A Adoração / Debate Sobre a Música na Igreja

Em Busca da Verdadeira Adoração Adventista

por: C. Raymond Holmes

A adoração é o tema central do grande conflito entre Deus e Satanás. A mensagem do terceiro anjo (Apocalipse 14:9-11) oferece a mais solene advertência de toda a Bíblia, uma advertência contra a falsa adoração. A mensagem do primeiro anjo (Apocalipse 14:6-7) é uma ordem para adorar a Deus. Mas, porque não temos dado à adoração a atenção exigida pela mensagem do primeiro anjo, tem sido criado um vácuo nesta área e agora estamos preocupados com o que está preenchendo este vazio. Temos a tendência de reagir àquilo que não gostamos na adoração, em vez de fazermos uma reflexão séria a respeito do que deveria constituir a genuína adoração adventista do sétimo dia.

O Problema Identificado – Quando comecei meu ministério na igreja adventista, preparando pessoas para o batismo e para serem membros da igreja, fiquei abismado pelo fato de que nenhum dos estudos bíblicos disponíveis para o meu uso, continham lições sobre a adoração. Até o dia de hoje não conheço uma série de estudos assim.

Como os pastores preparam as pessoas para assumirem o seu lugar na vida de adoração de uma congregação adventista, de uma forma significativa e compreensiva? Quando os membros aprendem que casamentos e funerais não são questões particulares, mas cultos de adoração da igreja, e que a igreja tem algo a dizer acerca de como estes cultos são planejados e conduzidos? O que, exatamente, é a genuína adoração adventista do sétimo dia? O que a torna diferente da adoração das outras igrejas protestantes? É incoerente que a igreja que reconhece doutrinariamente a centralidade da adoração no Grande Conflito, dê tão pouca atenção à preparação de seus membros.

Irrelevante? – Esta falta de atenção e preocupação é ilustrada pela opinião de muitos em nossas fileiras, que a adoração não é uma questão relevante para a igreja adventista do sétimo dia. Mas os desdobramentos recentes, relativos à “celebração”, contam uma história muito diferente. É hora de acabarmos com tal negligência, reconhecendo a relevância e centralidade da adoração para a igreja adventista, e começarmos a dar a ela a atenção que deveríamos ter dado há muito tempo.

De fato, esta atenção tem começado. A edição de outubro de 1991 da revista Ministry foi devotada ao assunto. Além disso, vários projetos de Doutorado em Ministério da Universidade Andrews tratam da adoração. Um candidato ao Ph.D. está fazendo um estudo abrangente da “adoração de celebração”, preparando-se para a elaboração de uma dissertação escrita, a qual se demonstrará bastante útil para a igreja. A liderança tem se preocupado, seminários sobre adoração tem sido organizados no noroeste do Pacífico e ouvimos falar que planos estão sendo feitos para méis seminários semelhantes. A reunião da Sociedade Andrews de Estudiosos de Religião de novembro de 1991 sa cidade de Kansas foi centrado na adoração.

Talvez estejamos no limiar de uma renovação da adoração na igreja adventista do sétimo dia. Esperemos que sim. Se abordarmos o assunto de uma forma equilibrada e com sensibilidade, talvez consigamos evitar o extremismo.

Norval Pease, frustrado com a falta de atenção dada à adoração pela igreja adventista do sétimo dia, publicou seu livro And Worship Him (E Adorai-O) em 1967 (Southern Publishing Association). A introdução expressa a sua frustração e preocupação. Ele pergunta: “Qual é a resposta para o problema da adoração em nossas igrejas?”

“Ele não será encontrada ignorando-se o problema. Se é verdade que um inimigo está tentando destruir a santidade da adoração cristã, deveríamos fazer alguma coisa com relação a isto. Satisfação com a confusão, superficialidade e imaturidade não derrotará o inimigo. A resposta tampouco será encontrada em uma aceitação sem críticas dos procedimentos de algumas outras igrejas. Somos adventistas e devemos nos aproximar da adoração como adventistas…. É de se espantar que não tenhamos desenvolvido uma filosofia adventista da adoração?”

Pease toca direto no verdadeiro problema. Este ainda é o problema básico, pois ainda não foi completamente discutido e analisado. A falha em desenvolvermos uma filosofia (teologia) adventista do sétimo dia da adoração tem levado ao empréstimo litúrgico de outras denominações, tanto da variedade altamente formal quanto agora da variedade carismática. Até o momento, o critério para tal empréstimo, tal como se o culto faz os adoradores se sentirem bem ou e é um entretenimento, não são princípios adequados para uma genuína adoração adventista. Conseqüentemente, somos capazes de reagir apenas ao que não gostamos e talvez saibamos instintivamente que não é genuinamente adventista, enquanto que ao mesmo tempo não sabemos realmente o que é ser “genuinamente” adventista.

Questões Fundamentais – O espaço não nos permite aqui uma análise completa da uma teologia adventista da adoração, mas podemos começar fazendo duas perguntas fundamentais: Por que os adventistas adoram e Como deveria começar a genuína adoração adventista? Uma vez que os adventistas do sétimo dia buscam a base de sua adoração na Bíblia, vamos nos concentrar em uma importante passagem bíblica em nossa busca por respostas.

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava.E clamavam uns para os outros, dizendo: ‘Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória.’ E as bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de fumaça. Então disse eu: ‘Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!’ Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: ‘Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.’ Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: ‘A quem enviarei, e quem irá por nós’? Então disse eu: ‘Eis-me aqui, envia-me a mim.'” (Isaías 6:1-8)

Este relato do dramático encontro de Isaías co Deus revela a sensibilidade de seu coração e alma. Estava consciente da infinita distância entre o pecador não arrependido e um Deus santo e justo, e não era tão mundano ou irreverente para ignorar esta distância. A irreverência vem da impiedade dos seres humanos, a qual efetivamente esconde a santidade de Deus de nossa visão consciente. Certamente Isaías não era uma pessoa irreverente. O Deus a quem ele viu sentado em um alto e sublime trono não era o objeto da adoração a um herói, mas de sua fé.

Santidade e Humanidade – Pessoas orgulhosas adoram sem temor. Para elas a religião é uma coisa fácil, não sendo relacionada a penitência, juízo ou confissão. Este não é, certamente, o quadro que vemos em Apocalipse 4-5 (ao qual nos referiremos mais tarde) onde, sob inspiração divina, o autor afasta um pouco o véu, para que possamos ter um vislumbre de como o povo de Deus irá adora-Lo no céu.

A congregação de Isaías é composta de dois grupos distintos: adoradores celestiais e adoradores terrestres, identificados como “um povo de impuros lábios”. Não existe aqui a auto-glorificação humanista. Na presença do próprio Deus, o resplendor de Sua santidade expõe a realidade da condição e desesperança humana. Qualquer um que professe ser um cristão, masque coloque o eu e as necessidades humanas no centro da adoração, é exposto pela presença de Deus como sendo impuro.

No templo, a consciência humana é despertada e a impiedade é exposta. Quando a consciência é despertada, é possível ter uma visão de Deus como Ele realmente é, e também da verdadeira condição do pecador. “Estou perdido!”, clamou Isaías.

O propósito desta vinda ao templo é rasgar o véu do orgulho e da justiça própria do ser humano, e revelar a santidade de Deus. A verdadeira adoração não pode ocorrer a menos que e até que isto tenha ocorrido.

A ambientação do relato de Isaías é de um culto de adoração. O que os adoradores celestiais fazem? Eles louvem a santidade de Deus – exatamente o que o “povo de impuros lábios” não faz. Por que não? Por que louvar a Sua santidade é contraditório à sua percepção dEle. Aqueles que não louvam a santidade de Deus O percebem como um ser que existe por causa deles, em vez de ser ao contrário. Pensam que cada pensamento e atividade de Deus é voltada para eles. Falham em vê-Lo pelo que Ele realmente é: Um Deus santo, justo e todo-poderoso.A. W. Tozer certa vez observou, de forma perspicaz, que conceitos inferiores de Deus apodrecem a religião na qual eles surgem.

A santidade é a essência de Deus, Sua natureza básica. A santidade de Deus tem implicações tanto positivas quanto negativas. Como Deus é moralmente puro em Si mesmo, não pode tolerar o pecado humano. Toda a Sua natureza queima em ira com relação ao pecado, consumindo-o. Hebreus 12:28-29 convida os crentes a que “sirvamos (adoremos) a Deus agradavelmente, com reverência e temor; pois o nosso Deus é um fogo consumidor.” Por causa de Sua natureza básica, não pode agir de outra forma com relação ao pecado. Existe uma separação entre Ele e a humanidade caída.

“Quem poderia subsistir perante o Senhor, este Deus santo?” (I Samuel 6:20), é a pergunta apropriada a ser feita depois de obtermos uma percepção biblicamente acurada de Deus e de nós mesmos. Quando este Deus santo fala, Oséias nos diz, Seu povo ouve a Sua voz como um bramido, e treme: “Andarão após o Senhor; ele bramará como leão; e, bramando ele, os filhos, tremendo, virão do ocidente. Também, tremendo, virão como um passarinho os do Egito, e como uma pomba os da terra da Assíria” (Oséias 11:10-11a). O pecador é abalado com o senso da sublimidade da presença divina. “Ai de mim!”, foi a resposta de Isaías.

Pelo lado positivo, como Ele é moralmente puro em Si mesmo, A santidade de Deus é revelada como amor. Sua santidade faz com que Ele aja em amor com relação às suas criaturas. Como a santidade é a Sua natureza básica, Ele não pode agir de outra forma com relação ao pecador. Mesmo a sua ira e juízos são manifestações de Sua santidade. Seu bramido é um bramido de amor, como Oséias se apressa em notar – para aqueles que vem a Ele tremendo, a graciosa promessa é “os farei habitar em suas casas, diz o Senhor” (Oséias 11:11b). Não é de se espantar que o clamor do primeiro anjo, dado na “hora de Seu juízo” é para adorar a Deus, temendo-O e dando-Lhe glória. (Apocalipse 14:7)!

O foco da história de Isaías muda do trono para o altar, do qual emana o fogo celestial que purifica os lábios do pecador. O altar representa a cruz de Cristo; é a definição da graça de Deus. Com freqüência o pecado se concentra em um ponto de dor. Para Isaías, o profeta/pregador, este ponto era seus lábios. A graça está em relação direta com a condição. Lábios que pecam são tocados com as brasas vivas do altar da graça.

Onde é o ponto no qual o pecado se concentra na vida do adorador atual, que vem ao santuário de Deus no dia de sábado? Onde o pecado se manifesta, o raio laser da graça de Deus se concentra e o queima, eliminando-o do penitente sincero. Se o fogo que vem da comunhão cristã adventista não vier do altar de Deus, é um fogo estranho, que não purifica.

Chamado e Resposta – Depois que Deus purifica, vem o chamado, assim como aconteceu para Isaías: “A quem enviarei, e quem irá por nós?” Quando o pecado é eliminado e perdoado, o adorador é capaz de ouvir a voz de Deus e de obedecer ao Seu chamado. O chamado ao discipulado e serviço vem onde a santidade e o pecado se tocam. Aqueles que foram purificados pela brasa viva do altar do calvário, nunca mais serão os mesmos. Têm um novo Mestre e uma nova causa. Se devemos nos tornar aptos para o Seu reino e Seu serviço, precisamos ter também um encontro semelhante com o Deus santo. Como Caim, algumas pessoas adoram dando apenas aquilo que possuem; mas alguns, como Isaías, oferecem a si mesmos.

O tema de Isaías encontra eco no livro de Apocalipse. O mesmo cântico “Santo”, cantado pelos adoradores celestiais em Isaías, é entoado pelos adoradores celestiais em Apocalipse 4:8. João também ouviu um bramido vindo co povo de Deus, que estava em pé no Monte de Sião “como de harpistas, que tocavam as suas harpas. E cantavam um cântico novo diante do trono” (Apocalipse 14:2-3). O povo de Deus, pecadores redimidos pela graça, está em pé diante do trono e respondem ao bramido de Deus com um bramido próprio. Em resposta à Sua santidade, dão glórias a Ele (Apocalipse 14:7)! Diante do mesmo trono que Isaías viu, cantam o mesmo cântico! “Santo” e “glória” são realidades relacionadas. Devido à Sua natureza básica de santidade, Deus merece a atribuição de glória pelo Seu povo. Quando o Seu povo, que foi redimido do pecado pela Sua graça em Cristo, reconhecer a verdade de Sua santidade, responderá, dando-Lhe glórias.

“Santo, santo, santo”, é uma ênfase e uma conscientização totalmente religiosa. Não existe aqui a confusão entre o divino e o humano, nenhuma tentativa de encontrar o sagrado no secular, pois eles são incompatíveis. Na adoração, seres humanos pecaminosos vêm à presença do Deus todo-poderoso, que está sentado em um trono, o símbolo de Seu poder para governar e julgar.

Graça Junto ao Trono – O poder se Sua graça perdoadora e transformadora está ali no trono, para criar pessoas santas daquilo que é profano. Esta é a Sua vontade, a Sua expectativa. “Agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis” (Colossenses 1:22). “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento” (I Pedro 1:15). Louvores devem ser dados a Ele por Seu povo, o qual foi capacitado para que “O servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida” (Lucas 1:74-75). Pela graça, Ele está atuante na vida de Seu povo, para torná-lo santo: “Pois [nossos pais] por pouco tempo nos corrigiam como bem lhes parecia, mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade” (Hebreus 12:10).

Como alguém se torna santo? Através da adoração Àquele que é Santo – não através de formas e cerimônias, não pelo entretenimento ou excitação. Referindo-se a II Coríntios 3:18, Ellen G. White nota que “É ao contemplar que somos transformados.” Tal referência aparece no contexto de uma afirmação na qual ela descreve o relacionamento que existe entre a indiferença humana aos princípios de justiça, reavivamento genuíno e a santidade do caráter de Deus.

“É porque os grandes princípios da justiça apresentados na lei de Deus são com tanta indiferença considerados pelo mundo cristão, que esses frutos [da conversão e santificação bíblica] são tão raramente testemunhados. É por isso que tão pouco se manifesta dessa profunda e estável obra do Espírito de Deus, a qual assinalava os avivamentos em anos anteriores. É ao contemplar que somos transformados. E, negligenciando os preceitos sagrados nos quais Deus revelou aos homens a perfeição e santidade de Seu caráter, e atraindo o espírito do povo aos ensinos e teorias humanos, que de estranho poderá haver no conseqüente declínio na viva piedade da igreja?” (O Grande Conflito, pág. 478). A negligência para com a lei de Deus resulta em declínio da piedade, falta do Espírito Santo e reavivamentos infrutíferos.

Acerca dos falsos profetas, falsa fé, falsos discípulos, Jesus diz: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:16). Cerimônias e rituais produzem pessoas santas? “Celebração” faz isso? Ou o bater de palmas, movimentos corporais e gritos? Tudo aquilo que é feito na adoração e que não leva a uma conscientização da santidade de Deus e a uma convicção do pecado humano é indulgência sensual um veículo para consecução das finalidades humanistas da manipulação ou entretenimento.

Segunda Pergunta – Como começa a genuína adoração adventista do sétimo dia? Isaías fornece para nós um modelo da sua própria experiência, a qual já comentamos acima. Nossas sugestões seguirão e seqüência deste encontro de adoração.

No culto de adoração a congregação, antes de mais nada, deve experimentar entrar na santa presença de Deus (Isaías 6:1-2). O líder da adoração poderá dizer algo como: “Entremos no santuário celestial pela fé, na presença de nosso Santo Deus!” Pode então ser lida uma passagem apropriada das Escrituras, tal como: “O Senhor reina, tremam os povos; ele está entronizado sobre os querubins, estremeça a terra. O Senhor é grande em Sião, e exaltado acima de todos os povos. Louvem o teu nome, grande e tremendo; pois é santo” (Salmos 99:1-3; ver também o Salmo 29).

Em segundo lugar, a congregação deveria ser levada a reconhecer a santidade de Deus (Isaías 6:3-4), o que pode ser feito pelo cantar de um intróito, o qual seria melhor se cantado juntamente pela congregação e o coro. Pode ser a primeira estrofe de um hino, tal como os de nr. 1, 2, 7, 11, 18, 573, 574, 577, entre outros, do Hinário Adventista.

Terceiro, a congregação deveria ser levada a alguma forma de confissão (Isaías 6:5) Norval Pease escreveu, “Cada culto de adoração deveria incluir a confissão…. se o pastor ou o ancião em sua oração buscar fervorosamente o perdão de Deus, o efeito pode ser genuíno e a experiência, real” (pág. 54). Isto pode ser feito lendo, primeiramente, um salmo de penitência, tal como 32:1-5; 38:1-8; ou 51:1-7. Então a oração pastoral vem em seguida, a qual de vê incluir adoração, confissão, petição e gratidão. Uma declaração da graça perdoadora de Deus deveria seguir-se à oração (Isaías 6:6-7), pela leitura de uma lição das Escrituras tal como I João 1:8-9. Um vantagem desta abordagem é que são usados muitos textos das Escrituras.

Isto é apenas o início do culto de adoração; muito mais acontecerá em seguida, no sermão, cânticos, orações de consagração e dedicação, comunhão e mordomia, constituindo o chamado de Deus à fé e ao serviço (Isaías 6:8). Para os adventistas do sétimo dia de hoje, o chamado “A quem enviarei, e quem irá por nós?” é feito com incrível urgência, pois vem do lugar santíssimo do santuário celestial, onde Cristo está executando a Sua obra final de juízo e expiação.

O efeito do culto de adoração deveria ser a elevação de nossa percepção do ministério de Jesus por nós no Dia da Expiação, e da importância de aceitarmos Sua comissão para proclamarmos a tríplice mensagem Angélica a um mundo que está agora sob julgamento. Se não forem os adventistas do sétimo dia, a quem Deus enviará para dizer ao mundo que adorem a Deus como Criador, no dia que é o memorial de Sua criação? Como o mundo aprenderá que o sábado é um sinal da abundante provisão de Deus para a nossa redenção e santificação (Ezequiel 20:12) – a santidade que precisamos para nos encontrar com um Deus santo? Quem dirá a eles que a hora do juízo é chegada e como eles se prepararão para encontra-Lo com alegria?

Conclusão – Por que o cristão adventista adora? Porque, na presença de Deus, o véu da justiça própria humana é despedaçado e a santidade de Deus é revelada. Quando isto acontece, não são necessárias orações sobre o pão e o vinho da comunhão, já consagrados pela virtude da criação e propósito. Em vez disso, é a congregação, como Corpo de Cristo, que precisa ser consagrada, para que os membros possam tornar-se pão quebrantado e vinho derramado pelo bem da humanidade pela qual Jesus morreu: “Eis-me aqui, envia-me a mim”!

Como a genuína adoração adventista começa? Entrando na presença de Deus, reconhecendo a Sua santidade, confessando o pecado humano. Esta é a resposta necessária, vinda de um povo que crê que Jesus está agora completando Sua obra sacerdotal no lugar Santíssimo do santuário celestial. Esta é a resposta apropriada de um povo a quem Deus comissionou a proclamar ao mundo “Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai-[O]” (Apocalipse 14:7).


C. Raymond Holmes é professor de Oratória e Adoração no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia da Universidade Andrews. É autor do livro “Sing a New Song” (Cantai um Cântico Novo).


Traduzido por Levi de Paula Tavares em 04/2004.

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