A Adoração

A Verdadeira Adoração

por: autor desconhecido [*]

Leitura Bíblica: Êxodo 20:3-8; 25:8.

Introdução

Notemos a diferença que há entre o primeiro e o segundo mandamentos. O primeiro proíbe qualquer outro deus além de Jeová. O segundo dá a entender que não existe outro deus, e a seguir proíbe a feitura de qualquer representação divina no culto. “O primeiro trata da questão de quem seja o verdadeiro Deus, e o segundo, da maneira como deve ser adorado.”

Maneira fácil de lembrar a distinção entre os dois mandamentos é observar que o primeiro trata do verdadeiro objeto da adoração; o segundo, do verdadeiro método de adoração.

Apresentação

I . O Material em oposição ao Espiritual, no Culto

1. O material.

a. A feitura de modelos, gravuras, semelhanças de objetos materiais não era proibida a não ser que se usassem como objetos de adoração, ou para ajudar a adoração. Por exemplo: foram feitos querubins de ouro para o propiciatório (Êxodo 25:18), e no lindo véu achavam-se bordados querubins; as vestes do sumo sacerdote ostentavam romãs e campainhas. Entretanto, nenhum desses objetos devia ser adorado, nem mesmo servir de auxílio para a adoração. (Ver Êxodo 20:4 e 5; Deuteronômio 4:15-19.)

b. I Coríntios 2:14. É impossível que o espiritual seja representado por objeto material.

c. Êxodo 20:5. Repousa uma maldição sobre os que deliberadamente se curvam ante objetos materiais, ou que os adorem.

d. A veneração, a adoração ou a feitura de imagens não tem proveito algum, é absurda. (Ver Isaías 44:10, 18-20.) “O homem acha que deve ter alguma coisa que o ajude a adorar a Deus. Pessoas devotas, na Igreja Católica, afirmam que não adoram a imagem, mas sim a Deus, por ela representado; que não adoram o crucifixo, mas este apenas os ajuda a fazer uma representação mental de Cristo. Entretanto , exatamente isto é o que se acha proibido neste mandamento. Não apenas que o homem não deva adorar a imagem ou o crucifixo, mas que estes não devem ser usados como representações para ajudar no culto. ‘Deus é Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade.’ O material não pode servir de auxílio ao espiritual.” — G. Campbell Morgan, The Ten Commandments, pág. 27.

2. O espiritual.

a. João 4:24. Os samaritanos eram uma mistura de israelitas idólatras e remanescentes pagãos, e sua religião adotava a corrupta veneração de lugares e imagens. Jesus ensinou à samaritana que um Deus que não Se restringe a limites não precisa da cidade santa de Jerusalém nem das colinas sagradas dos pagãos, mas sim de um adorador que possua o verdadeiro, vivo e amorável espírito de culto.

b. Hebreus 11:27. Os fiéis percebem a Deus pelos olhos da fé, pois Ele está em toda parte.

Sumário

1. A adoração afeta o caráter. Daí, objetos inanimados usados no culto representam o modo de pensar do homem, e representam, pois, suas limitadas ideias acerca de Deus.

2. Todo homem é semelhante ao deus que adora. Ler Salmos 115:4-8.

3. O espírito de adoração é, à vista de Deus, a coisa suprema.

4. O Deus verdadeiro não pode tolerar a adoração do que seja falso.

Aplicação Particular

1. Se sabemos que exista em nossa vida alguma coisa que usurpe o lugar de Deus, atenderemos então ao apelo: “Lembra-te … não Me esquecerei de ti … torna-te para Mim, porque Eu te remi”? (Isaías 44:21 e 22.)

2. Se confiamos em capitais, família, posição, habilidade ou qualquer outra coisa, com exclusão do sincero culto a Deus, ouçamos Seu convite para sairmos da idolatria: “Confia, ó Israel, no Senhor”. (Salmos 115:9)

3. O ritualismo, quando levado ao exagero, torna-se uma espécie de idolatria. O excesso de cerimonialismo na ceia do Senhor, mudou esta singela ordenança cristã num ato altamente ritualístico, tornando-se aborrecível a Deus. Será também possível fazermos o mesmo com outros serviços cristãos, como por exemplo a cerimônia do casamento, dedicação de templos, formaturas, etc.?


[*] – Nota: Os editores do Música Sacra e Adoração não localizaram informações acerca do autor deste artigo. Qualquer contribuição acerca desta informação será bem-vinda.


Fonte: Revista Adventista, novembro de 1948, p. 17 – Disponível em http://www.revistaadventista.com.br

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