A Adoração / O Adorador

Adoração em Espírito e em Verdade

por: Valvim M. Dutra

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem" (João 4: 23). Esta afirmação, embora bastante conhecida, ainda não é bem compreendida pela maioria dos brasileiros. Para compreendê-la, adequadamente, precisamos analisar em profundidade o significado individual das palavras utilizadas.

1- ADORAR: Muitas pessoas pensam que adorar é orar e cantar louvores. Na verdade isso é apenas cultuar; adorar é muito mais profundo do que isso. Veja que enquanto amar significa se relacionar com plena igualdade, seja na dor, na alegria etc; adorar significa se submeter e servir, seja na dor, na alegria etc. (quem ama, divide, compartilha; quem adora, se prostra, se submete aos ensinamentos e ordenanças com total confiança).

2- ESPÍRITO: A palavra espírito está relacionada à parte do ser humano que não tem aparência física, mas controla todo o corpo semelhantemente ao "software" nos computadores e robôs. Referir-se ao espírito é referir-se à parte não-aparente, porém, a mais importante.

3- VERDADEIRO: A palavra verdadeiro significa sem falsidade, sem hipocrisia; de coração puro.

Então, a afirmação: "Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito…"; em palavras mais simples poderíamos traduzir assim: os verdadeiros servos servirão ao Pai com o seu interior, isto é, por vontade própria e sem produzir aparências inúteis tais como discursos demagogos, orações repetitivas, histerias em praça pública, etc.

Já a segunda afirmação: "Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai… em verdade"; poderíamos traduzir assim: os verdadeiros servos servirão ao Pai… sem falsidade, sem hipocrisia e de coração puro, isto é, por entendimento e convicção e não por obrigatoriedade desta ou daquela tradição.

Portanto, não é pelo que aparentamos nem pela obediência cega, que faremos a vontade do Pai. O verdadeiro adorador segue a orientação de Deus buscando uma conduta pura e irrepreensível independentemente dos costumes desta ou daquela denominação. O extremismo, tanto no que diz respeito ao tradicionalismo religioso, quanto no que diz respeito a alucinações espiritualistas, não representa a vontade de Deus.

Sendo assim, se não é pela parte aparente que Deus nos avalia, então de que maneira poderemos identificar as pessoas que fazem realmente a vontade do Pai?

Na verdade, analisando apenas as aparências fica muito difícil de identificá-las; o verdadeiro cristão não se preocupa em produzir aparências. Observe a orientação de Jesus Cristo descrita em Mateus 6:3-7 "… quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita;… E, quando orardes, não sejais como os hipócritas;… Mas tu, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como…". Portanto, não temos a capacidade e a legitimidade de julgar e condenar esta ou aquela pessoa por não possuir a "aparência cristã" que nós esperávamos. Precisamos meditar sobre isso antes de intentarmos julgar quem vai para o céu e quem vai para o inferno, seja ao nosso redor, seja na nossa cidade, na nossa nação ou nas nações estrangeiras. Não podemos esquecer que é pelo fruto que se conhece uma árvore, e não pela sua aparência.

Cristãos, as afirmações feitas aqui são para análise e meditação, a intenção é ajudar a esclarecer (tornar claro, iluminar) jamais confundir.


Valvim M. Dutra é autor do livro Renasce Brasil


Fonte: Mensagens e Exortações Cristãs.


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