A Forma da Adoração / Palestras e Sermões em Vídeo

A Música nos Últimos Dias – Parte 4/4

Vigiar e Orar ou Dançar e Tocar

por: Karl Tsatalbasidis



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Atualização

em 03/07/2020

Após muito tempo de espera, finalmente o livro Bateria, Rock e Adoração foi traduzido para o Português e está disponível através da Editora Luz do Mundo.

Acesse o link https://www.editoraluzdomundo.com.br/bateria-rock-e-adoracao para ver mais detalhes.

ATENÇÃO: Não se assuste com o baixo preço deste livro. Não está errado. O preço é irrisório, porque a ideia é que as pessoas que o adquirem pagam apenas o frete.


Transcrição da Tradução

Eu olho para o Pastor
Ele satisfaz todas as minhas necessidades
Ao lado de águas tranquilas
Guia-me fielmente
Trazendo paz a minha alma
Enquanto Seu amor me completa

Certamente bondade e misericórdia
Me seguirão,
Me seguirão,
Todos os dias de minha vida

E quando no vale
Do mais profundo desespero
Eu confio no Pastor,
Sua presença está lá.
Trazendo paz a minha alma
Enquanto Seu amor me completa

Certamente bondade e misericórdia
me seguirão,
Me seguirão,
Todos os dias de minha vida
Certamente bondade e misericórdia
me seguirão,
E habitarei na casa
Na casa do Senhor
Toda a minha vida


Bem vindos hoje à nossa quarta e última sessão. O título de nossa palestra é “Vigiar e Orar ou Dançar e Tocar.”

Vocês viram três quartos da minha família aqui. Eu tenho um filho que se chama Dino e ele está no mesmo caminho, está aprendendo a tocar violino e piano, embora ainda não esteja como a sua irmã. Mas ele está no mesmo caminho e tenho orgulho dele também.

Então, agradeço ao Senhor pelo que Ele tem feito por minha família e pelo apoio que ela me tem dado neste ministério.

Ao continuarmos e concluirmos este seminário “A Música nos Últimos Dias” vamos nos concentrar no assunto da dança. “Vigiar e Orar ou Dançar e Tocar?”

Em uma de nossas publicações alguém disse que tudo o que você precisa fazer é olhar uma concordância bíblica por cerca de 30 minutos para descobrir que a dança é uma forma aceitável de adoração. Bem, vamos dar uma olhada bem de perto sobre o que a Bíblia tem a dizer acerca da dança.

Existem algumas coisas que podemos notar logo à primeira vista. Sempre encontraremos a dança sendo feita, na maior parte das vezes, depois de uma vitória militar. Miriam dançou depois que Deus abriu o mar Vermelho (Êxodo 15:20). As mulheres dançaram depois que Davi … elas cantaram ‘Saul feriu os seus milhares, porém, Davi os seus dez milhares’ (I Samuel 18:7) e dançaram depois que ele fez isso. A filha de Jefté dançou depois que ele teve uma grande vitória militar na batalha (Juízes 11:34).

Vamos voltar a este assunto e à sua importância. Cada batalha no Antigo Testamento profetizava de três eventos principais. Esses eventos são: a crucifixão de Cristo, a batalha do Armagedom, parte 1, que está prestes a ocorrer, entre Babilônia e o remanescente, e a batalha do Armagedom depois do milênio, quando a Nova Jerusalém desce e os ímpios tentam atacar a cidade e fogo desce do céu e os devora.

Este será um estudo fascinante, posso prometer-lhes isso.

Miriã dançou, Davi dançou e em Salmos 149:3 e 150:4 está escrito para louvá-Lo com danças. Salomão disse que há “tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar” (Eclesiastes 3:4). Então, porque não instituímos a dança em nossos cultos religiosos?

Já falamos anteriormente sobre cosmovisão. Cosmovisão é um conjunto de crenças que mantemos acerca das questões mais importantes da vida. E elas se expressam através de nossa adoração. Então adivinhem: a dança também expressa uma cosmovisão.

Em Êxodo 32, de volta ao bezerro de ouro, no verso 19 Moisés vê o bezerro e as danças. Mais uma vez, o culto de adoração que ocorreu ali não surgiu num vácuo. Os fundamentos filosóficos e teológicos foram estabelecidos no verso 1 e no verso 4 e nos versos 5 e 6. Eles dizem: “Amanhã será festa ao Senhor”, “e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar”, é assim que diz.

Então eles tiveram um culto de adoração com música que apelava às paixões da carne, em volume muito alto, levando o povo a quebrar seu auto-controle e a dançar. Assim, a dança era uma expressão de uma cosmovisão egípcia.

Eu fui criado em uma cultura onde havia muita dança. Às vezes íamos à igreja e em cima da igreja … a igreja era construída no piso térreo e então, no piso superior, vocês sabem, a gente aproveitava, depois do culto. Ocorria todo tipo de celebração.

Os tipos de danças que eram realizados eram muito patrióticos, e indicativos dos ideais pelos quais alguns dentre o povo grego haviam lutado. Não era simplesmente uma dança. Aquela dança expressava a filosofia daquela aldeia em particular, ou daquela região da Grécia.

Não podemos separar o fenômeno da dança de sua cosmovisão. E esses relacionamentos são destacados em Êxodo 32.

Mesmo que exista um tempo para dançar, temos que examinar a nós mesmos acerca da forma da dança, porque a forma da dança, assim como a forma da música, é um indicativo do Deus a quem nós adoramos.

Não podemos dizer que a única coisa errada com a dança diante do bezerro de ouro é que eles estavam adorando um ídolo. Esta não é a única coisa que estava errada. A dança e o culto de adoração estavam vinculados a todas aquelas filosofias; é um pacote completo, senhoras e senhores.

Em Números 25 temos a mesma coisa. Quando os filhos de Israel foram parados em seu caminho, perto de Baal-Peor. Lemos numa passagem do Espírito de Profecia no livro Patriarcas e Profetas que eles foram, ‘iludidos pela música e dança’. Mais uma vez, aquela dança era uma expressão da cultura moabita e da teologia e filosofia moabitas. Tudo isso é apresentado como um pacote completo.

Música e danças comunicam mais do que apenas ritmo, melodia e harmonia; também comunicam teologia e filosofia. Então, mesmo que haja um tempo para dançar, não podemos simplesmente usar qualquer forma, porque a forma é um indicativo do Deus a quem adoramos.

A forma usada em Êxodo 32 estava relacionada com o deus a quem eles adoraram. Quando Miriã dançou, ela não dançou da mesma forma que eles dançaram no bezerro de ouro.

Mas quando é o ‘tempo para dançar’? Foi isso que o sábio disse… existe um tempo… É depois de uma vitória importante.

Em Gênesis 15:12-14, Deus advertiu a Abraão que seus descendentes seriam escravos no Egito, mas também que eles sairiam do Egito com muitos bens. Depois, Moisés chegou e disse: ‘Deixa meu povo ir’. Ele não os deixou ir, Deus enviou 10 pragas devastadoras, as quais eram um juízo sobre todos os deuses do Egito. Depois da décima praga ele os deixou ir, mas foi atrás deles, e Deus abriu o mar Vermelho, e eles marcharam através do mar, como em terra seca. Quando chegaram do outro lado, em Êxodo 15:20-21 Miriã tomou o tamboril e dançou, e começou a louvar a Deus pelo que Ele havia feito.

Cada grande batalha no Antigo Testamento é um indicativo, ou uma tipificação, ou uma profecia de três grandes batalhas. Elas apontam para algo que ocorreu na cruz, algo que está para acontecer entre Babilônia e o remanescente e a grande batalha que irá acontecer depois do milênio, quando a santa cidade descer e os ímpios tentarem cercá-la e atacá-la.

Com isto em mente, veja esta declaração do livro Patriarcas e Profetas. Existem sérios problemas para aqueles que tentam utilizar Miriã, buscando justificar porque deveríamos dançar agora, neste momento em particular. Ouçam:

 “Aquele cântico” … o cântico do livramento, o cântico de Moisés … “não pertence ao povo judeu unicamente. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que ‘saíram vitoriosos’, em pé sobre o ‘mar de vidro misturado com fogo’, tendo as ‘harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro’. Apocalipse 15:2 e 3.” (Patriarcas e Profetas, p. 201)

O que Miriã fez era tipológico ou profético da vitória que você e eu experimentaremos depois de passarmos pelos problemas relacionados à besta, o seu sinal e a sua imagem. Quando Miriã dançou? Antes de o mar Vermelho ser aberto ou depois? Depois! Nós já passamos pelos problemas relacionados à besta, sua marca e sua imagem? Ainda não.

Assim, existem problemas sérios quando usamos este texto para justificar porque deveríamos dançar agora. Não passamos por isso ainda! Agora não é o tempo para dançar e tocar. Mas é o tempo para vigiar e orar.

Quando é o ‘tempo para dançar’? Vamos dar uma olhada na dança de Davi e a ascensão de Jesus. As pessoas dizem, “Bem, Davi dançou. Portanto, podemos instituir a dança religiosa no culto a Deus.”

Venha comigo até Salmos 24:7-10. Os Salmos 22, 23 e 24 apresentam uma trilogia. Em Salmos 22, no verso 1, Davi escreve: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Alguém citou essas palavras numa cruz. Verso 16, “Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.” Jesus na cruz, em Salmos 22.

Salmos 23, “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” Jesus na tumba.

Mas, em Salmos 24:7-10, note o que diz ali: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória.” Eu amo este Salmo.

Esta passagem é citada duas vezes, até onde eu sei, no Espírito de Profecia. Foi citada pela primeira vez quando Davi trouxe a arca de volta para Jerusalém (Patriarcas e Profetas, pp. 522-523). Ela foi citada mais tarde, depois da ascensão de Jesus (O Desejado de Todas as Nações, p. 590), e foi mencionada no livro Atos dos Apóstolos, pp. 20-21, em conexão com a apresentação de Cristo e o derramamento do Espírito Santo no dia do Pentecostes. Existe um relacionamento entre a dança de Davi e a ascensão de Jesus, e é isso que queremos demonstrar.

Em II Samuel 5:22-25 Davi obteve uma grande vitória sobre os filisteus. Em II Samuel 6:15, Davi e todo o Israel acompanharam a arca para Jerusalém em uma procissão triunfante, durante a qual Davi saltou e dançou. Quando eles se aproximaram da cidade – esta é uma citação de Patriarcas e Profetas, p. 522 – “uma explosão de cânticos exigiu dos guardas sobre os muros que as portas da santa cidade se abrissem amplamente”. Neste momento, Salmos 24:7-10 é entoado por um grupo de cantores, em uma resposta antifonal.

Patriarcas e Profetas, p. 523 diz, “Terminado o serviço religioso, o próprio rei pronunciou uma bênção sobre seu povo. Então, com régia generosidade, ordenou que presentes de alimentos e vinho fossem distribuídos para merenda entre eles.”

Vamos recapitular isso por um momento. Eles venceram uma grande batalha militar. Depois daquela batalha, começaram a marchar em direção a Jerusalém. Davi saltou e dançou enquanto eles marchavam em direção a Jerusalém. Eles ordenaram que os portões fossem amplamente abertos. Começaram a cantar Salmos 24:7-10 em uma resposta antifonal. Depois que tudo foi dito e feito, o rei despediu o povo e lhes deu presentes.

Agora, vamos voltar a nossa atenção para Jesus. Jesus obteve uma grande vitória na cruz. Assim como Davi e seus homens obtiveram uma vitória sobre os filisteus. Conforme Ele ascendeu (estamos falando da ascensão de Jesus) a multidão de cativos – uma multidão de cativos foi libertada na Sua ressurreição e eles O seguiram. O Desejado de Todas as Nações, p. 590 diz isto: “A hoste celestial, com brados de alegria e aclamações de louvor e cântico celestial, tomava parte na jubilosa comitiva.”

Então, quem está cantando e bradando? Aqueles que estavam subindo em direção a Jerusalém naquele momento. Conforme eles se aproximavam da Cidade Santa os anjos da escolta, juntamente com as sentinelas da cidade cantaram as palavras de Salmos 24:7-10 em uma resposta antifonal.

O Desejado de Todas as Nações, pp. 590-591: “Então se abrem de par em par as portas da cidade de Deus, e a angélica multidão entra por elas, enquanto a música prorrompe em arrebatadora melodia. … Hinos de triunfo misturam-se com a música das harpas angélicas, de maneira que o Céu parece transbordar de júbilo e louvor.” Eles estão fazendo isso no céu.

Notem isto: “Ao transpor as portas celestiais, foi Jesus entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado…”. (Atos dos Apóstolos, p. 21) “O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita” (Atos dos Apóstolos, p. 21). Assim como Davi distribuiu presentes depois que a arca veio a Jerusalém, também Jesus enviou o Espírito Santo, o maior presente de todos, para abençoar o Seu povo.

Quais são as implicações disso, ao falarmos sobre usar Davi para justificar porque a dança religiosa deveria ser feita hoje? A evidência sugere fortemente que a dança jubilosa de Davi, enquanto acompanhava a arca para Jerusalém, é uma tipologia ou profecia que encontra seu cumprimento na ressurreição e ascensão de Jesus para a Jerusalém celestial.

Há duas questões importantes a considerar. Quando a dança e a celebração ocorreram e quem estava celebrando. Quando aconteceu e quem estava celebrando. Nós sabemos, apenas por uma breve análise, que a maioria das danças e celebrações é feita depois de uma grande vitória.

Foi depois de uma batalha militar com os filisteus que Davi e aqueles que o acompanhavam, de todo o Israel, dançaram. Foi depois da vitória de Jesus sobre o pecado e Satanás que a celebração começou no céu.

Agora, quem está celebrando? Gosto muito disso. Venha comigo para Apocalipse 12:10-12. Apocalipse 12 é um capítulo impressionante sobre o grande conflito entre Cristo e Satanás. Bem no meio deste capítulo no verso 10 (Apocalipse 12:10-12), quero que notem quem está celebrando. Aqui diz: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.” Isto aconteceu, senhoras e senhores, quando Jesus foi vitorioso na cruz.

No verso 11 diz: “E eles o venceram [ao Diabo] pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.” Vamos nos concentrar no verso 12: “Por isso alegrai-vos, ó céus…” Vocês entenderem isso? “Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais.” Quem está celebrando, amigos, como resultado daquilo que Jesus fez na cruz? Os que estão no céu ou os que estão na terra? Aqui diz no céu. Regozijai-vos, porque o enganador foi totalmente desmascarado. Mas “Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Para os que habitam no céu, sim, é tempo de dançar e tocar. Para os que habitam na terra, é tempo de vigiar e orar. Por que? Porque agora o diabo desceu a vós, e tem grande ira.

Isso quer dizer que não podemos ter uma experiência cristã jubilosa? E que devemos cantar canções que são tão… lentas… “Jesus me ama…” Isso não é, absolutamente, o que estamos dizendo. Vocês sabiam que alguns dos mártires… eu estava falando sobre isso com outro pastor… aqueles irmãos estavam cantando, quando iram para a sua execução. Algumas das mulheres, jovens senhoras, que estavam prestes a entregar suas vidas vestiam-se com vestidos de noiva. Elas queriam se aproximar de seu Senhor daquela maneira. Em meio a toda guerra, e provações e lutas, eles tinham paz e tinham alegria. É possível, enquanto vivemos agora, experimentar paz e alegria.

Mas temos que esperar até que Jesus venha para que possamos entrar naquele tipo de celebração que Ele preparou para nós no céu, amigos. Somente um pouco mais e Aquele que vem, virá. E não vai tardar.

São os que estão no céu que estão celebrando. Usar a dança de Davi como uma justificativa para a dança no culto de adoração não considera as implicações tipológicas acerca de quando e quem está celebrando.

Além disso, a dança foi utilizada alguma vez no culto do templo, sobre o qual devemos basear o nosso culto a Deus? A palavra karar é usada apenas em duas ocasiões, referindo-se à dança de Davi, mas nunca é usada em conexão com a adoração no templo. Davi excluiu todos os instrumentos de percussão do culto no templo. E quando Davi dançou, não foi no santuário.

Temos aqui um comentário perspicaz do livro Patriarcas e Profetas, sobre a dança de Davi: “A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo…” Ela está falando sobre o seu tempo… “Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas.” Fico curioso para saber o que ela diria hoje. Provavelmente ela está falando sobre valsas e coisas assim. E agora temos muitas outras danças sexualmente sugestivas, muito mais do que apenas a valsa. “A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança” …sublinhem isso… “com a dissipação da dança moderna” (Patriarcas e Profetas, p. 522) Ela está se referindo à forma da dança que ocorreu ali. Ela diz que não tinha qualquer semelhança.

Quando eu voltei à Grécia, eles não viam meu pai há cerca de 20 anos. E então voltei lá, e eles acharam que eu era a imagem escrita do meu pai. Eu me parecia muito com ele. Na verdade, não sou como ele. Mas na aparência exterior, eu me pareço muito com ele. Quando ela fala que a dança de Davi não tinha a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna, está se referindo à maneira e à forma da dança.

Portanto, existe algo mais que estava errado na dança junto ao bezerro de ouro e em Baal-Peor, do que apenas a adoração de ídolos. Era também a maneira como eles estavam dançando.

Existem outras referências à dança religiosa. Já mencionamos Êxodo 32:19 e Números 25:1-3. Mas nos dias de completa apostasia, Deus suscitou um homem chamado Elias, para que ele instituísse reformas. Durante o tempo de apostasia, não era tempo de dançar. Eram os profetas de Baal que estavam dançando. Deus os havia chamado, em um contexto religioso no monte Carmelo, para estabelecer quem era o verdadeiro Deus. Eles montaram seus altares e eles dançaram. E dançaram, e pularam, mas não houve fogo.

Às vezes as pessoas pensam que barulho é igual a Espírito Santo. Isso não é, necessariamente, verdade. Houve muita excitação, houve muitos saltos, muitos pulos e dança, mas nenhum fogo! Elias reparou o altar quebrado de Deus e, antes que ele pudesse dizer ‘em nome de Jesus’, bang!, o fogo desceu. Foi isso o que aconteceu, senhoras e senhores.

Quando fazemos as coisas da maneira como Deus quer que façamos, então o fogo desce. Quando eles construíram o tabernáculo de acordo com as especificações que Deus estabeleceu, foi depois disso que a glória de Deus se manifestou no templo. E Ele está esperando que nós tenhamos um vislumbre da adoração celestial, e que empreguemos esses princípios em nossa adoração hoje, para que Ele possa reconhecer o fato pelo derramamento do Espírito. É isso o que Ele está esperando.

No tempo de apostasia, foram os profetas de Baal que dançaram. Em Apocalipse 14, temos um movimento de Elias ali. Eles pregaram a mensagem dos três anjos. E também temos os profetas de Baal, que são chamados de profetas de Babilônia.

Tipologicamente, é Babilônia quem dança, e não nós. Para onde chamamos as pessoas ao arrependimento, para onde chamamos as pessoas para as questões do grande conflito entre Cristo e Satanás, conforme manifestos na marca da besta e no selo de Deus?

Existem ainda outras referências negativas à dança, em Mateus 14:6 e Marcos 6:22. João Batista teve a sua cabeça cortada porque alguém dançou. E isso não foi uma dança folclórica. Aqueles homens estavam inebriados, sob a influência do álcool, sua capacidade de julgamento foi jogada pela janela; a filha do rei entrou em dançou, e foi isso. João Batista perdeu a sua cabeça.

Quando é o ‘tempo de dançar’? Não durante um período de apostasia, como nos dias de Elias. Também não no dia da Expiação. Danças não eram executadas durante o ritual tipológico do Dia da Expiação. Não era, então, um momento para celebração. Era um momento de íntimo esquadrinhar do coração, para descobrir se estavam de acordo com a vontade de Deus ou não.

Notem o que diz o livro O Grande Conflito. Diz, “O assunto do santuário e do juízo de investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote.” Todos nós precisamos conhecer onde Jesus está e o que Ele está fazendo. “Aliás, ser-lhes-á impossível exercerem a fé que é essencial neste tempo, ou ocupar a posição que Deus lhes deseja confiar.” (O Grande Conflito, p. 488)

E como este texto se relaciona com o nosso assunto? Continue seguindo… Depois desta declaração em O Grande Conflito, p. 488, a serva do Senhor diz ‘vigiai e orai’. Depois de chamar a nossa atenção para a obra de Jesus no lugar Santíssimo, para Sua posição e Sua obra, ela diz ‘vigiai e orai’, e não ‘dançai e tocai’.

A dança de louvor, música no estilo de celebração concentram a nossa atenção exclusivamente na cruz. Por que? Porque a celebração é feita para celebrar uma grande vitória. Instituirmos dança de louvor e música de celebração agora, tira os nossos olhos da obra que Jesus está realizando no santuário celestial. Essas coisas foram planejadas para fazer isso.

Introduzir dança de louvor irá nos colocar na mesma posição que os judeus e as igrejas populares em 1843-1844. No tempo de Cristo, quando o tipo encontrou o antítipo, era inútil se aproximar de Deus através das formas e cerimônias destituídas de sentido. Porque o Cordeiro de Deus havia oferecido a Si mesmo e Deus não mais ouviria àqueles que estavam prestes a matar animais depois que Seu Filho havia dado Sua vida. Você não poderia mais se aproximar por este canal.

Em 1843-1844 a primeira mensagem angélica estava sendo pregada, significando o fato de que Jesus estava entrando em outra fase de Seu ministério no lugar Santíssimo. Ele não apenas continuou a ser o nosso intercessor, mas agora estava iniciando uma obra de julgamento, de purificação dos pecados. E o que Jesus realiza no santuário celestial, o Espírito Santo trabalha em cooperação com Ele, e realiza no templo da igreja e no templo do corpo individual também. É por isso que temos uma ênfase na mensagem de saúde. Ela está teologicamente embasada no que Jesus está fazendo lá em cima.

Mas ao instituirmos dança de louvor e música de celebração agora, estamos tirando nossos olhos da obra preparatória que precisa ser realizada em nossos corações e vidas, e nos concentrando exclusivamente no que Jesus realizou na cruz. E não me interpretam mal, porque não pretendo minimizar o que Ele realizou na cruz, de forma alguma. Mas a morte do animal do sacrifício não trazia benefício algum, sem a aplicação do sangue.

A morte de Jesus na cruz… ou deveria dizer, Seu ministério no santuário celestial, é tão essencial quanto a Sua morte na cruz; não é possível separar os dois. Sua morte na cruz e a obra do Espírito Santo no coração são totalmente inseparáveis. É como perguntar: o que é mais importante, hidrogênio ou oxigênio, no que diz respeito à água? Vou dizer a vocês; não existe água se não tivermos a ambos. Não podemos negligenciar a obra que Ele está fazendo lá em cima. E é isso que essas coisas foram planejadas para fazer, infelizmente.

Dançar durante um tempo de guerra pode trazer resultados desastrosos. Estamos em um tipo de batalha espiritual. Deus não nos ordenou a abaixarmos as espadas, ou a pararmos de vigiar e orar.

Pergunte aos amalequitas. Em I Samuel 30:16-18. Davi e seus homens tinham ocupado a cidade de Ziclague. E, enquanto faziam suas explorações, deixaram a cidade desguarnecida. E os amalequitas vieram e saquearam a cidade, e a destruíram e a queimaram totalmente. Quando Davi e seus homens voltaram, a Bíblia diz que eles choraram e choraram, até que neles não houve mais forças para chorar.

Mas Deus foi misericordioso. Através de uma série de providências, o Senhor os guiou exatamente até o local onde os amalequitas estavam acampando. E eles marcharam tão rapidamente que tiveram que deixar 200 homens para trás. Quando eles se aproximaram do acampamento dos amalequitas, adivinhem o que eles estavam fazendo? Estavam comendo, e bebendo, e dançando. É isso o que a Bíblia diz, em I Samuel 30:16-18.

Estão vendo? Eles pensaram que a batalha havia terminado. Eles negligenciaram a vigilância, vigiar e orar, e então, começaram a dançar e tocar. E quando Davi e seus homens viram isso, Davi ordenou um ataque imediato, e recuperaram tudo dos amalequitas; todas suas esposas, todos os seus filhos, tudo foi recuperado. Por que? Porque os amalequitas se esqueceram de vigiar e orar, e decidiram dançar a tocar.

Se realmente estamos em uma batalha espiritual neste momento, não podemos nos dar ao luxo de baixar a guarda. E é isso o que a música de celebração e a dança fazem. Elas virtualmente nos dizem que a batalha acabou. A mesma coisa aconteceu em Baal-Peor.

Devemos tirar algumas lições do cavalo de Tróia e da guerra no livro do Apocalipse. Os gregos e os troianos estavam em guerra por um longo tempo, então os gregos disseram, ‘Bem, se eles não podem ser vencidos pela força, podem ser vencidos pela estratégia.’ E então, eles construíram o cavalo de Tróia, e colocaram os seus homens dentro dele. Os troianos disseram, ‘Esses gregos estão desistindo da batalha. Nós aceitamos a sua oferta de paz’. E o que eles fizeram? Sei que a cultura grega é igual. Eles festejaram e beberam. E quando a bebida, e a comida, e as danças os derrubaram, os homens que estavam no cavalo deram um sinal para o restante dos seus companheiros e eles vieram. E fizeram um grande estrago.

Há uma guerra acontecendo, no livro do Apocalipse. Uma guerra na qual você e eu estamos envolvidos. Como o diabo pode alcançar a vitória sobre o remanescente? Introduzindo a música rock ‘cristã’ e a ‘dança de louvor’. Uma vez que a dança acontece depois de uma grande batalha, a mensagem sutil que está sendo pregada ao instituir isso no culto da igreja é que a guerra entre Babilônia e Israel, acabou. Acabou, meus amigos. Então, não há mais necessidade de estar atentos, não há necessidade de vigiar e orar. Vamos baixar a guarda. Esta é a mensagem que está sendo pregada. Em vez de vigiar e orar, vamos dançar e tocar.

Vamos fazer uma avaliação da música rock. Ela comunica uma cosmovisão panteísta e pós-moderna. Já discutimos isso. Tem um efeito negativo sobre a nossa fisiologia, tornando assim mais difícil manter o autocontrole. Comunica sexo, drogas e o oculto. A bateria é usada unicamente para impulsionar a música do jazz e do rock e seus híbridos relacionados. Sempre que a bateria é utilizada, a música torna-se  rock ou jazz.

Vamos ver se eu consigo esclarecer um pouco mais quais são as questões, para que possamos colocar ordem no caos. O que não é a questão?

A questão não é o papel das emoções e sentimentos na adoração. Se Jesus Cristo tocou o teu coração, se Ele fez nascer uma nova vida em você, não é possível ajudar cantando com entusiasmo. A questão não é revitalizar o culto de adoração, mas revitalizar a nós mesmos. Esse é o problema. Se já nascemos de novo, teremos emoções, teremos sentimentos. Não há dúvida sobre isso.

A questão não é um culto de adoração cheio do Espírito. É um grande privilégio saber que o céu desce quando a palavra é pregada e somos levados para mais perto dEle e ficamos mais preparados para Seu retorno.

A questão não é aceitarmos as diferenças que surgem a partir da nossa cultura. Lembro-me da Conferência Geral, há alguns anos atrás. O tio da minha esposa, que aliás é um músico incrível, campeão absoluto por três anos nas Filipinas, regendo música coral. Eles não o deixavam mais participar. Ele tinha diferentes grupos o tempo todo.

Quando ele estava na Conferência Geral, tinha um instrumento chamado anklong, que é um tipo de instrumento de percussão, mas que faz alguns sons melódicos. Eles tinham uma sala para ensaios, e havia algumas pessoas do Caribe, que estavam na mesma sala. Não sei se vocês já ouviram os tambores de aço. Bem, este irmão nos deu uma pequena amostra do que pode ser feito com os tambores de aço. Ele disse, ‘Vocês têm algum pedido?’ E nós dissemos, OK, ‘Jesus Me Ama’. E aquele irmão começou a tocar ‘Jesus Me Ama’, em harmonia a 4 vozes, usando os tambores de aço.

Vejam, melodia e harmonia tornaram-se primários, os ritmos do rock foram deixados de lado. Mas ele estava tocando percussão, se vocês estão me acompanhando. A conclusão é que não podemos jogar o bebê fora, com a água do banho, mas compreender onde todas essas coisas se encaixam. Precisamos aceitar as diferenças que surgem a partir da nossa cultura.

A questão não é ter um belo culto de adoração. A questão não é ser prático nas escolhas das músicas que utilizamos. Então qual é a questão?

A questão é compreendermos que os estilos de adoração que utilizamos afetam o que cremos a respeito de Deus, salvação e experiência cristã e são, portanto, doutrinários. Não são incidentais.

A questão é não fazer dos sentimentos e emoções o fundamento da nossa doutrina de adoração. Na verdade, tenho ouvido pessoas dizerem, ‘Eu venho à igreja Adventista para obter a verdade, mas vou àquela outra igreja para receber o Espírito’. Não podemos fazer dos sentimentos e emoções a razão pela qual vamos à igreja. E este é um chamado para todos nós, para que passemos pelo novo nascimento.

A questão é não fazer da cultura o fundamento da nossa doutrina de adoração.

A questão é não criarmos uma doutrina de adoração baseada em nossos próprios conceitos daquilo que é belo.

A questão é não usarmos as necessidades das pessoas para formarmos o fundamento da nossa doutrina de adoração, como fizeram em Willow Creek: bateram em algumas portas e perguntaram, ‘O que você gosta? OK, vamos incluir isso.’ ‘Oh, você não gosta disso? Ok, vamos tirar.’

Um Apelo Final – Música e o Engano do Tempo do Fim. Em Daniel, capítulo 3, e a maioria de vocês conhece essa história muito bem, Nabucodonosor convocou todas as pessoas mais importantes de todo o seu reino, e os congregou para o que ele chamou de ‘A Dedicação da Imagem’. Irmãos, eu não gostaria de estar na dedicação dessa imagem.

Ao som da música, e são mencionados todos os tipos de instrumentos; mas outra coisa importante é que são mencionados todos os tipos de música. Notem que a música rock é um cadinho que incorpora todas as melodias e harmonias do mundo, e ela unifica.

Daniel 3 não apenas chama a nossa atenção para todos os tipos deferentes de instrumentos, mas também para todos os tipos diferentes de música. E então, quando você ouvisse a música, tinha que se prostrar.

Não sei se vocês já foram a um lugar onde música está sendo tocada e você está é envolvido na emoção e tudo mais. É uma coisa muito, muito poderosa. E, uma vez que você se conecta emocionalmente com aquela música, e abaixa a guarda, está pronto para ouvir qualquer coisa que o pregador tem para dizer.

Em Apocalipse 13, não temos judeus literais, mas judeus espirituais. Não temos uma imagem literal, temos uma imagem espiritual. As pessoas não se prostram literalmente, se prostram espiritualmente – obedecem. Mas há um decreto de morte sobre aqueles que não fazem isso.

Se a música desempenhou uma parte, nivelando o terreno em Daniel, capítulo 3, para a adoração da imagem, acredito que também esteja desempenhando uma parte ao preparar o terreno hoje, para o grande engano.

Música, e o movimento carismático, têm feito mais para unir as igrejas do que o movimento ecumênico jamais poderia ter feito. O movimento ecumênico tentou unir pela doutrina; e eles notaram que não conseguiam fazer isso. O movimento carismático une pela ‘experiência de adoração’, e atravessa todos os tipos de barreiras denominacionais; de católicos a presbiterianos, a batistas, a metodistas, qualquer um; todos eles estão envolvidos no ‘Espirito’.

Violar o segundo mandamento, dizendo que podemos adorar a Deus de qualquer forma que desejarmos, prepara o terreno para o abandono do quarto mandamento. Vimos isso na igreja apostólica, estamos testemunhando isso agora, aqui na igreja adventista do sétimo dia, com relação a algumas igrejas e indivíduos que adotaram esses métodos. Está preparando o terreno, senhoras e senhores.

[O que a serva do Senhor diz sobre isto?] Ela diz que “As coisas que descrevestes como ocorrendo em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo.” A adoração sempre presume uma doutrina acerca de Deus. Algumas pessoas acreditam que é assim que o Espírito Santo opera. Mas ela está dizendo, ‘Não, não é assim.’ “Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto. … Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida.” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 36-39)

Devemos estar alertas e tomar cuidado. Romanos 15:4 diz, “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito…” Estamos aprendendo as lições da história?

Isso vai exigir uma reforma na música. Assim como Esdras e Neemias, temos o dever de reconstruir o templo. Isso envolveu obediência aos mandamentos de Deus com relação aos instrumentos que Davi havia estabelecido. Já lemos essas passagens na sessão anterior.

Esses instrumentos de cordas (a lira e a harpa) não devem encobrir a voz, ou a palavra de Deus, que está sendo cantada. Pela mesma razão, somente a harpa é mencionada como instrumento de acompanhamento no livro do Apocalipse. Precisamos fazer uma reforma na música.

Hoje somos chamados de “reparador das brechas, e restaurador de veredas para morar.” (Isaías 58:12) Assim como Esdras e Neemias restauraram o muro. Para resumir um longo estudo bíblico, o muro representa a lei de Deus. Há uma brecha no muro. Em Ezequiel 22:25-28 diz que os profetas quebraram o muro e fizeram remendos “com argamassa não temperada”. Eles reconhecem que há um problema com a lei mas, em vez de colocarem ali o material correto, colocam material falsificado. Domingo, em vez do Sábado. E nós somos chamados de ‘reparadores das brechas’.

Mais uma vez, a reforma não é apenas nos dízimos, nas ofertas, no casamento; existe também a reforma que ocorreu, na adoração. Devemos escolher instrumentos para a adoração que possuam capacidades melódicas e harmônicas. O tambor e a bateria não possuem quaisquer capacidades melódicas e harmônicas, somente capacidades rítmicas.

Em 1972 nossa igreja se reuniu e desenvolveu uma Filosofia de Música. Neste documento diz que a música deve:

  • Trazer glória a Deus e ajudar-nos em adoração aceitável a Ele. (I Coríntios 10:31)
  • Enobrecer, elevar e purificar os pensamentos do cristão. (Filipenses 4:8; Patriarcas e Profetas, p. 637)
  • Conter letra que esteja em harmonia com os ensinos escriturísticos da Igreja. (Evangelismo, p. 500)
  • Revelar uma compatibilidade entre a mensagem transmitida por palavras e a música, evitando-se mistura do sagrado com o profano.
  • Fugir de exibições teatrais e com ostentação. (Evangelismo, pp. 137-138)
  • Dar primazia à mensagem da letra, que não deve ser sobrepujada pelos instrumentos musicais que acompanham. (Obreiros Evangélicos, pp. 357-358)
    • Quando vocês têm dificuldades para descobrir o que as pessoas estão tentando dizer quando cantam… é sobre isso que este item está falando.
  • Manter ponderado equilíbrio dos elementos emocional, intelectual e espiritual. (Evangelismo, p. 510)
  • Jamais comprometer elevados princípios de dignidade e superioridade em esforços rasteiros para alcançar as pessoas descendo até onde elas estão. (Evangelismo, p. 137)
  • Ser apropriada para a ocasião, para o ambiente e para o auditório que se destina. (Evangelismo, 508)
  • Essas palavras são minhas: Evitar totalmente os ritmos do jazz e do rock e outras formas híbridas semelhantes.
    • Aliás, encontramos esta instrução também no Manual da Igreja. O Manual da Igreja nos aconselha a não usarmos os ritmos do jazz e do rock e os híbridos relacionados com eles. As pessoas não estão ouvindo este conselho.
  • O estilo estridente comum ao “rock”, o estilo insinuante, sentimental, cheio de sopros ao jeito dos solistas de boate e outras distorções da voz humana devem ser terminantemente evitados.
    • Quando escorrega para cima a nota ou faz variações na nota, este item é sobre isso.
  • Deve-se evitar música saturada – isso se aplica aos músicos, eles vão entender sobre o que estamos falando – Deve-se evitar música saturada com acordes de 7ª, 9ª, 11ª, e 13ª, bem como outras sonoridades extravagantes. Estes acordes, quando usados com restrição, produzem beleza, mas usados em excesso desviam a atenção do conteúdo espiritual do texto.
    • Para dar uma ilustração, é como colocar sal na comida. Se você olha o prato e tem o mesmo tanto de sal que de comida, sabe, isso pode ser intragável. Sal é bom… um pouquinho. Se você enche tudo de sal, não vai conseguir comer. A mesma coisa se aplica a essas ‘sonoridades extravagantes’, essas harmonias que possuem acordes de 7ª, 9ª e 11ª nelas.
  • Qualquer coisa que chame indevidamente a atenção para o cantor ou executante, como movimento excessivo e afetado do corpo, ou traje inadequado, não deve ter lugar nas apresentações.
  • Deve-se ter muito cuidado em evitar excessiva amplificação do som, quer instrumental, quer vocal. O volume do som deve ser adequado às necessidades espirituais dos que apresentam a linguagem musical, bem como dos que a recebem.
  • O objetivo supremo de toda apresentação de música sacra deve ser exaltar o Criador, em lugar de exaltar o músico ou prover entretenimento.

E assim, terminamos o nosso seminário de música de hoje e eu gostaria de agradecer pela sua paciência, pela sua perseverança, vocês ficaram aqui todo este tempo. Espero que vocês tenham sido abençoados como eu fui ao dar esta mensagem.

Uma declaração que a minha esposa fez antes do início dessa apresentação foi: ‘E o playback?’ Vocês sabem sobre o que eu estou falando quando digo ‘playback’? É o acompanhamento musical que se ouve pelo sistema de som.

Nós nos demos conta deste grande problema há alguns anos atrás quando a 3ABN [*] convidou a Sofia para cantar lá. Pensamos que poderíamos ir até Grand Rapids, a ‘Meca’ das livrarias e lojas de música cristãs, e encontrar alguma coisa aceitável.

Creio que gastamos umas 3 horas lá dentro. Nós escolhíamos uma música e dizíamos, ‘Ok, está soando bem, parece boa.’ E então, de repente, ah, vocês sabem, o contra-ritmo, o ritmo do rock. Nós desistíamos, não dava para usar aquilo. Não conseguimos escolher nenhuma música!

E, pelo que me disseram, há dez anos não era tão ruim como é hoje. Você podia encontrar, entre aspas, um bom playback. Mas hoje os playbacks estão saturados com os ritmos do rock.

Foi por isso que minha esposa e eu compramos um teclado, para que ela possa fazer arranjos de músicas, como um serviço aos cantores e membros da igreja que não têm em suas igrejas alguém que possa acompanhá-los, mas que gostariam de cantar com um determinado playback. Nós podemos tirar o ritmo pesado e fazer um bom arranjo daquela música. Orem por nós neste projeto, realmente gostaríamos de fazer isso.

Simplesmente pelo fato de que você não está vendo a bateria, não quer dizer que não a esteja ouvindo no playback. É a mesma coisa, quando você ouve, quer você esteja vendo ou não. Eu só gostaria de fazer este esclarecimento, sobre o que ela disse, para vocês.


Por que deveria me sentir desanimado,
e por que viriam sombras,
Por que meu coração estaria solitário,
e anelaria pelo céu e pelo lar,
Quando Jesus é a minha porção?
Meu constante amigo Ele é:
Seus olhos estão sobre o pardal,
e eu sei que Ele cuida de mim;
Pois Seus olhos estão sobre o pardal,
e eu sei que Ele cuida de mim.

E eu canto porque sou feliz;
e eu canto porque sou livre,
Pois Seus olhos estão sobre o pardal,
e eu sei que Ele cuida de mim.

“Não permita que teu coração se perturbe,”
Sua doce voz eu ouço,
E descansando em Sua bondade,
deixo minhas dúvidas e meus temores;
Eu chego mais perto dEle,
Dos cuidados Ele me liberta;
Seus olhos estão sobre o pardal,
e eu sei que ele cuida de mim;
Seus olhos estão sobre o pardal,
e eu sei que ele cuida de mim.

E eu canto porque sou feliz;
E eu canto porque sou livre,
Pois Seus olhos estão sobre o pardal,
e eu sei que Ele cuida de mim.
Pois Seus olhos estão sobre o pardal,
e eu sei que Ele cuida de mim.


[*] Three Angels Broadcast Network. Trata-se de uma rede de difusão da mensagem adventista através de vários canais de comunicação em massa.


Tradução e Legendagem: Levi de Paula Tavares

Especialmente para o Música Sacra e Adoração


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