Escola “P.S. Louvor”: Onde Encontramos Verdadeiros Adoradores!

por: Davy Maia

Na minha opinião, todo cristão deveria aprender na “P.S Louvor”.

Com a “P.S. Louvor”, vamos muito além do que simplesmente cantar. Seus instrutores nos ensinam a ter um compromisso verdadeiro com a palavra de Deus, e com o Deus da palavra.

Lá, aprendemos a:

  • Ter amigos,
  • Edificar a igreja,
  • Anunciar o evangelho,
  • Ganhar almas, batizar,
  • Ser sensível à voz do Espírito Santo,
  • Obedecer,
  • Orar,
  • Ser servos do Deus Altíssimo,
  • Expulsar demônios,
  • Sofrer se necessário for por amor ao Evangelho,
  • Crer que o Senhor sempre está conosco suprindo e nos livrando do mal,
  • Cantar hinos a Deus em todo tempo,
  • Atribuir glória de Deus mediante o louvor e
  • Ter intimidade com Deus

Nesta escola, pode-se chegar a um nível mais alto de intimidade, amor e fé, ao ponto de dizer: “Nada poderá nos separar do amor que está em Cristo Jesus“. (Romanos 8:35-39). Mas, para se chegar a este nível, é preciso ser um servo autêntico, ou seja, servir incondicionalmente, abrindo mão dos seus direitos para que todos possam ter acesso ao evangelho.

“P.S. Louvor” significa ser uma igreja generosa, onde dar é melhor do que receber e, abençoar significa ser abençoado. Lá, o evangelho não tem preço, as pessoas se dão completamente por amor a Cristo e pelas almas perdidas. Ali, não se faz acepção de pessoas. O prazer de seus professores é agradar a Cristo acima de qualquer coisa.

Ali, é possível encontrar verdadeiros adoradores. Nessa escola, sofrimento algum nos impede de cantar louvores a Deus.

“P.S. Louvor”, não corre atrás de reconhecimento e nem de glórias humanas. Lá, acabam-se discussões, tais como: [“Quem vai cantar hoje?”]; [“Quem vai tocar hoje?”]. Afinal, todo dia e momento deve-se cultuar a Cristo, [não as obras humanas][1].

Na verdade, a “P.S. Louvor” não é para todos, mas sim para aqueles que adoram ao Pai “em espírito e em verdade” (João 4:23-24), isto é, no muito ou no pouco, na enfermidade ou saúde, em segurança ou em perigo, na tranqüilidade ou tribulação, aquecido ou com frio, com bons ou falsos irmãos. Nada é [um impedimento] para adorar […] a Deus [em espírito e verdade][2].

Na “P.S. Louvor” se vai além do aprendizado, ali se cresce na Presença do Senhor. Gera-se, neste lugar, ministros verdadeiros, que renunciam à sua vida, a fim de viver a vida de Cristo. Ali, é o fim das picuinhas, briguinhas, fofocas e mágoas. Lá, se combate o bom combate, se guarda a fé e se completa a carreira que Deus propôs para sua vida e, [assim,] o Reino de Deus é colocado em primeiro lugar.

Talvez, você esteja interessado em saber o que é a “P.S. Louvor”[, onde ela fica e como se inscrever nela].

Está bem! Chegou o momento de saber: “P.S. Louvor” são dois cantores, ou melhor, são muito mais que isto, são dois adoradores [nos quais] todo cristão deveria se espelhar. A vida deles é uma lição para nós. Ao ler a história deste dois homens de Deus, fui tremendamente tocado [com a maneira como adoraram ao Senhor, em um momentos tão delicado de suas vidas].

“P.S. Louvor”, são as iniciais de Paulo e Silas, homens comprometidos verdadeiramente com o Reino de Deus, e que por mais que passassem por lutas ou provações, não desistiam e nem desanimavam, e por mais que pudessem se abater estavam prontos para louvar, bendizer e confessar o nome do Senhor. Eles eram servos autênticos, que conheciam verdadeiramente o Deus ao qual serviam.

Como diz o relato Bíblico:

“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.
E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas, e os levaram à praça, à presença dos magistrados.
E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade,
E nos expõem costumes que não nos é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos.
E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas.
E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança.
O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.”
(Atos 16:16-25.)

Conforme os versículos acima, Paulo e Silas expulsaram o espírito de adivinhação de uma jovem. Esta, por sua vez, dava lucros a alguns homens que se aproveitavam das suas adivinhações. Estes homens maus intencionados tiveram seu negócio de adivinhação falido, por causa da atitude que Paulo e Silas tiveram de libertar aquela jovem daquele espírito. Estes homens maus levaram Paulo e Silas para a praça e os apresentaram aos oficiais romanos. Eles induziram a multidão a se rebelar contra Paulo e Silas. Os oficiais romanos despiram Paulo e Silas, rasgando-lhes as vestes, os açoitaram, lançaram no cárcere interior, onde prenderam seus pés em um tronco.

Imagine se fosse eu e você nesta situação.

A Bíblia diz que perto da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus. […]  A Bíblia, não nos relata quais hinos eles entoavam, então, tomei a liberdade de imaginá-los cantando o hino “MAIS PERTO QUERO ESTAR”. Pense comigo: Paulo e Silas, rejeitados pela multidão, envergonhados, pois tiveram suas vestes rasgadas, apanharam com muitos açoites, foram colocados em uma posição desconfortável, pés presos em um tronco, costas sangrando, todo corpo machucado e dolorido. Porém, podia-se ouvir em meio a escuridão, as vozes destes ministros extremamente apaixonados por Cristo, talvez, cantando algo parecido com isto:

Mais perto quero estar, Meu Deus de Ti
Ainda que seja a dor que me una a Ti
Sempre hei de suplicar, mais perto quero estar
Mais perto quero estar Meu Deus de Ti”.

Como servo de Deus, Paulo e Silas me fazem refletir [sobre] minhas motivações: [“Será que eu deveria perder o ânimo de forma tão constante?”].

Hoje, muitos músicos não têm a vida alicerçada na palavra de Deus, não oram, não lêem a Bíblia, não jejuam, não ficam a sós com Deus [e, portanto, não sabem realmente o que significa a vontade de Deus, muito menos o conteúdo dela]. [Assim], na primeira adversidade, se quebram facilmente como cascas de ovo. Eles demonstram estas fragilidades, através de insubmissão, rebeldia e orgulho, querem competir ao invés de servir e serem o menor. Quando, por algum motivo, não são escalados para tocar ou cantar, se magoam com facilidade, ficam ofendidos e alguns até acabam abandonando o ministério, não consultando a Deus para ver se a decisão que estão tomando está [de acordo com a] vontade dEle.

Estes, fazem e esperam do homem ao invés de fazer e esperar no Senhor. Eles não estão construindo sua casa na rocha que é Jesus, pois aqueles que têm sua vida e ministério construído em Cristo, jamais se deixaram levar por lutas que possam surgir, estando plenamente seguros em Deus, sabendo que nada poderá apagar aquilo que Deus tem para as suas vidas!

Paulo e Silas cantaram louvores, porém seus corpos estavam marcados por um instrumento chamado açoite. Em suas costas estava o compasso e o ritmo de cada chibatada, as notas eram ouvidas todas as vezes que as pontas das varas os tocavam, sem contar, a harmonia produzida pelo grande coral chamado multidão que havia se levantado contra eles, acusando e humilhando. Contudo, isto apenas serviu de estímulo para que Paulo e Silas se agarrassem mais e mais em Jesus: eles oraram e cantaram para Deus, em meio às adversidades..

Na “P.S. Louvor”, aprendi o que é verdadeiramente negar a si mesmo e seguir a Cristo. O que é morrer para o mundo e ser amigo de Deus. A Escola “P.S. Louvor”, “Paulo e Silas LOUVOR” foi apenas um nome imaginário que criei.

Por outro lado, fico a pensar: E se Paulo e Silas estivessem aqui hoje, e decidissem abrir uma escola com o intuito de nos desafiar a viver a vida que eles viveram. Será que seriamos alunos? Será que nos matricularíamos nela? E se nos matriculássemos, seriamos aprovados?

Paulo e Silas não foram apenas [cantores na multidão (ou das mumtidões)], eles entregaram completamente suas vidas e talentos para Deus! [Entregaram sua vida a tal ponto,] que cada luta e cada combate era uma oportunidade de também refletir a glória de Deus.[3]

[Tinham] neles o mesmo sentimento que teve Cristo Jesus, que se humilhou e se esvaziou de si mesmo. Eles eram servos verdadeiros, a paixão que sentiam por Jesus estava acima de qualquer coisa. A graça de Cristo era tudo para eles, o viver era Cristo e o morrer era lucro.

Que o Senhor nos desperte a sermos muito mais do que meros músicos ou cantores. Que sejamos acima de tudo verdadeiros adoradores, assim como foram Paulo e Silas.


Notas:

[1] Todos os termos entre [colchetes] são adições dos editores do Música Sacra e Adoração, não constando do artigo original. (Nota dos editores do Música Sacra e Adoração).

[2] NADA deve ser um impedimento para que o ser humano se aproxime de Deus, todavia, lembramos que, de acordo com Filipenses 2:13, “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”. (Nota dos editores do Música Sacra e Adoração).

[3] Note-se que Paulo e Silas não receberam os louvores humanos. Ao contrário disso, foram perseguidos, açoitados e presos. Talvez isso seja um bom exemplo dos desvios trilhados pela música e adoração em nossa igreja hoje! O que vale mais? Os louvores humanos de “casa cheia” ou seguir o “assim diz o Senhor”?. (Nota dos editores do Música Sacra e Adoração).