Como Prejudicar o Ambiente do Culto Sem Fazer Força

por: Alexandre Reichert Filho

Tanto para o pianista como para o organista, sua atividade no culto começa antes de ele entrar no santuário, assentar-se ao instrumento e tocar o prelúdio. Sua própria experiência espiritual e sua dedicação a Deus devem inspirar nele uma atitude de adoração e prontidão para assumir sua responsabilidade na igreja, com uma dedicação altruísta e ao mesmo tempo auto-disciplinada.

Há alguns erros básicos que ele deve evitar ao encaminhar-se para o seu lugar, assentar-se e se preparar para tocar o prelúdio. São os seguintes:

Examinar a congregação para ver quantas pessoas compareceram.
Cumprimentar alguém na congregação com um sorriso ou um aceno de cabeça ou de mão.
Ajeitar as flores que estão sobre o piano ou o órgão (as quais não deveriam estar ali) ou inclinar-se para aspirá-las.
Mover-se demasiadamente para colocar a banqueta na distância ou na altura desejadas.
Fazer questão de acertar a toga de maneira que fique esticadinha.
Ajeitar a gravata ou pentear o cabelo.
Inclinar-se para trás, para procurar os pedais, como se nunca tivesse pensado em localizá-los tocando-os com a ponta do pé.
Responder de maneira exagerada, como com um movimento de cabeça, a uma instrução tardia do regente ou do pastor, a qual lhe é passada depois que já se acha ao instrumento ou já começou a tocar.
Revelar, com uma expressão facial, seu desagrado a qualquer barulho estranho, como um pedal que range, um avião que passa, uma sirene de ambulância ou o ruído de cadeiras que estão sendo colocadas junto ao coro para acomodar outros coristas que resolveram comparecer à última hora.

O fato é que o pianista/organista é o primeiro a aparecer perante a congregação; por isso ele deve, pelo seu modo de entrar e sua expressão musical, preparar o ambiente para o culto.

Fonte: Publicado originalmente em http://www.alexpiano.com/prejudicar.htm