É a Música Neutra em Si Mesma?

por: Ministério Luzes da Alvorada

Experiências foram realizadas em clínicas para doentes nervosos, onde os pacientes foram submetidos a diferentes tipos de músicas em seus ambientes usuais, durante a terapia ocupacional. Todos estavam tranqüilos enquanto a música era suave, ficando proporcionalmente mais agitados conforme as músicas eram substituídas por outras também mais agitadas. O número de pessoas irrequietas foi aumentando gradualmente, chegando ao ponto da agressão quando a música era o rock. Quando, porém, aquelas músicas foram novamente substituídas por música suave a situação voltou à normalidade.

A ciência médica descobriu que a música não é assimilada pela mesma parte do cérebro que compreende a comunicação verbal, o córtex cerebral. A música, na realidade, não depende do sistema nervoso central para penetrar no organismo. Através do tálamo, que é a parte do cérebro que recebe os estímulos das emoções e sensações, ela exerce sua influência sobre o organismo sem ser controlada pela inteligência ou pela razão. Por isso, a musicoterapia é hoje uma ferramenta importantíssima para a medicina no tratamento de pessoas mentalmente enfermas que não podem se devidamente alcançadas pela comunicação verbal.

Ouçam as palavras de Jean Maas, musicoterapeuta, transcritas do livro O Poder Oculto da Música: ‘A música é o maior poder que já experimentei. Duvido que alguma coisa iguale o seu poder de agir sobre o organismo humano’.” – págs. 170 e 171

No livro Música na Igreja, pág. 22, a Professora Jenise Torres cita as palavras de Martinho Lutero a respeito da música: “por ela são controladas todas as emoções … aquele que não a enxerga como um inexplicável milagre de DEUS é certamente um imbecil, e não merece ser considerado ser humano!”

Para aqueles que consideram as palavras de Lutero um absurdo, citamos as palavras de um artigo da Review and Herald: “Se a reação de uma pessoa se limita a ‘eu gosto disto’ ou ‘isto me faz sentir bem’, ela não pode pretender haver reagido num nível superior ao de qualquer animal ou de pessoas mentalmente retardadas.” – Música na Igreja Pág. 9.

Dos resultados de experimentos científicos realizados com animais, dentre tantos, podemos citar, por exemplo, que, ao ouvir música suave, as vacas dão muito mais leite e as galinhas botam mais ovos. O oposto ocorre sob a influência de músicas como o Rock.

Seria possível que nós, seres humanos bem dotados e desenvolvidos, tenhamos sensibilidade inferior à dos animais? Seria possível que o raciocínio superior do homem acarretasse uma perda de sensibilidade dessa natureza, tornando-nos imunes aos efeitos da música? Seria possível, ainda, que nós, seres humanos racionais, estejamos menos interessados em avaliar o que ouvimos que as plantas?

No livro O Poder Oculto da Música, David Tame relata as experiências realizadas com diversas plantas por Dorothy Retallack (de Denver, Colorado). Ela as separou em três diferentes grupos. Um grupo ficou exposto à música rock, outro à música tranqüila, mais ao estilo clássico ou sacro, e terceiro grupo ficou sem música. Apenas dez dias após o início da experiência, as plantas submetidas ao rock estavam, todas, inclinando-se na direção oposta ao som e, no final de três semanas, estavam definhando. As plantas que não ouviram música estavam maiores e suas raízes mais compridas que as anteriores. Quanto às que ficaram expostas à musica suave, não somente cresceram mais do que as que ficaram no silêncio, mas também se inclinavam na direção do som. Poderíamos dizer que as plantas têm bom gosto?

Citemos as próprias palavras da pessoa que realizou a experiência que acabamos de descrever: “Se a música de rock tem um efeito desfavorável sobre as plantas, não será essa mesma música, ouvida durante tanto tempo e com tanta freqüência pela geração mais jovem, parcialmente responsável pelo seu comportamento irregular e caótico?’ E: ‘Poderiam ser os sons discordantes que ouvimos nestes dias a razão por que a humanidade está ficando cada vez mais neurótica?.” O Poder Oculto da Música – pág. 156, citado em Música na Igreja pág. 36.

O Dr. Max Schoen em seu livro The Psichology of Music na pág. 95 diz: “A música é o estímulo mais poderoso que conhecemos para os sentidos de percepção. As evidências acerca da não-neutralidade da música nos campos médico e psiquiátricos, dentre outros, é tão esmagadora que fico de boca aberta quando alguém procura me convencer do contrário” – citado em Música na Igreja pág. 30.

Eu pergunto a vocês: Uma Orquestra Sinfônica consegue tocar um samba igual a um grupo de pagode? É fácil encontrarmos uma banda de jazz que seja capaz de tocar uma música sacra antiga de maneira reverente? Seria benéfico deixar tocando a música tema do filme Tubarão na sala de espera de um dentista ou a trilha sonora de um filme de terror para os passageiro de um avião?

Você não pode, conscienciosamente, responder sim a estas perguntas! Consequentemente, não podemos, jamais, aceitar a ideia de que a música seja neutra. Se escolhemos as músicas de maneira que elas produzam algum tipo de efeito ou para evitar algum efeito indesejável, é porque ela não é neutra.

Os que estudam música sabem que, por definição, a música é a arte da comunicação através do som, vejam, do som, e não das palavras; logo, não adianta nada colocarmos uma letra um pouco mais saudável em uma música imprópria.