Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 13 – Adoração no Livro do Apocalipse

Auxiliar do Professor

Texto-chave: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.” Apocalipse 7:9, 10

O aluno deverá…

Conhecer: As cenas de adoração no Apocalipse: os adoradores, onde eles estão, o que fazem, dizem e cantam, e por quê.

Sentir: Profundo temor, amor indescritível e gratidão, prostrando-se diante do trono de Deus em adoração.

Fazer: Unir-se em adoração eterna ao Criador, Redentor, Juiz e Rei.

Esboço

I. Saber: Um cântico novo

A. Quais são os temas dos cânticos de adoração cantados em Apocalipse?

B. Onde estão os adoradores, o que eles têm nas mãos, e como expressam sua reverência?

C. Como a música no Céu se relaciona com o que acontece na Terra?

II. Sentir: Senso de reverência

A. Quando nos curvamos diante de Deus e colocamos nossas coroas diante do trono, que emoções estão em nosso coração?

B. Que outras ações, comportamento e emoções fazem parte do culto e adoração?

C. Por que nossos corpos e ações têm um papel importante na expressão da adoração?

III. Fazer: Unindo-se ao coro

A. A culminação de tudo o que Deus tem feito por este mundo e o Universo só pode ser reconhecida através da adoração. Como podemos participar dessa adoração a cada hora, dia, semana, e por toda a eternidade? Por que cantar com a igreja é um aspecto importante da adoração, do qual precisamos participar, aqui e no Céu?

Resumo: Nossa maior alegria é cantar louvores e adorar ao nosso Criador, Rei, Juiz e Salvador.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Adoração é um tema importante no livro do Apocalipse, e escolher a quem adoramos é vital hoje, amanhã e para a eternidade.

Só para o professor: Peça aos alunos que partilhem uma experiência em que se sentiram pequenos. Apresentar exemplos, e talvez contar uma experiência pessoal pode ser útil para estimular o exercício. Muitas dessas experiências podem incluir episódios em meio à natureza, como estar num barco em mar aberto e ser envolvido por uma tempestade, olhar para as estrelas numa noite clara, observar o pôr do sol,fazer parte de uma grande multidão ou tentar achar o caminho através de uma cidade grande e desconhecida. Partilhar essas experiências pode ser uma oportunidade útil e agradável de ajudar os alunos a conhecer uns aos outros e edificar a comunidade, sendo também uma valiosa introdução à discussão da lição.

Atividade de abertura: Depois que os alunos compartilharem algumas de suas experiências, peça que eles identifiquem os elementos comuns em cada uma delas. Comente sobre o que esses elementos têm em comum com a adoração e compare-os com as experiências de Jó e João, registradas em Jó 42:1-6 e Apocalipse 1:13-18, respectivamente. Assim como acontece com muitas outras histórias registradas na Bíblia, quando as pessoas são confrontadas com a realidade de Deus, comumente reconhecem sua própria pequenez e indignidade, à luz da bondade e grandeza de Deus.

Compreensão

Só para o professor: O Apocalipse descreve os capítulos finais do “grande conflito”, em sua plena realidade. Cenas de adoração celestial são colocadas ao lado de episódios de conflito e engano terrenos. O reino perfeito de Deus é contrastado com a angústia deste mundo fracassado, com o pecado e Satanás atingindo seu clímax destrutivo. Mas as visões que João registra são, no fim das contas, sobre a esperança e a restauração da verdadeira adoração em nossa vida, em nossas escolhas hoje, e no Universo restaurado para sempre.

Comentário Bíblico

I. Adoração reverente (Apocalipse 4:8-11; 5:8-14; 7:9-12; 11:15-19; 15:1-4; 19:1-5.)

A escritora Annie Dillard perguntou: “Por que nós, pessoas das igrejas parecemos turistas alegres e descuidados em uma excursão ao Absoluto?” Ela continua a observar: “No geral eu não acho cristãos… suficientemente sensíveis às circunstâncias. Alguém tem a mínima ideia do tipo de poder que invocamos tão alegremente? Ou, como eu suspeito, ninguém acredita em nenhuma das palavras que pronuncia? As igrejas são crianças brincando no chão com seus laboratórios químicos de brinquedo, misturando uma quantidade de explosivo… É loucura usar na igreja os chapéus de palha ou de veludo que as senhoras usam. Deveríamos usar capacetes. Diáconos deveriam distribuir coletes salva-vidas e foguetes de sinalização e amarrar-nos aos nossos bancos” (Teaching a Stone to Talk [Ensinando a Pedra a Falar], HarperCollins, 1982, p. 52).

As observações de Dillard destacam o perigo de perder o senso da distinção divina: Sua grandeza, poder supremo e majestade. Ao mesmo tempo, ela também toca implicitamente no que pode ser o antídoto para o problema: nutrir um sentimento de admiração por uma Divindade tão incompreensível em poder e majestade. Mas como podemos começar a reverenciar esse ser? Como podemos levar esse senso de admiração para o ato de adoração? Os escritos do apóstolo João no livro do Apocalipse são um bom lugar para se obter respostas. O Apocalipse inclui algumas das mais incríveis e impressionantes cenas de adoração registradas na Bíblia. Quando adoramos, estamos, de certa forma, nos unindo com esse tipo de adoração eterna. Esse é um privilégio maravilhoso e uma responsabilidade assustadora!

Pense nisto: Por que às vezes encaramos a adoração de forma tão leviana? Como podemos equilibrar a reverência com a alegria?

Como as descrições de adoração celestial, no Apocalipse, devem afetar a maneira pela qual a igreja adora?

II. A escolha da adoração (Apocalipse 13 e 14.)

O Apocalipse descreve um falso sistema de adoração que procura tomar o lugar da verdadeira adoração a Deus. Ao mesmo tempo que fala contra Deus e Seu povo, esse falso sistema também tenta imitar a verdadeira adoração, que é fundamental para a vida no Céu. Esse contraste entre o falso e o verdadeiro sistema de adoração, retratado em Apocalipse 13 e 14, é um convite para adorar “Aquele que fez o céu, e a Terra” (Apocalipse 14:7), bem como um alerta para se ter cuidado, devoção e discernimento para se saber a quem e como adorar. Às vezes, a adoração não é o que parece: os adoradores podem ser enganados, e Satanás está atuando para subverter os melhores dons que Deus nos dá.

Pense nisto: Se aceitamos que adorar a Deus é uma parte importante da vida cristã, o que devemos buscar, para discernir qual é a adoração genuína?

Qual é a importância da verdade na adoração? É necessário ter “todas as respostas” para adorar verdadeiramente? Por quê? O que faz a diferença?

III. Dominado (Apocalipse 22:8, 9.)

Algumas vezes durante as visões registradas no Apocalipse, João ficou completamente dominado pelo que viu e experimentou. No livroFollowing Jesus in a Culture of Fear [Seguindo Jesus em uma Cultura do Medo] (Brazos Press, 2007), Scott Bader-Saye cita o teólogo irlandês David Ford, argumentando que nossa vida é moldada por aquilo que nos domina, tanto as coisas positivas como as negativas. “Nossos medos esmagadores”, observa Bader-Saye, “precisam, eles próprios, ser dominados pelas coisas maiores e melhores, por um senso de coragem e de plenitude de vida, que vem quando colocamos nossos medos e vulnerabilidades dentro de uma história mais ampla, que é, em última análise, esperançosa” (p. 60). Essa história maior é a história ou histórias de Jesus, a realidade do reino de Deus, e a esperança que Ele oferece a nós e ao nosso mundo. E isso é sempre o fundamento para a adoração.

Pense nisto: Como podemos manter nosso foco em Deus e Seus propósitos quando as situações em nossa vida parecem esmagadoras?

Como as cenas de adoração celestial em Apocalipse se relacionam com as cenas, muitas vezes assustadoras, nesse mesmo livro, relacionadas com o povo de Deus na Terra? Que reafirmação essas cenas de adoração nos oferecem?

Aplicação

Só para o professor: As advertências sobre adoração no Apocalipse devem nos levar a uma solene consideração e a perguntas sobre o que é a verdadeira adoração. Por outro lado, as descrições da adoração no Céu nos dão um vislumbre do que a adoração pode, deve e vai ser. Depois de várias semanas estudando esse tema, temos muito fundamento para a discussão.

Perguntas de aplicação

1. Onde é que o evangelho se encaixa nas descrições da adoração verdadeira e falsa em Apocalipse? – 2. Não parece, às vezes, pelas descrições, como as de Apocalipse, que Deus só gosta de ouvir as pessoas Lhe dizendo, o tempo todo, o quanto Ele é bom? Como você responderia esta pergunta, se viesse de um amigo que tem um pequeno conhecimento de Deus e está preocupado com a ideia de que o Senhor parece um tanto egoísta? – 3. Em que medida as descrições feitas no Apocalipse sobre a adoração no Céu, nos dão diretrizes sobre a maneira pela qual devemos adorar? O que aprendemos sobre a forma ideal de adorarmos na igreja, por exemplo? – 4. Qual é o papel das emoções na adoração saudável? Como podemos usar nossas emoções para adorar apropriadamente? Quando e como a emoção pode desempenhar um papel demasiadamente grande na adoração? – 5. Que aspecto da adoração a torna tão importante e faz dela um fator determinante no conflito final, descrito em Apocalipse 13 e 14? – 6. Apocalipse 14:11 descreve o triste fim dos que escolhem adorar “a besta e a sua imagem” (v. 9, NVI). Como podemos equilibrar essas advertências (talvez ameaças) com a insistência de Deus sobre a liberdade de escolha? – 7. Qual é o papel da adoração na nova Terra, descrita no fim do Apocalipse? Será que precisaremos adorar a Deus, uma vez que nosso relacionamento com Ele será restaurado e renovado? Por quê?

Criatividade

Só para o professor: Após 13 semanas falando sobre adoração, os membros da classe podem ter novas ideias, compreensões e apreciações da adoração, bem como de sua importância na história da Bíblia, da vida do cristão e da Igreja. Permita que os alunos reflitam sobre o que eles descobriram, para compartilhar algumas dessas ideias, e separar algum tempo para adorar juntos. Não gaste muito tempo falando sobre adoração sem ter adorado. Vamos encontrar formas de incorporar a adoração de maneira mais intencional em nossa vida todos os dias.

Atividades:

Sugestões de atividades individuais

O estudo de sexta-feira começa com uma definição de “adoração” de Richard M. Davidson. Examine essa definição. Depois do estudo deste trimestre, como você definiria “adoração”? Partilhe suas definições com os membros da classe. Como sua definição de “adoração” mudou durante as últimas semanas de estudo?

Sugestões para atividades em grupo

Peça que os alunos tragam algo para compartilhar, que os ajude na adoração ou que ajude a explicar o que a adoração significa para eles. Pode ser uma música, um poema, obra literária, texto bíblico favorito, foto, ou qualquer outra coisa. Peça que eles expliquem seus itens e depois os mostrem para o restante da classe. Confirme os membros da classe em sua adoração, incentive a classe a aprender uns com os outros, e a usar esses itens diferentes como oportunidades para a adoração em grupo.

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