para estabelecer “contato com o mundo dos espíritos”. Os defensores dos tambores nem ao menos sabem que Ellen White escreveu a esse respeito: “Esses … foram arrastados por um engano espírita.” – Evangelismo, p. 595. Teria sido sem razão que ela escreveu: “Fui instruída a dizer que, nessas demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens…”? Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 37.
Está escrito: “Não podeis beber do cálice do SENHOR e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do SENHOR e da mesa de demônios. Ou provocaremos a zelos o SENHOR? Somos, porventura, mais fortes do que Ele?” I Cor. 10:21-22.
“Coisa alguma há, mais ofensiva aos olhos de DEUS, do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte não são consagrados, não estão fazendo em seu coração melodia para o SENHOR… Não temos tempo agora para gastar em buscar as coisas que agradam unicamente aos sentidos.” Review and Herald, 14 de novembro de 1899. – Evangelismo, pág. 510.
A música chegaria (e chegou) às raias da idolatria. Ellen White escreveu: “A música é o ídolo adorado por muitos professos cristãos observadores do sábado. Satanás não faz objeções à música, uma vez que a possa tornar um caminho de acesso à mente dos jovens.” – Testimonies, vol. 1, p. 506.
Já observaram o que acontece quando são anunciados programas especiais de música? Se é um “Sé da Silva” vindo de sei lá onde, muitos preferem tirar a tarde de sábado para dormir ou passear. Mas, se é um grande “astro” ou “estrela” da “MPA”, a “Música Popular Adventista”, chegam até a organizar caravanas para que ninguém perca o “espetáculo”. Muitas vezes o irmão Sé da Silva, ou o conjunto “Sem Nome” da “Vila Sei Lá Onde”, cantam boas músicas, colocando todo o coração no que estão fazendo. Mas, como “não são ninguém”, talvez somente os anjos se importem realmente de estarem presentes e cantarem juntos.
Já no caso dos nossos grandes artistas, porque são famosos, têm vários CDs gravados, podem fazer qualquer “barbaridade” na frente que está tudo bem; eles são os tais! Em muitos casos, quando termina o exibicionismo, poucas palavras do barulho a que se chamou música podem ser lembradas. Não faltam, no entanto, aqueles que elogiam e pedem autógrafos, enquanto os demônios cantam vitória por mais um ponto que marcaram. Estamos procurando boas músicas e verdadeiro louvor a DEUS ou estamos correndo atrás de celebridades?
Alguém poderia dizer: Mas as pessoas precisam de novidades, de coisas novas, modernas, especialmente para “segurar” os jovens na igreja. Coitados dos nossos jovens! Parece que estão tentando coagi-los a irem para um céu que não agrada a alguns deles! E a liberdade de escolha, o livre arbítrio? Estaremos tirando deles um direito que o próprio DEUS não pretende tirar?
Na Revista Adventista de setembro de 1985 lemos: “Hoje parece que muitos, mesmo pastores, se acostumaram a conviver com a música popular religiosa no lar, na escola e na igreja. Não querem se indispor com algum compositor ou intérprete; temem tornar-se antipáticos aos jovens, ou algum administrador, evangelista ou líder J.A. Às vezes não sabem, não conhecem, e acabam também desenvolvendo o gosto e se esquecem da responsabilidade.”
“É, porém, dever de quem lidera saber que música é aceitável e qual não; jamais diminuir a importância do assunto; entender que o gosto nem sempre é guia seguro; e, sobretudo, saber que ‘pais cristãos e líderes da Igreja prestam um grande desserviço aos jovens quando obscurecem a distinção entre a música aceitável e a não aceitável, e toleram uma baixa qualidade de música e apresentação dentro do contexto da igreja, a fim de manter os jovens na igreja!”
“A igreja nunca presta um serviço ao pecador comprometendo-se com o mundo. É melhor que os não regenerados permaneçam fora da igreja até que se submetam aos princípios da igreja, do que ela se tornar semelhante ao mundo, alistando como membros aqueles que desejam trazer suas normas, seus costumes e gostos” – Pastor Kenneth Wood – Citado pelo Pr. e Prof. Dario P. Araújo. (clique aqui para acessar o artigo original)
Falando ainda a respeito da música, ainda na pág. 38 do livro Mensagens Escolhidas, vol. 2, Ellen White disse que “a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o SENHOR lhes dera.” Ela disse ainda que “é melhor NUNCA ter o culto do SENHOR misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões…” Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 36. – grifo nosso.
A desinformação é gigantesca. Quantos dos leitores sabiam, por exemplo, que a Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia tem um documento oficial falando sobre a música, votado e aprovado, denominado Filosofia Adventista de Música? Sabem há quanto tempo esse documento existe? Há “apenas” 32ANOS! Desde o Concílio Outonal de 1972.
E não adianta, simplesmente, querermos lançar a culpa sobre a liderança da igreja. Todos estamos no mesmo barco, todos temos o mesmo problema para enfrentar. Imaginem o que aconteceria se viesse uma ordem de alguma associação, para que fosse feita uma mudança radical na música da igreja, o que aconteceria? O pastor transmitiria o recado e seria, imediatamente, considerado radical, extremista, “linha dura”, etc. O que tem que ser feito é exatamente o que está sendo feito com este trabalho: A igreja tem que ser orientada, conscientizada, informada sobre a verdade, com todos os detalhes. Então sim, igreja e ministério, poderão trabalhar juntos, de mãos dadas, para que a música possa, realmente, melhorar. O primeiro passo é a informação e o conhecimento.
Considerem estas palavras, do livro Música, Adventismo e Eternidade, do Pastor e Professor Dario Araújo: “A Testemunha Fiel e Verdadeira observa e nota com pesar que nem um em vinte está preparado para a trasladação. … Apesar de saberem que o caráter e os gostos não serão transformados pela ressurreição ou trasladação, não estão preocupados em já se acostumarem aqui com as coisas celestes. De tanto permitirem que sua mente e sensibilidade sejam queimadas com a música mundana de hoje, “as vozes dos anjos e a música de suas harpas não lhes agradariam. Para sua mente, a ciência do Céu seria um enigma” (Parábolas de JESUS pág. 364). Baterias, guitarras, saxofones, contrabaixos, sintetizadores em ritmos loucos fizeram com que seus conceitos de beleza descessem tanto que são agora incapazes de apreciar a beleza dos coros celestes…. Aqueles que se apegaram ao gosto pela música híbrida e desvirtuada, não achariam a música do céu “legal”, e por isso lá não estarão.” Música, Adventismo e Eternidade – págs. 81 e 82.
“A crise aproxima-se rapidamente. Quase é vindo o tempo da visitação de DEUS…. A ordem é: “Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.” Ezequiel 9:4. Esses que suspiram e gemem haviam estado a pregar as palavras da vida; haviam reprovado, aconselhado e suplicado. Alguns dos que estavam desonrando a DEUS, arrependeram-se e humilharam o coração diante dele. Mas a glória do SENHOR apartara-se de Israel; se bem que muitos ainda continuassem as formas da religião, faltava Seu poder e Sua presença. …
“Ao passo que outros procuram lançar uma capa sobre o mal existente, e desculpam a grande impiedade reinante em toda parte, os que têm zelo pela honra de DEUS e amor pelas almas, não se calarão a fim de granjear o favor de ninguém…. Lamentam-se e afligem sua alma porque se encontram na igreja orgulho, avareza, egoísmo e engano quase de toda espécie. O Espírito de DEUS, que impulsiona a aceitar a reprovação, é espezinhado, ao passo que os servos de Satanás triunfam. DEUS é desonrado, a verdade tornada de nenhum efeito.
“A classe que não se entristece por seu próprio declínio espiritual, nem chora sobre os pecados dos outros, será deixada sem o selo de DEUS. O SENHOR comissiona Seus mensageiros, os homens que têm armas destruidoras nas mãos: “Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.” Ezequiel 9:5 e 6.
“Vemos aí que a igreja – o santuário do SENHOR – foi a primeira a sentir o golpe da ira de DEUS. Os anciãos, aqueles a quem DEUS dera grande luz, e que haviam ocupado o lugar de depositários dos interesses espirituais do povo, haviam traído o seu depósito…. Os tempos mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a incredulidade, e dizem: O SENHOR não fará bem nem mal. É demasiado misericordioso para visitar Seu povo em juízos. Assim, paz e segurança é o grito de homens que nunca mais erguerão a voz como trombeta para mostrar ao povo de DEUS suas transgressões, e à casa de Jacó os seus pecados. Esses cães mudos, que não querem ladrar, são aqueles que sentirão a justa vingança de um DEUS ofendido. Homens, virgens e crianças, todos perecerão juntos…
“Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de DEUS. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes.” – Testemunhos Seletos Vol. 2 – Págs.: 64 – 69.
Que decisão tomaremos? Ficaremos esperando mudanças que não buscamos, pelas quais não lutamos? Continuaremos pregando “CRISTO vem, prepara-te”, enquanto vivemos como se não tivéssemos pressa de que Ele realmente venha? Quantos, aqui, desejam começar hoje uma séria mudança em suas próprias vidas, um trabalho de preparo realmente sério? Quantos aqui desejam saber mais, para poderem se preparar melhor para o derramamento da Chuva Serôdia e para os eventos finais? Que DEUS nos ajude a vivermos à altura da fé que professamos.