Sons “Contagiantes”

por: Adriana Alves

Sabia que as músicas têm efeito sob nosso estado emocional, nossa motivação? Pois é! Eu supunha… Pesquisei e li comprovações científicas de que os ritmos e sons podem alterar as batidas do nosso coração, nosso fluxo sanguíneo e conseqüentemente nosso estado de ânimo.

As leis naturais que governam a química de nossos corpos e mente têm sido estudadas com experimentos científicos medindo o efeito da música e o estímulo nas respostas fisiológicas da nossa pulsação e resistência elétrica da pele.

Hitler quis acabar com as influências da música negra (Jazz), estabelecendo normas para determinar o que constituía a música ideal para o povo alemão. Interessante é que exatamente após sua queda surgiu o Rock and Roll com ritmos mais pesados que as batidas do Jazz… E também com um caráter mais agressivo.

Ondas Sonoras e o Cérebro

Enquanto ouvimos uma música, suas ondas sonoras (vibrações) alcançam o tímpano do ouvido transformando-se em substâncias químicas e impulsos nervosos que registram em nossas mentes os diferentes tipos de som que estamos ouvindo. Como as raízes dos nervos do ouvido são extensamente distribuídas e possuem mais ligações que qualquer outro em nosso cérebro, nos nossos corpos, todas as funções de nosso organismo são influenciadas.

Elevando-se através do tálamo – área estacionária que rege todas as emoções, sensações e sentimentos – a área mestra do cérebro (razão) é automaticamente invadida. Estudos têm revelado que o impacto da música no sistema nervoso altera as batidas do coração, respiração, pressão sanguínea, digestão, balanço hormonal, temperamentos, atitudes além de liberar adrenalina. As reações podem variar em cada indivíduo, mas o resultado é sempre único.

Ritmo Musical e Ritmo Corporal

Van de Wall no seu livro “Music in Hospitals” explica que as vibrações sonoras causam contrações e colocam em movimento braços, mãos, pernas e pés automaticamente. Em testes com com determinados pacientes houveram movimentos involuntários, sendo necessária a retenção muscular consciente do paciente.

Somos essencialmente criaturas rítmicas. Tudo, desde o ciclo das ondas do nosso cérebro às batidas do coração, nosso ciclo digestivo, ciclo do sono… Tudo trabalha com ritmos.Todo ser humano funciona de acordo com o ritmo do tempo. Existem até alguns outros estudos indicando que pessoas parecem funcionar melhor quando se associam com pessoas que têm ritmo (“tempo”) semelhante. Realmente, se observarmos, podemos perceber certo incômodo quando lidamos com pessoas aceleradas ou muito vagarosas, se comparadas ao nosso “ritmo”.

Nossos processos não são acidentais. Todos os nossos ciclos essenciais cooperam harmoniosamente com todas as outras funções do corpo.

Quando somos expostos a determinados ritmos as células de nosso cérebro alteram nossos hormônios sexuais e a nossa adrenalina. Alguns exemplos? As músicas Indianas, o Samba, o Rock and Roll…Claro que nem percebemos estas alterações, e até pensamos que são coisas da nossa personalidade… Desejos muito nossos… Aliás, a indústria fonográfica trabalha e desenvolve algumas mensagens abaixo dos 10 decibéis (que não podemos compreender com a consciência) com mensagens específicas. A música pop rock que nos dá a sensação de liberdade, sensação de descompromisso, “imortalidade”… E as suas batidas se assemelham com as do nosso corpo…

Por isso, pense bem antes de se colocar ao alcance destes sons!


Fonte: Publicado originalmente em http://www.todosossentidos.com.br