Histórias de Hinos

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 172

Na Cruz Morri por Ti

Letra: Frances Ridley Havergal (1836-1879)

Título Original: I Gave My Life for Thee

Música: James Edson White(1849-1928)

Texto Bíblico: e disse-lhes: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai. E adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice; todavia não seja o que eu quero, mas o que tu queres. Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? não pudeste vigiar uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (Marcos 14:34-38)


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1. Na cruz morri por ti,
Por ti, ó pecador!
Meu sangue ali verti,
Provando amarga dor.
Na cruz a Minha vida pus,
Do Céu por isso vim.
Das trevas te chamei à luz;
Que fazes tu por Mim?

2. Em vão Eu não deixei
O trono lá na luz;
Em vão não permutei
A glória pela cruz.
Por ti deixei no Céu Meu lar,
Fui peregrino aqui.
Não queiras, pois, desculpas dar;
Que fazes tu por Mim?

3. Imensa foi a dor,
A angústia que sofri!
Não pode haver maior!
A ela sucumbi.
Mas mesmo a morte desprezei,
Pra te salvar, assim;
Por ti a Minha vida dei;
Que fazes tu por Mim?


Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos Evangélicos):

Quinze anos após este cântico haver sido escrito, a Srtª Havergal disse a respeito dele: –

“Sim, o hino ‘Na Cruz Morri Por Ti’, é meu, e talvez o senhor se interesse por ouvir como ele quase foi para o fogo, em vez de ir para quase todo o mundo. Esta foi, eu creio, a primeira coisa que eu escrevi que pode ser chamada de cântico; foi escrito em 1859 quando eu era mocinha.

Eu mesma não compreendi o que estava escrevendo. Estava seguindo a Jesus com uma fé tremula, e constrangida, sempre atrás, nunca vendo Sua face ou tendo certeza de que Ele me amava. Escrevi estas palavras em poucos minutos nas costas de um circular, e então as reli e pensei: ‘Bem, isto não é poesia mesmo; não me darei ao trabalho de copiá-la!’ Estiquei minha mão para jogá-la no fogo, quando um impulso repentino me fez mudar de ideia e eu a coloquei, amassada e rasgada no meu bolso.

Logo depois, fui ver uma querida velhinha num asilo. Ela começou a falar-me como sempre, a respeito do seu querido Salvador, e eu quis ver se ela, uma velhinha simples, se interessava por versos, os quais, eu tinha certeza, ninguém mais se interessaria de ler. Li-os, e ela ficou tão encantada com eles que eu os copiei e guardei. Agora o Mestre os tem mandado a todos os lugares, e tenho ouvido que eles têm sido uma grande bênção para muitos.”

Algum tempo mais tarde a Srtª Havergal mostrou os versos ao seu pai, que compôs uma melodia especialmente para eles; no entanto, a melodia que o Sr. Bliss compôs para estes versos é a que se tornou popular na América.

Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista


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