Velocidade
do som no ar
(Determinação I)
Prof.
Luiz Ferraz Netto
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Apresentação
Ordinariamente, obtém-se a velocidade do som no ar, na
temperatura ambiente, pelo método da coluna de ar ressonante. Nessa técnica,
utiliza-se uma fonte sonora de freqüência conhecida, que pode ser um
simples diapasão, ou um diapasão entretido (que mantém as oscilações
eletromagneticamente), ou ainda um alto falante (acoplado a um amplificador
e a um gerador de áudio freqüência). As ondas sonoras produzidas por
essa fonte são encaminhadas para uma coluna de ar de altura ajustável. O
ajuste da altura da coluna de ar é feito, via de regra, por técnica
hidrostática. Detalhemos isso:
Material
1
Proveta
de 1000 ml
diapasão de freqüência conhecida (435 Hz)
martelo de borracha
régua de 1m
tubo de borracha de 2 ou 3 mm de diâmetro interno
prendedor de roupa
Montagem
1
Procedimento
1
Encha quase completamente a proveta com água. Monte um sifão com o tubo
de borracha (use o prendedor de roupa para fixá-lo junto á borda da
proveta).
Segure o diapasão bem perto da boca da proveta e vá batendo com o martelo
de borracha no diapasão enquanto a água da proveta escoa lentamente via
sifão. Observe quando começa a ocorrer o fenômeno da ressonância e o
momento em que essa torna-se máxima. Pela própria graduação da proveta
você poderá saber qual o nível da água quando ocorrer a ressonância máxima.
Anote esse nível.
Sabemos
que a ressonância máxima é obtida quando se forma uma onda estacionária
na coluna de ar dentro da proveta. Justifique essa afirmativa.
Lembrando que você foi esvaziando a proveta lentamente e encontrou pela
primeira vez a condição de ressonância máxima, responda
---"Quantos nós e quantos ventres são formados na coluna de
ar?". Será possível obter ressonância máxima para outras alturas
dessa coluna de ar? Experimente e explique.
Para
a primeira ressonância temos: h = l/4,
onde h é a altura da coluna de ar acrescida de 0,6 do raio da proveta
(porque o ventre forma-se um pouco acima da boca da proveta). Como v = l.f,
resulta v = 4.h.f, onde v é a velocidade do som no ar e f é a freqüência
do diapasão (conhecida).
Repita
a experiência pelo menos 5 vezes, ache a média aritmética dos valores de
h e calcule v. Para saber se seu resultado é aceitável, lembre-se de que
a velocidade do som no ar, a 20 oC, é cerca de 340 m/s.
A
mesma experiência pode ser feita também com um tubo de vidro aberto nas
duas extremidades (obtido a partir do tubo de uma lâmpada fluorescente de
20 ou 40 W), como se ilustra a seguir:
Movimenta-se
com a mão o tubo e o diapasão simultaneamente até obter a ressonância máxima.
Mede-se a altura h várias vezes e acrescenta-se também 0,6 do raio do
tubo. Se o tubo for suficientemente comprido (caso do tubo da lâmpada
fluorescente de 40 W), pode-se obter outros pontos de ressonância e medir
uma altura h que corresponde a 3/4 do comprimento da onda.
Material
2
Longo recipiente cilíndrico
de plástico ou acrílico,
tubo de borracha,
reservatório comunicante de plástico,
alto falante + amplificador + gerador de áudio,
água, régua.
Montagem
2
Procedimento
2
Acima ilustramos nova montagem, onde
adotamos como fonte o conjunto gerador de áudio + amplificador + alto
falante. Uma vez fixada a freqüência f,
abaixa-se lentamente o nível de água (mediante abaixamento do reservatório
comunicante) até perceber-se, auditivamente, o reforço sonoro determinado
pela condição de ressonância.
Nessa 1a
ressonância, o ar da coluna, vibra no modo fundamental, onde o comprimento
da coluna é igual à quarta parte do comprimento de onda (L = l/4);
escrevemos:
L = l/4
ou l
= 4L
De
V = l.f
obtemos:
V = 4Lf
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