Serviço de Cânticos Expressivo – Parte IV

por: Vasti S. Viana

Hinos e Canções Sagradas

Cantar hinos e canções sagradas na igreja têm o poder de ajudar-nos a expressar nossos pensamentos a Deus, adorá-Lo, a louvá-Lo, agradecê-Lo, enaltecê-Lo, e proclamar Sua bondade unidos aos nossos irmãos e irmãs. Também cantamos sobre nossa experiência cristã. Cantar juntos na igreja promove a união dos membros. É uma das poucas atividades religiosas que a igreja como um todo participa junta, ao mesmo tempo.

O Hinário Adventista contém composições sagradas antigas e modernas, em dois principais estilos. Os Hinos têm uma harmonia mais complexa, o baixo variando bastante, e em geral não têm a parte do estribilho. Sua estrutura apela mais à nossa mente, à nossa razão. A letra dos Hinos é direcionada a Deus, como uma oração, adoração, louvor. Por isso iniciamos o culto divino sempre com um cântico da categoria de Hino; pode ser nos responsivos ou no primeiro cântico do culto.(H.A.: 1-12; 17-20; 588, 590 entre outros).

As Canções Sagradas são mais simples em sua harmonia, em geral baseadas no 1º, 4º, e 5º graus da escala; quase sempre têm estribilho, e melodia agradável que toca nossas emoções; suas palavras:

  1. nos ajudam a expressar nossos sentimentos para com Deus (H.A.: 460, 245, 259, entre outros);
  2. tratam das experiências da vida cristã (H.A.: 220, 267, 555, entre outros);
  3. confirmam uma doutrina bíblica (H.A.: 253, 526, 531 entre outros);
  4. retratam uma conversa com Deus (H.A.: 98, 243, 417, entre outros), etc.

Devemos discernir as funções certas dos hinos, para então organizarmos a seqüência do nosso Serviço de Cânticos a fim de que sejam mais expressivos e cheios de significado.

Obstáculos a um Canto Expressivo

Um canto congregacional expressivo não acontece automaticamente. Consideremos alguns dos obstáculos com os quais nos deparamos.

1. Apenas uma parte das pessoas presentes cantam. Pode acontecer que a maioria não está familiarizada com aquele cântico, ou não possui o Hinário Adventista, ou está “desligado”. Em algumas igrejas, infelizmente, na grande maioria das reuniões os dirigentes da música estão abandonando, ou relegando a segundo ou terceiro planos os hinos que inspiraram gerações. Ao mesmo tempo, os corinhos de louvor mais populares têm a tendência de não permanecerem, caindo gradualmente de moda após alguns poucos anos, ou mesmo meses.

Vivemos em uma época onde a música sacra está mais disponível do que em qualquer outro período da história. Contudo, ironicamente, nossas congregações estão se tornando cada vez menos familiarizadas com nossa rica herança musical, uma herança que poderia manter os cristãos unidos. Usemos mais o Hinário Adventista!

2. Um comportamento de espectador. Em nossos dias o cantar está se tornando rapidamente em um esporte de ouvir gravações. Os programas de música dos colégios e das igrejas encontram cada vez menos pessoas disponíveis para seus corais. Como a próxima geração irá aprender a cantar? O Ministério da Música deve incentivar a todos, em todas as idades, para cantarem com alegria.

3. A errônea compreensão do papel da música na adoração. Nas igrejas algumas vezes, o poder da música é inconscientemente subestimado. Quando a música é assim considerada, a adoração é reduzida e a participação congregacional solapada. Percebe-se que os líderes tratam a música como um acessório do culto. As pessoas não participam plenamente, com todo o coração e alma, perdendo assim essa bênção.

4. Dirigentes de música que improvisam. Considere que o preparo dos dirigentes da música inclui:

  1. Oração e dedicação a Deus;
  2. Saber sobre quê o pregador vai falar;
  3. Sentir as necessidades da congregação e selecionar cânticos adequados para supri-las;
  4. Escolha dos cânticos e das modalidades que serão apresentados;
  5. Ensaios com os demais músicos.

Ocasionalmente encontramos um líder que percebe que a música é tão essencial quanto o sermão, e associa a força do canto junto com o poder do sermão. O resultado é o aquecimento espiritual e decisões por Cristo.

5. Falta de tempo para cantar. A autêntica adoração através do canto necessita no mínimo de quinze a vinte minutos para estabelecer-se completamente. Por isso devemos destinar mais tempo para a adoração por meio do cântico congregacional.

6. Acústica pobre. Um canto congregacional forte e “cheio”, requer o apoio e o estímulo que uma boa acústica pode dar. Enfrentamos, na maioria de nossos santuários, uma arquitetura deficiente na acústica. Outros fatores que contribuem para sonoridades diferentes são calor e frio; ambiente repleto de pessoas, ou pela metade, ou vazio.

Contudo, a profundeza e o impacto do canto congregacional é impressionante. Ele reúne o vigor da multidão e revela uma profunda dimensão da alma na adoração, quer estejamos reunidos em um estádio para um congresso, em uma igreja nas reuniões normais ou num estudo bíblico numa casa.

Serviço de Cânticos Temático – Adoração

Bem-vindos aos momentos felizes em que cantamos louvores ao nosso Deus. O tema de hoje é a Adoração. Em nossas orações devemos sempre incluir palavras que expressem nossa alegria em adorar o Senhor nosso Deus. Vamos adorá-Lo cantando com fervor o hino 14, Jubilosos Te Adoramos.

Jesus disse em João 4:23 : “A hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem”. Cantemos o hino 1, Ó Deus de Amor. Os dirigentes cantarão a 4 vozes e as pessoas que desejarem poderão fazê-lo também.

“Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o governo estará sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso” (Isaías 9:6). O nosso Deus recebe com prazer a adoração e o louvor sincero dos Seus filhos e filhas amados. Vamos cantar com todo nosso coração a mensagem do hino 473, Maravilhoso És, Meu Mestre. A 1ª. e 3ª. estrofes e o coro todos cantam. A 2ª. estrofe será um solo e nós faremos boca “chiusa“.

Final: Que cada um de nós adore a Deus pelo que Ele é, e que a visão da Sua grandeza permaneça conosco durante a semana. Gratos por sua participação.


Vasti S. Viana é professora de piano e órgão e gentilmente cedeu este artigo ao Música Sacra e Adoração