A Variação na Simbologia das Claves Musicais ao Longo do Tempo e o Modelo Holográfico

por: Prof.Luiz Netto

Os símbolos empregados na pauta musical para abarcar toda a tessitura dos instrumentos musicais tem variado ao longo do tempo sendo atualmente empregado os símbolos para a clave de Sol, para a clave de dó e para a clave de Fá.

É curioso verificar que houve uma modificação paulatina ao longo do tempo introduzida pelos copistas de partituras, até que chegassem a essa representação nos dias de hoje, talvez na tentativa de simplificar os traços e conferir maior rapidez no desenhar. É intrigante verificar que todas elas trazem algo em comum dentro de seus traços: Algo que nos remete a forma ESPIRAL. A clave de Fá é a expressão mais forte da espiral.

Na clave de Sol, vemos claramente aqui uma espiral:

A clave de Dó nos traços do lado direito sugere também duas espirais em simetria.

A variação de forma na linha de tempo deu-se assim:

Tudo isto começou com Guido Darezo, no século XIV, que desenhou um tetragrama e inicialmente com as claves de Dó e Fá para representar os sons. Com o tempo apareceram instrumentos com uma extensão de sons maior daqueles existentes e então apareceu a clave de Sol. Como sabemos a Clave de Do assinalada nas linhas1, 2,3, e 4 e a clave de fá na terceira e quarta linha.

Mas onde queremos chegar com tudo isto – aparentemente mudando o assunto de “alhos” para “bugalhos”? Um dia destes assistindo uma palestra sobre assuntos de parapsicologia o conferencista lembrava os estudos levados a efeito na Universidade Duke, nos Estados Unidos, o Dr. Rhine , quando criou as cartas Zener. Relatava que um individuo escolhia um dos símbolos das cartas zener com a finalidade que um outro individuo pudesse detectar qual imagem ele estaria vendo.

Muitas vezes aquilo que era desenhado pelo individuo receptor era apenas parte do símbolo que estava sendo visto pelo outro individuo, sugerindo uma sintonia imperfeita do receptor. Falou-se também a respeito do modelo holográfico que poderia ser um paradigma para representar o cérebro humano, onde informações idênticas estão localizadas em pontos diferentes e não em um só ponto . À semelhança deste modelo isto poderia ser pensado para um modelo de Universo Holográfico que conteria todas as informações do presente, passado e futuro contemplado neste mesmo modelo holográfico. Mas o que tudo isto tem a ver com a mudança da representação das claves de Sol, Do e Fá?

CONCLUSÃO:

Os artistas são muito receptivos e ocorreu-me a ideia de que a convergência do traçado destes gráficos para uma linha comum espiral tem a ver com a representação da escala musical que na notação polar é uma ESPIRAL. Isto não seria nada mais nada menos que uma sintonia fina progressiva ao longo do tempo destes artistas no conhecimento da estrutura do crescer das frequências componentes da escala musical, que lhes foi aflorando ao consciente, informação essa que estaria presente no modelo holográfico. Colocaram no papel aquilo que há muito tempo já estava em seu interior, sem que disso tivessem consciência. Além de colocar no papel -luthiers – colocaram também este símbolo no corpo dos instrumentos de cordas tais como o violino, a viola, o cello, o contrabaixo…Aqui teria ocorrido o mesmo fenômeno que ocorreu com o receptor da carta Zenner, só que ao longo do tempo receberam estes artistas o símbolo completo… Enfim – estas ideias são meras conjecturas…

clave de fá

NOTAÇÃO POLAR PARA A ESCALA MUSICAL COMPREENDENDO UMA OITAVA

REPRESENTAÇÃO NA NOTAÇÃO POLAR DE DE CINCO OITAVAS

Obras Consultadas:

*Bernardus Vallumbrosius (1861-1928)

*Osvaldo Lacerda – Compendio de Teoria Elementar de Música


O Prof.Luiz Netto é graduado em Matemática pela Faculdade de Filosofia de Ciências e Letras de Santo André – SP – Brasil


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