Palestras e Sermões em Vídeo

Estilo de Adoração Egípcio

por: Pr.Stephen Bohr

Apresentação

Uma análise teológica das formas de adoração adulteradas, com base no ocorrido com o antigo povo de Israel, no culto ao bezerro de ouro, relatado em Êxodo 32. As lições extraídas são comparadas com o evento ocorrido na campal da IASD de Indiana, em 1900, destacando os conselhos de Elle G. White a respeito. Durante toda a palestra são feitas várias aplicações relativas às questões enfrentadas pela igreja atual na área da Adoração e dos estilos de culto.

O Pr.Stephen Bohr é um conhecido orador internacional, tanto em Inglês quanto em Espanhol. Atuou em vários setores da obra adventista, inclusive como professor em nossos seminários de Teologia. Possui vasto material impresso e/ou digital, especialmente sobre assuntos proféticos. Atualmente é pastor na igreja Central de Fresno, CA, USA e mantém o ministério “Secrets Unsealed” (Mistérios Revelados), em http://www.secretsunsealed.org/.

Outros vídeos da série “Grandes Apostasias da Bíblia”, com o Pr. Bohr, podem ser encontrados em inglês no YouTube.



Transcrição da Tradução

Grandes Apostasias da Bíblia – Estilo de Adoração Egípcio

Curvemos as frontes para orar. Querido Pai, que grande privilégio estar em Tua casa de oração no santo sábado. Obrigado, Pai, pelo privilégio de pertencermos ao Teu povo, Tua igreja. Mas sabemos que Tua igreja enfrentará grandes perigos no futuro. A única maneira de entender esses perigos no futuro é entender o que aconteceu no passado. Ao estudarmos hoje, pedimos a orientação do Teu Espírito Santo. Pedimos, ó Deus, que fale a cada mente e coração. E que nos dê a humildade para receber a mensagem que tens para nós. Obrigado por ouvir nossa oração, pois pedimos no precioso nome de Jesus. Amém.

Abram suas Bíblias comigo em 1 Coríntios 10. 1 Coríntios 10. Este capítulo descreve vários eventos na história do antigo Israel. E após relacionar esses eventos, nos primeiro 10 versículos de 1 Coríntios 10, o apóstolo Paulo nos diz por que essas coisas foram escritas. E eu gostaria de ler o versículo 11. Nele, Paulo diz: “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos–” A tradução do grego seria ‘tipos’. “…e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”

Percebam que a história de Israel foi escrita para “advertência nossa sobre quem os fins dos séculos têm chegado”. Vou revisar rapidamente a história do êxodo de Israel do Egito. Porque, de fato, é a história de nosso êxodo pessoal de um mundo de pecado. Egito representa o mundo. Canaã representa o céu. E a jornada pelo deserto representa o período entre nossa saída do mundo e nossa entrada no reino celeste. É importante reconhecer que a história de Israel é, de fato, um microcosmos, de nossa experiência. É um modelo em miniatura da experiência que o povo de Deus passa que a igreja de Deus passará, ao nos aproximarmos da terra prometida.

Se você se lembra, Israel sofria uma cruel escravidão. E, em escravidão, clamaram a Deus por libertação. Não tinham mérito para oferecer a Deus. Viviam em idolatria. Em pecado. Mas em sua grande necessidade, clamaram a Deus, e lemos em Êxodo 2 que Deus ouviu o seu clamor. E Deus começou a colocar a libertação deles em prática. Derramou praga após praga sobre o Egito dizendo a Faraó: “Deixa ir o meu povo!” “Liberte o meu povo da escravidão!” Toda a obra da libertação foi efetuada por Deus. Israel não teve nada a ver com isso. Não tinha nenhum mérito em reivindicar qualquer coisa de Deus porque eram pecadores e mereciam o juízo de Deus. Mas Deus, em sua graça e misericórdia, os libertou da escravidão porque eles clamaram a Ele.

O sinal da libertação foi o sacrifício do cordeiro pascal. O sangue foi colocado nos umbrais das portas, indicando que sua libertação foi realizada pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Após sacrificar o cordeiro, foram às águas batismais do Mar Vermelho. O apóstolo Paulo diz em 1 Coríntios 10 que eles foram “batizados, assim na nuvem, como no mar”. E quando saíram do outro lado das águas, eles eram um povo livre. Deus operou sua libertação. Enterrou sua antiga vida e agora, ressuscitaram para uma novidade de vida.

E, em Êxodo 15, entoaram o famoso cântico de Moisés: o cântico de sua libertação. Fico imaginando o que sentiram ao entoarem aquele cântico. Era o cântico da experiência deles. Mas isso não foi o batismo. Enterrar a vida antiga e ressuscitar a uma nova não terminava aí. Ainda tinham um deserto a cruzar para chegar à terra prometida. Portanto, em Êxodo 16 e 17, Deus lhes deu comida, o maná do céu, e água, da rocha. Se alguém vai cruzar o deserto, vai precisar dos dois urgente e desesperadamente.

Você já deve ter percebido que a experiência do povo de Israel é, de fato, nossa experiência. Nós também já estivemos escravizados no mundo. Ou no Egito, por assim dizer. Também clamamos a Deus em desespero. Deus ouviu nosso clamor e, por Jesus, operou nossa salvação. Ele fez isso por nós, mesmo não merecendo. Graça, de graça, é o que Cristo derramou sobre nós. E o sinal da libertação foi o sangue derramado na cruz do Calvário. Também viemos às aguas batismais. Enterramos nossa antiga vida e ressuscitamos a uma novidade de vida, ao sairmos das águas. E entoamos o cântico de nossa libertação: “Jesus me remiu com seu sangue! Eu hei de pra sempre cantar!”

Mas ainda temos um deserto a cruzar, como pessoas e como igreja. Portanto, precisamos do maná, que representa a Palavra de Deus, e precisamos da água, que representa a oração e o Espírito Santo, a fim de que, por fim, cheguemos ao reino celeste. Eu dei esse contexto porque quero que avancemos à chegada de Israel no monte Sinai.

Abra sua Bíblia em Êxodo 19. Vamos passear bastante pelo livro de Êxodo, em nosso sermão de hoje. Êxodo 19, versículos de 3 a 6. Deus libertou Israel sem nenhum mérito por parte do povo. Não operaram sua salvação. O sangue do Cordeiro os libertou da escravidão. E agora chegam ao monte Sinai, e lá, Deus quer fazer deles Seu povo. Leiamos Êxodo 19:3-6. “Subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou e lhe disse–” Percebam que Moisés vai até o topo da montanha falar com Deus. E Deus tem uma mensagem a lhe dar para o povo. “Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos leveis sobre asas de águia e vos cheguei a mim.–” Ou seja: “EU os libertei da escravidão” “Viram o que EU fiz, e não vocês!” Agora atentem para o versículo 5. “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha.–” Ou seja, no Sinai, Deus quer celebrar uma aliança relacional com Israel. Ele quer, oficialmente, fazer deles Seu povo.

Versículo 6. “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Deus está dizendo: “Eu os libertei da escravidão, sem esforços de sua parte, foi graça, de graça, porque clamaram a mim.” E diz: “Mas agora, quero que se tornem Meu povo. Quero que formem uma aliança comigo e estas são as condições. Ouçam minha voz e obedeçam a minha aliança.” E Deus diz a Moisés que fale esta mensagem aos filhos de Israel. Quero que percebam que Moisés desce do monte e fala com o povo. E vai dizer: “Pessoal, foi isto o que Deus me disse. Ele me deu uma mensagem para falar para vocês. E quer saber se vão aceitar a proposta que Deus está oferecendo.”

Leiamos Êxodo 19:7 e 8. “Veio, Moisés, chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas estas palavras que o Senhor lhe havia ordenado.–” Ou seja, está indo aos anciãos para dizer o que Deus quer de Israel. Vão aceitar ou não vai aceitar? Percebam o versículo 8. “Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o Senhor falou faremos.”

Eles aceitaram os termos da aliança? Sim ou não? Claro que sim! Deus diz: “Esta é a mensagem. Quero fazer de vocês o Meu povo.” “Estas são as condições: se ouvirem a minha voz e guardarem a minha aliança. Aceitam?” Israel diz: “Sim, aceitamos!” Agora notem os versículos 8 e 9. Moisés leva a mensagem de volta a Deus. A Bíblia diz: “E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo.” E agora, Israel era, oficialmente, o povo de Deus, cooperando com Deus numa aliança.

Percebam que não se tornaram povo de Deus por causa da obediência; tornaram-se povo de Deus, pois Ele os libertou da escravidão, por Sua graça, e Deus os oferece uma aliança relacional com Ele. A propósito, em Jeremias 31:32 essa aliança no monte Sinai é retratada como um casamento. Deus diz que ao dar Sua lei no monte Sinai, Ele Se tornou um marido para Israel. Em outras palavras, era uma aliança matrimonial. Deus diz: “Quero me casar com vocês. Vocês aceitam se casar comigo?” Israel diz: “Aceito!” E agora entram nessa relação de aliança com Deus. Foram libertados da escravidão e aceitaram os termos da aliança. Percebam que a aliança é dada a um povo remido. Deus não diz: “Guarde minha aliança e vou remi-los!” Mas diz: “Vou remir vocês, para que, por amor a Mim, guardem Minha aliança!” E Deus vem e, de fato, fala a aliança. Israel aceita que tudo que o Deus disser, eles farão.

Vamos ver que Deus, agora, fala a aliança para Israel. Êxodo 20:1, 2. “Então, falou Deus todas estas palavras:–” Prestem atenção porque é muito importante. “EU sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. Quem eram os israelitas? Quem os tirou do Egito? Deus! Diz aqui: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. Logo, Deus continua e fala o quê? Os Dez Mandamentos.

Os Dez Mandamentos são os termos da aliança. Os Dez Mandamentos são o que Israel prometeu fazer o quê? Obedecer! Deveriam ter obedecido a Deus por amor, pois os tinha libertado da escravidão. Uma resposta amorável a Deus deveria ter sido obediência aos mandamentos de Deus. E lemos que depois que Deus falou os Dez Mandamentos, os termos da Aliança, em Êxodo 31:18 que Deus deu as tábuas da Aliança a Moisés. Diz assim: “E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no Monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”.

Talvez pensem: “Eles se casaram e viveram felizes para sempre”. “Uma vez casados, sempre casados.” Isso era o que se esperava. Mas não foi bem assim. Pessoal, Israel não foi libertado porque obedeceram, mas uma vez tendo sido libertados, Deus esperava que eles obedecessem. Não porque precisavam fazer isso, mas por amarem a Deus pelo que Ele tinha feito para libertá-los do Egito. Em outras palavras, a obediência devia ser a consequência da redenção. Não era a causa da redenção. Mas agora tinham que viver como povo de Deus. Deus disse que os havia tirado do Egito, feito deles o Seu povo, agora, deveriam viver como tal.

E Êxodo relata que Moisés permaneceu no alto do monte por muito tempo. E o povo ficou inquieto porque Moisés não regressou quando esperavam. Vejam Êxodo 32:1, 2. Houve um atraso no regresso de Moisés. Aqui temos simbolizado um atraso no regresso de quem? No regresso de Cristo. Lemos em Êxodo 32:1, 2: “Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses–” Não é uma boa tradução. A palavra aqui é Elohim. O que estão dizendo é: ‘Faze-nos Deus!’ Vocês vão ver que estão professando adorar o verdadeiro Deus. Esse serviço de adoração foi oferecido ao verdadeiro Deus. Mas no estilo egípcio. E disseram a Arão: “Levanta-te, faze-nos Deus, que vá adiante de nós–” Agora notem: “porque quanto a este Moisés–” Sentem o comentário depreciativo? “Quanto a este Moisés…” Agora ouçam isto. “Quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito–” De acordo com eles, quem os tirou do Egito? Moisés. E Deus está ouvindo. “Porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.”

Quando há um atraso no regresso de Moisés, o povo fica complacente, e pedem um culto de adoração especial, no qual Arão fará Deus para que eles adorem. É importante perceber que os líderes na apostasia que vamos estudar, era um grupo conhecido como “mistura de gente”. Já ouviram falar da “mistura de gente”? Foram pessoas que se uniram a Israel no Êxodo do Egito, não porque tinham o coração em Deus, mas porque queria escapar das pragas. E viram que Deus abençoava Israel, e então saíram do Egito, mas o Egito ainda estava bem dentro do coração deles. O Espírito de Profecia nos diz que sempre que havia discórdia e problemas em Israel a “mistura de gente” era o grupo que originava os problemas.

Gostaria de ler uma declaração que está em Patriarcas e Profetas, p. 297, na qual Ellen White trata dessa “mistura de gente”. “A mistura de gente que com os israelitas subira do Egito era uma fonte contínua de tentação e dificuldades.” Será que ainda temos “mistura de gente” na Igreja Adventista do Sétimo Dia? Pessoas que se uniram à igreja, cujos corações não estão nela? Que talvez queiram praticar um estilo de adoração diferente? Diferente daquele que é visto nas Escrituras Sagradas? Ela continua dizendo: “Professavam ter renunciado à idolatria, e adorar o verdadeiro Deus; mas sua primitiva educação e ensino lhes haviam modelado os hábitos de caráter, e estavam mais ou menos corrompidos pela idolatria e irreverência para com Deus.” Não olhavam para Deus como o Deus tremendo diante de quem devemos cair como criaturas e adorá-Lo. Trataram-nO com irreverência. Ela continua dizendo: “Eram os que mais frequentemente suscitavam contendas e os primeiros a queixar-se, e contaminavam o acampamento com suas práticas idólatras e murmurações contra Deus.”

Então disseram a Arão que fizesse Deus para eles. Pois queriam ter tal culto de adoração. E, claro, Arão, em vez de defender o que é certo, mais adiante vamos tratar mais de Arão, ele cede aos desejos do povo. Notem Êxodo 32:2-4. Esse é o caso das ovelhas liderando o pastor. Esse é o caso dos que são liderados estarem liderando o líder. Notem Êxodo 32:2-4. “E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo arrancou os pendentes–” Mas veremos, antes do fim do sermão, que havia muito mais de onde esses vieram. Eles arrancaram alguns, mas colocaram outros em si. A Bíblia continua dizendo: “Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão.” Continuemos com os versículos 4 e 5. “E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.”

Gostaria de ler uma declaração bastante incisiva que encontramos na Review and Herald, de 6 de setembro de 1906. Ellen White comenta essa experiência. E ela tem um jeito bem interessante de expressar o que aconteceu lá com o povo no monte Sinai. Ela diz isto: “O resultado de seu murmúrio e descrença foi que Arão fez para eles um bezerro de ouro para representar a Deus.–” A quem alegavam adorar? Não eram deuses pagãos, mas quem? Deus. A propósito, aqui Ellen White usa “D” maiúsculo ao se referir a Deus. “Ele proclamou que esse ídolo era Deus–” Outra vez, “D” maiúsculo. “…e criou-se bastante entusiasmo quanto a este falso deus.” Com um “d” minúsculo. Ou seja, alegavam adorar o verdadeiro Deus, mas, de fato, adoravam um deus falso, ou uma contrafação de Deus.

Notem que se tratava de um culto de adoração. Não era um encontro social. Não foi um momento que se reuniram para festejar. Estavam celebrando um culto de adoração. E alegavam fazer isso em homenagem ao verdadeiro Deus. Notem Êxodo 32:5 e 6. “E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele–” Diante do bezerro de ouro. Agora eu pergunto: Construir um altar seria um empreendimento religioso? Claro que sim! “E apregoou Arão e disse:–” Notem só isto. “Amanhã será festa ao Senhor.” Isso é adoração? Aparentemente ao Senhor? Sim! “E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos–” Notem, aqui temos atividades religiosas. “E trouxeram ofertas pacíficas–” Outra vez, temos ofertas que eram realizadas no santuário. “E o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.” Ou seja, durante esse culto de adoração, o que eles queriam fazer? Queriam se divertir! Nada da adoração reverente para Deus. Diz que “o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar”.

E Moisés está lá no alto do monte enquanto ocorre esse culto de adoração. “Então disse o Senhor a Moisés–” Moisés, o povo está celebrando um culto de adoração apóstata lá embaixo do monte Sinai. Fizeram um bezerro de ouro, aparentemente para Me adorar. Percebam o que Deus disse em Êxodo 32:7. Isso é bastante incisivo. “Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido.” Deus havia dito: “Vocês são Meu povo. Eu os tirei do Egito”. Mas o povo tinha dito: “Este Moisés que nos tirou do Egito, não sabemos o que aconteceu com ele”. Deus estava ouvindo. E Deus diz: “Então é assim?! Está bem!” “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido.”

Sabem o que ocorreu no monte Sinai nesse falso culto de adoração? Israel anulou sua aliança com Deus. Já não eram mais povo de Deus. Espera um pouco, pastor. Seria verdade? Vou ler algumas citações, e dar comprovação bíblica, do Espírito de Profecia. Patriarcas e Profetas, p. 225 “O concerto de Deus com Seu povo havia sido anulado…” Também na página 225: “Deus dera a entender que renunciara a Seu povo.” Ou seja, “renunciar” significa que já não são mais de Deus. Na página 227, ela diz isto: “Para mostrar aversão pelo crime do povo–” Está falando de Moisés. “Arrojou as tábuas de pedra–” As tábuas da Aliança. É a prova bíblica do que Ellen White está dizendo é verdade. “Para mostrar aversão pelo crime do povo, arrojou as tábuas de pedra, e elas se quebraram à vista de todos, significando com isto que, assim como haviam quebrantado seu concerto com Deus, assim Deus quebrava Seu concerto com eles.” Uau.

Na página 229, Ellen White acrescenta isto: “Os israelitas haviam sido culpados de traição–” Uau, isso é forte, não é? “Culpados de traição e esta contra o Rei que os cumulara de benefícios, e cuja autoridade voluntariamente se comprometeram a obedecer.” A propósito, traição contra o Rei alegando adorar o Rei. Alegavam adorar o verdadeiro Deus. Se alguém lhes dissesse que estavam adorando um falso deus, diriam que não. Diriam que o bezerro de ouro era representação do verdadeiro Deus. Estavam adorando o verdadeiro Deus. Então Deus diz que renunciou a este povo e anulou a aliança com eles. Estão de relações cortadas.

E Moisés entra em cena, e intercede com Deus. Notem Êxodo 32:11 e 12. “Moisés, porém, suplicou ao Senhor, seu Deus, e disse:–” Notem isto. “Ó Senhor, por que se acende o teu furor contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão?” Moisés pede para não jogar a responsabilidade em cima dele. São o povo de Deus, e Deus os tirou do Egito. Moisés afirma que Deus fez aliança com eles, e eles com Deus. Sim, eles apostataram, ao fazer um falso culto de adoração, mas ainda são o povo de Deus. E foi Deus quem os tirou da terra do Egito.

Curiosamente, ao Moisés descer do monte, temos um pequeno vislumbre de como foi esse culto de adoração. Notem o que a Bíblia diz quando Moisés desce do monte. Vocês lembram, Moisés desce com os Dez Mandamentos nas mãos. Os Dez Mandamentos que falam sobre adorar o verdadeiro Deus com reverência. Os Dez Mandamentos que falam sobre obedecer a Deus como Pai. Ele desce com os Dez Mandamentos, e o povo, ao mesmo tempo, está tendo esse falso culto de adoração. Notem Êxodo 32:15 e 16. “E virou-se Moisés e desceu do monte com as duas tábuas do testemunho na mão, tábuas escritas de ambos os lados; de um e de outro lado estavam escritas. E aquelas tábuas eram obra de Deus, também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas.” E ao Moisés descer, com os termos da Aliança, e o povo quebrando esses termos, e Deus dizendo que renuncia ao povo e anula Sua aliança, ao se aproximarem do acampamento, dá para ter uma ideia de como era o culto.

Êxodo 32:17-19. Moisés desce do monte com Josué. “E, ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, disse a Moisés: Alarido de guerra há no arraial.” Uau. Deve ter sido uma gritaria e tanto nesse culto. “Porém ele respondeu:–” Agora Moisés fala. “Não é alarido dos vitoriosos, nem alarido dos vencidos, mas o alarido dos que cantam, eu ouço. E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e vendo o bezerro e as danças–” Danças, gritos, cantorias a plenos pulmões.

Notem o comentário de Ellen White sobre essa experiência. “Aproximando-se do acampamento, viram o povo a aclamar e dançar, em redor de seu ídolo.” Notem que estilo de adoração interessante. “Era uma cena de alvoroço gentílico, imitação das festas idólatras do Egito–” E diz mais. “…mas quão diverso do solene e reverente culto de Deus!” Notaram isto: o “solene e reverente culto de Deus!”

Vejam o que Moisés faz ao chegar até o pé do monte. Êxodo 32:19 e 20. “E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe o furor, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte.” Moisés não teria a mínima participação em tal culto. Nada desse falso culto.

A propósito, o livro de Apocalipse deixa bem claro que as grandes questões no fim dos tempos terão a ver com adoração. Verdadeira adoração e falsa adoração. Escutem o que vou dizer. A falsa adoração é oferecida por um povo que alega ser cristão. O Apocalipse não fala de pagãos adorando deuses pagãos, mas de um povo que alega servir a Deus, e O adora de uma maneira falsificada. Em outras palavras, estão adorando um falso deus. A pergunta é: Como Israel pôde cair nessa? Como Israel pôde apostatar tão perto do momento em que Deus fez Sua aliança com ele? A resposta é: Arão! O líder fracote com um caráter que tremia mais que gelatina.

Leiamos Êxodo 32:21-24. “E Moisés perguntou a Arão: Que te tem feito este povo, que sobre ele trouxeste tamanho pecado?” Não sei vocês, mas tem algo interessante aqui. Ao consentir, Arão trouxe este grande pecado sobre Israel. Ou seja, ao consentir em permitir esse culto de adoração falsificado, ele conduzia Israel ao pecado. A Bíblia continua dizendo: “Então respondeu Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que este povo é inclinado ao mal–” Se são inclinados ao mal, o líder tem que tomar uma posição para o bem deles.

Hoje de manhã, na Escola Sabatina, alguém me perguntou se eu… Não vou mencionar o assunto, mas perguntou se eu pregaria sobre tal assunto polêmico, correndo o risco de ser processado. Eu disse que sim, sem problemas. Se está na Bíblia, eu prego. Eu não tenho medo. Deus vai cuidar das consequências. Arão diz: “tu sabes que este povo é inclinado ao mal; E eles me disseram: Faze-nos um deus–” Uma melhor tradução seria: “Faze-nos Deus!” “Que vá adiante de nós; porque não sabemos o que sucedeu a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do Egito. Então eu lhes disse: Quem tem ouro, arranque-o; e deram-mo–” Notem que Arão, esse líder sem personalidade, acrescenta uma mentira. “E deram-mo, e lancei-o no fogo, e saiu este bezerro.” A melhor tradução é “coloquei o ouro no fogo, e o bezerro saltou para fora”. Moisés não aceitaria nenhuma explicação assim desse líder de araque.

Em Testemunhos para a Igreja, volume 4, páginas 514 e 515, encontramos uma declaração bem profunda de Ellen White sobre essa experiência de Arão. Ela diz: “O companheiro de atividades de Moisés, que foi deixado com a solene incumbência do povo em sua ausência, ouviu as pessoas expressando queixa de que Moisés as havia deixado, e expressando o desejo de retornarem ao Egito–” Agora vejam só isto. “…contudo, com medo de ofender as pessoas, ele ficou em silêncio.” Por que ficou em silêncio? Tinha medo de quê? De ofender as pessoas! “Não se levantou ousadamente por Deus, mas para agradar as pessoas preparou um bezerro de ouro. Ele parecia estar adormecido à evidência do mal. Quando as primeiras palavras rebeldes foram proferidas, Arão poderia tê-las impedido; estava, porém, tão temeroso de ofender o povo que aparentemente se uniu a eles e foi finalmente persuadido a fazer um bezerro de ouro para que adorassem.”

Quem lidera quem? Será o líder liderando as ovelhas, o pastor liderando as ovelhas? Ou serão as ovelhas que lideram o pastor? Parece que aqui temos as ovelhas liderando o pastor. E, sabem, as ovelhas têm um péssimo senso de orientação. Agora vão conduzir o líder pelo caminho errado, não é mesmo? Várias vezes, nessa declaração, Ellen White diz que Arão tinha medo do que o povo podia fazer, se tomasse uma posição, de princípio, pela verdade.

Isso me faz lembrar quando fui à Igreja Central de Fresno. E um punhado de pessoas dizia: “Pastor, ao pregar do púlpito, não queremos ouvir o nome Ellen White.” Eu disse: “Está bem. Mas acho que vou ter que ler muitas citações.” Não disse desse jeito. Mas o Espírito de Profecia é uma de nossas crenças fundamentais. Não há nada de errado em ler do Espirito de Profecia contato que corrobore para apoiar as Escrituras Sagradas. Outro grupo disse: “Queremos Música Cristã Contemporânea. Queremos baterias e guitarras.” Eu disse que não teríamos aquilo enquanto eu estivesse lá. Outro grupo, alguns do mesmo grupo, disse– Não sei a posição de vocês quanto a isso. “Queremos ordenar mulheres como anciãs.” Agora estou entrando em um tema polêmico. E disse: “Lamento, mas não acontecerá enquanto eu estiver por aqui.” E entrei em muita discussão. E teve muito êxodo da igreja. O que eu deveria fazer? Não usar o Espírito de Profecia? Introduzir Música Cristã Contemporânea na igreja, a fim de agradar as pessoas que ficariam ofendidas e que poderiam ir a outro lugar se eu dissesse que “não”? Acho que não. Deus me chamou para liderar o meu rebanho, bem como o pastor Finn e o pastor Janson. Todos falamos a mesma língua quanto a isso. Louvado seja Deus. É difícil encontrar uma equipe na qual todos falem a mesma língua quanto a essas questões polêmicas.

Patriarcas e Profetas, p. 224. Ellen White diz assim: “Arão, com fraqueza, apresentou objeções ao povo, mas sua vacilação e timidez no momento crítico apenas os tornou mais decididos.” Deve ter dito: “Não sei se é o certo. Talvez sim, talvez não. Não sei se deveríamos ou não agir assim.” E quando vacilou, o povo ficou ainda mais ousado. Ela conclui dizendo: “Arão temia pela sua própria segurança; e, em vez de manter-se nobremente pela honra de Deus, rendeu-se às exigências da multidão.” Sabiam que nem todos queriam praticar esse estilo de adoração? Havia um remanescente que se recusou. Vou ler o que aconteceu com este grupo. Patriarcas e Profetas, mesmas páginas, 224 e 225. “Alguns houve que permaneceram fiéis ao seu concerto com Deus; mas a maior parte do povo aderiu à apostasia.” Quem se uniu à apostasia? A maior parte do povo!

As pessoas dizem, vocês já ouviram. “Pastor, como o senhor sabe se o sábado é o dia certo de guarda se o mundo todo guarda o domingo? Vocês são um pequeno grupo de pessoas. Há bilhões de católicos e milhões e milhões de protestantes que guardam o domingo. O que faz vocês, adventistas, crerem que estão no caminho certo porque guardam o sábado?” Na Bíblia, a maioria nunca esteve com Deus. Se for por números, o reino do diabo seria o reino verdadeiro. porque quase todo o planeta Terra está ao seu lado.

Ela continua dizendo: “Uns poucos que se arriscaram a denunciar a proposta execução da imagem como sendo idolatria, foram atacados e rudemente tratados, e na confusão e agitação perderam finalmente a vida.” Houve gente que morreu no pé do monte Sinai a fim de ser fiel a Deus. A fim de praticar um estilo de adoração reverente.

Quero que notem algo muito importante. Hoje, na igreja, tem muitos que gostam de criticar a Igreja Adventista. Gente que se levanta e diz: “Oh, eu sou santo. E, vejam, a igreja está em apostasia! A igreja isso e a igreja aquilo…” Parece que odeiam a igreja. Mas sabem o que fez Moisés ao ver essa apostasia? Esta é a grande maravilha. Ele revelou o caráter de Cristo. O poder de intercessão de Jesus. Ele não queria que Israel, seu povo, fosse destruído. Ele queria que eles fossem perdoados. E é isso que Cristo quer para sua igreja remanescente.

Vejam Êxodo 32:31-33. “Assim tornou-se Moisés ao SENHOR, e disse: Ora, este povo cometeu grande pecado fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.” Não muita gente que se torna dissidência da Igreja Adventista dizendo que estariam dispostas a morrer a fim de que a Igreja viva. Ao virmos apostasia, não deveríamos acusar os líderes que estão em apostasia, nem a igreja apóstata. O que deveríamos fazer é, com amor, estar dispostos a oferecer nossa própria vida a fim de que Deus salve a igreja. Em outras palavras, é preciso ter um amor profundo e intenso pela igreja. Deus aceitou a oração de Moisés. E aceitou o arrependimento de Israel.

Notem como Israel mostrou seu arrependimento e penitência. Eles fizeram algo para mostrar que agora estavam humildes, que sua vida havia sido transformada, e que agora seguiriam ao Senhor. Fizeram algo muito significativo. Vejam Êxodo 33:1-6. Êxodo 33:1-6. “Disse mais o SENHOR a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque, e a Jacó, dizendo: A tua descendência a darei. E enviarei um anjo adiante de ti, e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, a uma terra que mana leite e mel; porque–” Notem o que Deus diz. “…porque Eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.” Deus ainda não sabe ao certo se vai acompanhar o povo.

Vejam como o povo reage. Versículo quatro. “E, ouvindo o povo esta má notícia, pranteou-se e ninguém pôs sobre si os seus atavios.” Prantearam. É um sinal de arrependimento? O que eles tiraram? Seus ornamentos! Suas joias, se assim desejar. Por que pensaram nisso? Foi somente um momento de decisão deles? Não! “Porquanto o SENHOR tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um momento subir no meio de ti, te consumirei; porém agora–” Deus fala isso. “porém agora tira os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer. Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe.” E nunca mais os colocaram até chegarem a terra de Canaã. Porque Deus havia falado. Um sinal de humildade. Um sinal de arrependimento.

Se analisarmos a igreja, a igreja cristã como um todo, há 40 ou 50 anos, nós viríamos que havia diferença entre membros da igreja e mundanos pelo jeito que as pessoas se vestiam, e pelo traje cristão. Até mesmo em igrejas não adventistas, joias eram algo raro. Mas, hoje, nos muitos cultos de adoração na TV, além de termos gritos, baterias, dança, supostamente, no nome do Senhor, adorando-O, mas as pessoas que conduzem a adoração parecem uma árvore de Natal. Estão tão enfeitados. É sinal de orgulho, de acordo com a Bíblia. Deus é um Deus de simplicidade.

Alguns dizem: “Mas a Bíblia fala que alguns usaram joias. Deus colocou joias nas pessoas.” E é verdade! Mas, sabem, se examinarem a Bíblia, descobrirão claramente, que quando Deus coloca joias nas pessoas é um sinal de santidade; quando as pessoas colocam em si mesmas, é sinal de apostasia. É melhor orarmos para que Deus nos envie muitas joias do céu. Essa parte as pessoas não percebem. Dizem que Deus diz as vai cobrir de rubis e muitas pedras preciosas. É verdade! Mas é depois do pecado. Não durante esse trilhar terreno, para que nos tornemos orgulhosos, quando usamos essas coisas. Muitos ignoram esta mensagem, pois aconteceu com Israel.

Eu prego isso porque essa experiência será repetida pelo povo de Deus no fim. Paulo disse que essas coisas “foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.” No fim dos tempos, o mundo cristão alegará estar adorando o verdadeiro Deus. Mas pelos sinais de adoração, ficará bem claro que é qualquer um, menos Deus, que estará sendo adorado de maneira reverente e solene, curvando-nos diante dEle como criaturas, e vendo-O como o grande Criador. Vai acontecer, pessoal, e já está acontecendo.

Apenas um pouco de história. Nos idos de 1900, na conferência de Indiana, houve problemas graves. Um homem de nome S.S. Davis, o evangelista da conferência, em 1888 e 1889 começou a ensinar a doutrina da carne santa. A ideia de que ao aceitar Jesus, temos carne santa e não podemos pecar. E se vier a pecar, na verdade, não é pecado, porque você tem carne santa. O presidente da associação ficou tão estarrecido com o evangelista– Seu nome, R.S. Donnell. A notícia chegou a sede da Igreja Adventista. Decidiram enviar dois oficiais à campal de Indiana em 1900. Steven Haskel e A.J. Breed. A campal foi realizada em Muncie, Indiana, de 13-23 de setembro de 1900. Após Haskel e Breed participarem desta reunião, que estava sendo realizada por aqueles que promoviam essa visão, enviaram um relatório para Ellen White. E Ellen White escreveu-lhes uma carta datada de 10 de outubro de 1900, explicando como Deus via o que aconteceu na campal de Indiana e o que tinha sido testemunhado pelos pastores Haskel e Breed. Essa carta pode ser lida em Mensagens Escolhidas, vol. 2, páginas 31 a 40. Vou ler alguns trechos dela.

Ela diz assim: “As coisas que descrevestes como tendo lugar em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ter lugar imediatamente antes da terminação da graça–” Seria o tempo em que vivemos? Claro que sim! “Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança–” Parece com o monte Sinai? Gritos, música, dança, tambores. “Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. ” isto será chamado operação do Espírito Santo.” Na página 36 ela continua: Ouçam isto. “O Espírito Santo nunca se revela por tais métodos–” Alguns dizem que o erro daquele movimento era a doutrina da carne santa. Mas Ellen White diz que o “Espírito Santo nunca se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruídos.” Se estamos em uma balbúrdia de ruídos, não se ouve a voz do Senhor falando. É algo ensurdecedor.

O propósito do culto de adoração é que entremos na presença de Deus com reverência e que possamos ouvir a voz calma e suave de Deus. “Isto é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo–” Ou seja, é um substituto para que o povo não veja a importância da verdade para este tempo. “É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, “foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais–“

Ela não está tratando da doutrina da carne santa, e sim, com a música. E, naquela época, não havia rock, disco nem rap. Eu penso que o que ela ouviu não foi nada comparado ao que se ouve em muitas igrejas, hoje em dia. Ela continua dizendo: “A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção–” Vemos que ela não trata da doutrina da carne santa, mas com o estilo de adoração! “As forças das instrumentalidades satânicas–” Ouçam isto! “As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo.” Logo, ela diz: “Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto.” Categórica!

Ela continua dizendo na página 37. “O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons como me foram apresentadas em janeiro último.–” O que alguns dizem ao ler este capítulo é que ela só está criticando a teologia do povo da carne santa. Não é somente a teologia, mas também o estilo de adoração. “O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons como me foram apresentadas em janeiro último. Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para Deus. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente.” Último comentário na página 38. Ela diz: “Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida.”

Ellen White fala sobre estilos falsificados de adoração entrando em nossas igrejas adventistas, em nossas campais, perto do fim do tempo da graça. Eu creio que vivemos nesse tempo. E creio que as linhas de batalha estão sendo traçadas neste momento. Se vamos destacar a verdade enobrecedora e santificadora para este tempo, a mensagem dos três anjos, que santifica a vida e prepara para a vinda de Jesus, ou se vamos destacar os enfeites da adoração, e esquecer que, para este tempo, Deus tem uma mensagem especial para Sua igreja.

Queridos, o estilo de adoração tem muito a ver com o modo que vemos a Cristo. Meu estilo de adoração pode rebaixar a Cristo. Pode rebaixar nossa visão de Cristo. Pode rebaixar nosso respeito por Cristo. Uma adoração verdadeiramente enobrecedora e santificadora pode nos tornar mais parecidos a Cristo, pode nos elevar a Cristo, e pode nos fazer refletir mais de perto a imagem de Cristo em nossa vida. Outra vez, a questão será a mesma do monte Sinai. Ou seja, a questão da adoração.

Como adoramos, quando adoramos, e não tanto quem adoramos, porque, no fim, todos alegarão estar adorando o verdadeiro Deus. Irmãos e irmãs, elevemos o padrão e defendamos a verdade, ainda que caiam os céus. Que tal?


Produzido por: Secrets Unsealed


Tradução: Hander Heim – Fatos Incriveis – Sob encomenda de Música Sacra e Adoração


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