Cubram os Olhos: Alguém Vai Cantar!

por: Ministério Luzes da Alvorada

A Filosofia Adventista de Música de 1972, votada pela Conferência Geral diz que “não deve ter lugar nas apresentações qualquer coisa que chame indevidamente a atenção para o cantor ou executante, como movimento excessivo e afetado do corpo, ou traje inadequado.” – Filosofia Adventista de Música, Conferência Geral – IASD, 1972.

Sobre essa última expressão: “traje inadequado”, muita coisa poderia ser dita, mas vamos nos ater a apenas algumas considerações. Sem dúvida, tanto os homens quanto as mulheres podem ser irreverentes nesse aspecto, mas as irmãs estão sob um risco maior de cometer sérios deslizes.

Ao falarmos nisso nos vem à memória um pequeno trecho do Espírito de Profecia, encontrado no livro Eventos Finais, página 249, onde se diz que “a voz da trombeta dá mais uma vez o sonido certo: ‘Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.’ Apocalipse 16:15.” Embora este texto não tenha sido escrito com essa finalidade, o mesmo não deixa de servir, neste momento, com um alerta para muitas de nossas irmãs que estão necessitando mudar alguma coisa em seu vestuário, para que “não seja manifesta a vergonha da tua nudez”. Apocalipse 3:18. Esse texto não deveria ser interpretado literalmente, mas…

Qual será o motivo para algumas saias tão curtas? Será para não sujá-las no chão quando essas irmãs se ajoelham para orar? As blusas sem mangas seriam para mostrar que estão desenvolvendo músculos fortes, para serem usados no trabalho missionário? Será que o motivo de algumas delas irem à igreja com roupas tão “coladas” é porque, sendo essa a única que teriam, foi-lhes doada por alguém que vestia tamanho menor? Algumas roupas que têm sido usadas na igreja talvez fossem úteis em aulas de anatomia. E será que as roupas finas e transparentes que algumas vestem, às vezes, são usadas para que todos saibam que as roupas de baixo também são de grife?

Se por um lado, algumas pessoas mostram tanto as costas que alguns poderiam ironizar de que ali serão carregados os pecados da igreja, por outro, certas roupas seriam um exagero até para alguém que estivesse fazendo campanha em favor do aleitamento materno!

Palavras pesadas… agressivas… não é? Mas será que nossa atitude não é também uma agressão à consciência de outras pessoas ou uma afronta ao nosso SALVADOR? Será que já pensamos no fato de que o estamos agredindo, esbofeteando e crucificando outra vez quando o desonramos por nossa conduta?

Muito sobre isso já foi falado e pregado muitas vezes, desde muito tempo atrás, mas o problema costuma reaparecer, ou, em certos casos, nunca desaparece. É que, por vezes, somos tão polidos, corteses, delicados, educados, não querendo que ninguém se chateie, que a maioria das pessoas não presta muita atenção ao que dizemos. Algumas pessoas dormem em um sono tão profundo que, com toda a sinceridade que têm (e muitas são sinceras mesmo), não acordam com um chamado suave, só despertando meio “a susto”. Tal advertência não visa diminuir o valor espiritual ou depreciar as pessoas eventualmente atingidas pelo “susto”. São pessoas queridas, pelas quais CRISTO morreu, que são valiosíssimas também para a igreja. Estejam certas que CRISTO as ama, que a igreja as respeita e quer respeitá-las mais ainda. O próprio SENHOR nos diz em Apocalipse 3: 19: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te.”

Se usar certas roupas na igreja é coisa vergonhosa (para não dizer que um cristão deve ser diferente do mundo em qualquer lugar), que diremos sobre usá-las para se apresentar na frente, cantando?

Falando a respeito das pessoas que tomam parte nas apresentações musicais da igreja, o Manual da Igreja diz, à pág. 73, que elas devem “em sua aparência pessoal e em sua maneira de vestir, conformar-se com as normas da igreja, dando um exemplo de modéstia e decoro. Pessoas de consagração duvidosa ou de caráter questionável, ou que não se vistam convenientemente, não devem ter permissão para participar das atividades musicais dos cultos.” Manual da Igreja, pág. 73.