Histórias de Hinos

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 515

Importa Renascer

Letra: William True Sleeper (1819-1904)

Título Original: Ye Must Be Born Again

Música: George Coles Stebbins (1846-1945)

Texto Bíblico: Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (João 3:1-3)


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1. Um rico, de noite, chegou a Jesus,
A fim de saber o caminho da luz.
O Mestre, bem claro lhe fez entender:
Importa renascer!

Coro:
Importa renascer!
Importa renascer!
Com voz infalível o disse Jesus:
Importa renascer!

2. Vós, filhos do mundo, escutai ao Senhor,
Que sempre vos chama com mui terno amor.
Ouvi que o Senhor nunca cessa em dizer:
Importa renascer!

3. Ó vós que no santo descanso de Deus
Quereis ter entrada e viver com os Seus,
Deveis à palavra de Cristo atender:
Importa renascer!


Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos Evangélicos):

“Certa noite, em novembro de 1886,” diz o superintendente de uma escola para meninos, “eu estava andando em uma rua em St. Joseph, Missouri, quando vi adiante uma multidão aglomerada em frente a uma porta. Ao chagar mais próximo vi que era a entrada para o salão da Associação Cristã de Moços. À porta, alguns jovens cantavam. Ao eu me aproximar começaram a cantar:

‘De noite, uma vez, veio um rico a Jesus
A fim de saber o caminho da luz;
O Mestre explicou, e lhe fez entender:
Importa renascer!’

Quando chegaram ao coro, a espada do Espírito penetrou meu coração. Pareceu-me estar diante do Senhor Jesus face a face. Lá na rua, enquanto o cântico era entoado, eu lhe pedi que me ensinasse como renascer outra vez, e Ele o fez.

Aceitei um convite para o culto da noite e após aquele serviço, e pelo resto da minha vida, reconheci publicamente a Cristo como meu Salvador. Tenho sentido que foi através da influência daquele cântico que minha alma foi despertada. Agradeço a Deus muitas vezes pelo cântico, bem como pela coragem que ele deu aos seus discípulos de cantarem na rua.”


Relata ainda Sankey:

“Muitos anos atrás um evangelista inglês mandou-me este incidente: -‘Estavamos realizando reuniões evangelísticas em uma cidade em Perthshire, e havia ali uma pessoa que ajudou-nos mais efetivamente do que poderíamos esperar. Não sei exatamente como entramos em contato com a “Cega Aggie”; além de ser cega e idosa, era uma grande sofredora, e raramente podia arrastar-se além de sua porta.

Nós éramos estranhos no lugar, e ninguém nos falou dela; no entanto, pela providência de Deus, um de nosso grupo foi levado a visitar seu pequeno quarto, descobrindo quão santa era ela, e quão profundamente interessada estava a respeito de tudo que ouvira de nossas reuniões. Ela nos auxiliou grandemente com orações, e tanto quanto possível com trabalho individual.

Hospedada na mesma casa que a cega Aggie, estava uma costureira – uma pobre jovem, frívola e tola por quem ela se interessou profundamente. Com muita dificuldade convenceu a jovem a assistir a uma de nossas reuniões.

Enquanto a moça estava na reunião, Aggie estava orando para que ela recebesse uma benção especial. Quando ela voltou, Aggie fez-lhe muitas perguntas, mas para sua tristeza notou que o coração da jovem não havia sido impressionado.

A boa anciã induziu a irresponsável moça a ir outra vez; quando ela voltou pela segunda vez, já era muito tarde, e a cega Aggie havia ido para a cama, mas a jovem irrompeu quarto a dentro, gritando:

– “Ó, Aggie, onde está você? Eu preciso contar-lhe…”

– “Sim, querida, o que é? Venha, conte-me!”

-Oh! mas primeiro eu preciso de luz; não posso contar-lhe no escuro.”

Apesar de Aggie nunca usar velas, disse à moça onde poderia encontrar uma. Após acendê-la, a jovem abriu seu coração:

– “Oh, Aggie desta vez eu não ri! Eles apresentaram um cântico que sempre repetia: ‘Importa renascer’, e isso tomou conta de mim, Aggie, e oh, eu nasci outra vez. Jesus tomou-me, Aggie’!


“Numa noite de domingo,” relata uma jovem de Dunfermline, Escócia, “fui com uma amiga passear num parque público, quando nossa atenção foi atraída para uma reunião ao ar livre. Enquanto estávamos lá ouvindo, o cântico ‘Importa Renascer’ foi distribuído e cantado. As duas últimas linhas da última estrofe (este trecho não se encontra no “Hinário Adventista”) eram:

‘Um querido no céu meu coração deseja ver
No belo portão esperando para ir comigo ter!

Essas palavras tocaram-me profundamente, e eu senti que precisava renascer, pois de outra forma, jamais, entraria lá. Naquela noite me decidi por Cristo e desde este cântico tem sido muito precioso para mim”.

Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista


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